O sócio da WAM Group, Marcos Freitas, revelou que a empresa planeja investir R$ 4 bilhões em novos projetos para 2022, em entrevista para a série UOL Líderes, realizado pelo portal UOL, que foi publicada ontem, 08/11.
Fundada em 2013, com 27 empreendimentos de multipropriedade lançados, 3 parques aquáticos, em 14 destinos, mais 5.000 apartamentos, um projeto em Orlando, nos EUA, um faturamento de R$ 2 bilhões em 2019/2020 e mais de 4.000 funcionários, a WAM é a líder do segmento de multipropriedade no Brasil e uma das maiores do setor de turismo nacional.
Marcos Freitas contou que WAM se capitalizou neste ano, por meio de captação de recursos em fundos imobiliários, para investir R$ 4 bilhões em novos projetos e compra de hotéis para transformar em multipropriedades em 2022. “São números grandes e que você não tem referência no mercado”, disse ele. “Eu diria que desse dinheiro, cerca de 60%, será utilizado para compra de hotéis, e o objetivo é reformar e vender no formato de multipropriedade”.
Apesar da pandemia ter impactado os negócios da WAM, como confirmou o sócio da empresa, ela também abriu um leque de novas oportunidades de negócios para a multipropriedade. “Temos sido procurados por algumas incorporadoras do Brasil para pensar em fazer alguma coisa com o conceito de multipropriedade nas cidades. A cidade de São Paulo pode ser uma cidade turística, porque muita gente vai para fazer compras, tratamento médico, passear. Então, existe essa possibilidade, e já temos alguns projetos em estudo para fazer isso”, contou Marcos Freitas.
Multipropriedade imobiliária
O sócio da WAM também explicou o modelo de multipropriedade turística. “A multipropriedade é para aqueles clientes que não têm condições de ter uma segunda moradia”.
Ele contou como a WAM chegou ao modelo de fracionamento de imóveis de lazer. “Fizemos uma pesquisa em 2007 que mostrou que apenas 15% do público flutuante (em Caldas Novas/GO) tinha renda para comprar um apartamento, e 65% que visitavam a cidade não tinham condições, mas tinham uma renda entre R$ 6.000 e R$ 10 mil e poderiam comprar um bem de um valor menor. Pegamos um apartamento, dividimos, e cada usuário tinha direito a cinco semanas por ano. Depois, a gente foi aprendendo, e hoje nós vendemos uma ou duas semanas por ano”
“A gente percebeu que o tiro foi certeiro, porque as pessoas, além de comprarem a ideia, de terem oportunidade de ter a sua segunda moradia, de a prestação caber no bolso, ainda tinham o direito real, tinham a propriedade, a escritura. Acabamos democratizando o turismo e o lazer”.
A entrevista pode ser conferida na integra no link.