HOTELARIA
NEGÓCIOS
ENTRETENIMENTO
MULTIPROPRIEDADE
EXPERIÊNCIAS
MERCADO
PARQUES

Multipropriedade Summit debate governança corporativa

Executivos apresentaram modelos para implantar governança nas empresas de multipropriedade

Compartilhe esta matéria!

WhatsApp
Telegram
Facebook
Twitter
LinkedIn
Email
Danilo Samezima, Camila Abigail, Luiz Fernando Mathia, Alessandro Cunha e Marco Vargas

Em 2023, a governança corporativa ficou em evidência no mercado de multipropriedade, visando a busca de funding e fortalecer a relação com os vários stakeholders do negócio. Para debater o tema, o seminário Multipropriedade Summit realizou o painel “Governança CorporativaComo a relação com stakeholders determina a gestão de riscos da sua empresa?”, com a participação de Danilo Samezima, CEO da Oceanic Empreendimentos, como moderador, Alessandro Cunha, CEO da Aviva; Luiz Fernando Mathia, diretor de Vacation Ownership do Grupo Ferrasa; Camila Abigail, sócia da Abissal Capitalismo Saudável; e Marco Vargas, diretor de operações da ABROTEC e sócio da New Time.

O Multipropriedade Summit foi realizado pelo Turismo Compartilhado no dia 03/08, no Espaço Immensità, em São Paulo (SP), visando gerar novos negócios e debater o mercado de multipropriedade, com presença de quase 200 participantes e 70 empresas. O público do evento foi formado por empresários, empreendedores, investidores, incorporadores, advogados, consultorias, hoteleiros, entre outros.

“Estamos sempre mirando o crescimento sustentável da multipropriedade. Quando olhamos para outros mercados, vemos que ainda temos um caminho muito longo para percorrer, tanto em resultado e governança, e acreditamos que temos oportunidade de continuar crescendo”, iniciou o painel Danilo Samezima.

Alessandro Cunha explicou como funciona o processo de governança corporativa na Aviva, detentora dos destinos Rio Quente, em Goiás, e Costa do Sauípe, na Bahia. Com uma estrutura de governança bem robusta, a empresa conta há mais de 30 anos com um Conselho de Administração, com membros indicados pelos acionistas, que tem suas rotinas de monitoramentos e acompanhamentos. Dentro deste conselho, há três Comitês de Assessoramentos: de Estratégia, Auditoria e Comissão de Riscos, e Talentos Humanos e Governança Corporativa, cada um destes formado por um membro do conselho, o head da companhia que cuida do tema e convidados externos. Abaixo há o Comitê Executivo, que se reúne para tratar de temas das unidades de negócios e tomar decisões colegiadas. Para chegar a estrutura hierárquica, com os diretores e gerentes.

“Como a governança agiliza a tomada de decisão? Muitas pessoas falam que a governança burocratiza a empresa, mas estabelecido o conjunto de processos, quando se tem muito claro o papel de cada um dentro do processo, traz muita segurança para os gestores, funcionários e clientes”, afirmou o CEO da Aviva, que completou que a empresa ainda conta com um canal de integridade, matriz de responsabilidade e consequência, além de todos sistemas e processos estarem alinhados à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

Governança importante para crescimento

 Com mais de 40 anos de fundação na incorporação imobiliária em Olímpia (SP), o Grupo Ferrasa vem nos últimos 20 anos se estruturando para atuar no turismo, multipropriedade e entretenimento, com um empreendimento fracionado em operação, o Hot Beach Suítes, e um em fase de vendas e construção, o Hot Beach You, contando com mais de 11 mil clientes/proprietários de frações imobiliárias, além dos hotéis próprios, flats hoteleiros e parque aquático.

“A governança vem sendo desenvolvida pelo grupo há cinco ou seis anos, principalmente porque estamos crescendo de maneira acelerada, acompanhando o crescimento do turismo de Olímpia”, afirmou Luiz Fernando Mathia. Ele explicou que o Grupo Ferrasa conta com um Conselho de Acionistas, que desenvolve todo debate e trabalho de estratégia, um comitê executivo, formado por diretores e acionistas, e há dois anos está desenvolvendo processos de matriz de alçada e delegação com parceria da consultoria Mapie.

“Sem governança corporativa não chegaríamos onde estamos agora. Estamos nos preparando para lidar com 32 mil clientes da multipropriedade, além de recebermos mais de 1 milhão de visitantes por ano em nosso parque aquático, o Hot Beach Olímpia”, disse o diretor do Grupo Ferrasa.

Papel da consultoria

Marco Vargas explicou os desafios da consultoria de multipropriedade em atuar com incorporadoras do mercado imobiliários que não conhecem a multipropriedade e não contam com processos de governança estabelecidos.

“Normalmente, a multipropriedade nasce da cabeça do incorporador, depois que o mesmo assistiu sobre o modelo em algum evento e se encantou com os números e VGV apresentados, e resolve desenvolver um projeto fracionado”, disse o diretor da ABROTEC. Ele salientou que as consultorias iniciam projetos em que as incorporadoras não contam com planejamento e estrutura para o andamento do empreendimento, como contratação de profissionais, obras, busca por funding e entrega.

“Aconselhamos o incorporador a se preparar antes de iniciar um projeto de multipropriedade. Muitas vezes as empresas vão se estruturando durante o processo de crescimento, e com as vendas aumentando. A governança traria uma previsibilidade para o projeto. Por isso é importante ter uma consultoria e um advisor para a multipropriedade”, afirmou Marco.

Gestão de riscos

 Falando sobre a estruturação da governança e o impacto positivo que o mercado de multipropriedade pode deixar para os clientes, Camila Abigail esclareceu que o conceito de governança corporativa significa a direção que vai nortear a tomada de decisão para o negócio ou também gestão de riscos.

“Fala-se muito que governança deve ter um conselho administrativo, comitês internos. Isso são ferramentas que estruturamos para um direcionamento mais seguro do negócio. Quando falamos de governança temos que considerar o olhar de todos os stakeholders do negócio. A visão do cliente tem que estar na mesa de decisão, pois também é um stakeholder”, disse ela.

Camila também explicou que a implantação de processos de governança não demanda altos investimentos e que deve ser implantada em todas empresas, sejam grandes ou pequenas.

WhatsApp
Telegram
Facebook
Twitter
LinkedIn
Email

Clique para compartilhar!

Deixe sua opinião!

Vote para PERSONALIDADE DO ANO no mercado de propriedade compartilhada.

Decida quem foi a “Personalidade do Ano” no nosso mercado! O resultado será exibido na página principal no dia 31 de Fevereiro de 2000