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ESPECIAL CEO’s – “Meu direcionamento para a tomada de decisão está fundamentado na Governança Corporativa”

Alessandro Cunha, CEO da Aviva, explica o que significa ocupar este importante cargo dentro da companhia

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Alessandro Cunha

O CEO, a sigla para Chief Executive Oficer, é o cargo mais importante em companhias que atingiram um certo nível de complexidade, com escala e ambição estratégica para o longo prazo, exigindo, assim, uma liderança executiva dedicada e focada.

O CEO deve ser muito mais que um/uma líder, mas um catalisador que impulsiona a inovação, a excelência operacional e a satisfação do cliente, com uma compreensão profunda das tendências do mercado, das necessidades dos clientes e das oportunidades de crescimento, com uma grande capacidade de antecipar as mudanças no ambiente competitivo e adaptar-se rapidamente

Nos segmentos de turismo, hotelaria, multipropriedade e timeshare não é diferente. Modelos de negócios em expansão, com crescimentos exponenciais de clientes e grande necessidade de buscar investimentos para alavancagem dos projetos, os players que ainda não contam com um CEO, logo sentirão a necessidade de ter um.

Visando elucidar os executivos, empresários, investidores, profissionais e clientes da multipropriedade e timeshare sobre o papel de um CEO dentro de uma companhia, produzimos uma série de entrevistas com CEOs de algumas das principais empresas do setor.

Confira a primeira entrevista com Alessandro Cunha, CEO da Aviva, companhia detentora dos destinos Rio Quente, em Goiás, e Costa do Sauípe, na Bahia, além do parque aquático Hot Park e do Aviva Vacation Club, maior clube de férias da América do Sul:

Alessandro Cunha em evento de lideranças da Aviva

Qual sua função como CEO dentro da Aviva?

Minha principal função é garantir a execução da estratégia definida para o crescimento e perenidade dos negócios da Aviva, direcionando as áreas a partir de alinhamentos frequentes com os Diretores. É importante ter um olhar minucioso, alinhado com o cenário interno, externo e players do setor, para conseguir desenvolver ações que sejam assertivas para o melhor desempenho da empresa, que está alicerçada em promover um cenário ideal para clientes, associados, investidores e outros stakeholders. Claro que isso é fomentado por uma série de análises estratégicas e expertise dos talentos que temos internamente, junto com as diretrizes de nossa Agenda ESG.

Como foi a decisão de aceitar assumir o cargo de CEO? Teve receio de não estar preparado?

Aceitar a proposta de ser um CEO é algo desafiador e que pode trazer à tona questionamentos sobre nossa performance como profissional, mas para minha decisão houve um fator crucial que tornou o processo mais fácil: o famoso “tempo de casa”. Estou na Aviva desde 2002, quando iniciei minha trajetória na Controladoria, área na qual atuei até 2008. Durante esse período, minhas atividades estavam muito voltadas para o planejamento e acompanhamento orçamentário da empresa, e para executá-las era necessário que eu entendesse da necessidade da operação como um todo, o que foi crucial para desenvolver o meu conhecimento em anatomia de resultados.

Essa vivência me auxilia até hoje nas decisões que preciso tomar. Bom, deu tão certo que, em 2009, assumi o que considero o divisor de águas na minha carreira, o Programa de Inovação. Tínhamos o desafio de pensar diferente, buscar oportunidade de novos negócios e outras receitas. No primeiro ano, atingimos o resultado de R$10 milhões de reais. A partir desse momento, surgiu a necessidade de termos uma área dedicada ao crescimento de médio e longo prazo, então assumi o Planejamento Estratégico da empresa, que tinha como um dos principais objetivos declarados dobrar de valor e, assim, houve a aquisição de Costa do Sauípe. Todavia, sempre existe aquele “frio na barriga” de um novo desafio, e continuo com ele, acredito que é um motivador para procurar aperfeiçoar cada vez mais minha liderança e criatividade para o negócio.

Em uma empresa de turismo e hotelaria, como a Aviva, com vários segmentos de negócios, como funciona a tomada de decisão de um CEO?

É necessário perceber todos estes segmentos como parte de uma única empresa, que tem uma cultura e um propósito. Nossa razão de existir é fazer famílias felizes e nossa cultura é que o entretenimento permeie toda e qualquer atividade nossa, desde a hospitalidade e gastronomia, até a experiência de aquisição de um pacote ou programa de fidelidade. O meu direcionamento para a tomada de decisão está fundamentado na Governança Corporativa, que nos dá a segurança necessária para executar o plano estratégico, devidamente alinhado com os acionistas, ou seja, todo o esforço de trabalho deve estar direcionado para o cumprimento dessas diretrizes, com o objetivo de construir uma empresa sustentável.

Como deve ser a relação com acionistas, funcionários e clientes?

A relação com estes três públicos é de extrema importância para a companhia e o “como” é justamente a chave, especialmente no quesito de linguagem, pois o que torna especial cada contato é saber adequar a maneira como nos comunicamos. Nossa metodologia parte de diretrizes estratégicas reunidas no nosso manual de marca, sempre seguindo uma identidade verbal divertida, descontraída, com diálogos mais informais e menos autorreferenciais, afinal nossos clientes estão de férias e nossas pessoas associadas, como chamamos quem trabalha na Aviva, transmitem um espírito positivo e bem-humorado em todas as entregas dos serviços.

É claro que tratamos assuntos mais complicados com muita seriedade, mas sempre de maneira construtiva e não impositiva. Queremos construir uma relação de proximidade com nossos públicos, sendo inclusivos e evitando impessoalidades, isso se estende também na comunicação com nossos acionistas. O que difere nesse caso é o tom de voz mais objetivo e resolutivo, mas sem perder o “jeito Aviva de ser”.

CEO é o cargo mais alto em uma empresa, o CEO deve continuar se capacitando e se qualificando? Quais tipos de cursos, benchmarkings e eventos são indicados para CEO’s?

Com certeza, sim! CEO é o cargo mais alto de uma empresa, mas a pessoa que ocupa este cargo não lidera sozinha, a liderança é conjunta e tem impacto de diferentes áreas e profissionais da companhia. Por isso, CEOs devem sempre continuar se capacitando e qualificando para conseguir ter uma visão cada vez mais estratégica e integrada, considerando diferentes pontos de vista de um mesmo cenário e aperfeiçoando a habilidade de lidar com pessoas e opiniões diversas para ter resultados mais ricos.

Acredito que no âmbito acadêmico, cursos com foco em gestão, negócios e pessoas são muito importantes. Quanto a benchmarking ter uma visão ampla do setor, tanto nacional quanto internacionalmente, colabora muito para tomadas de decisão e insights para melhoria das operações.

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