Palestrante Eduardo Kastika apresenta novas visões sobre como chegar à inovação nas empresas, através da geração de experiências e emoções aos clientes
A parte ‘’Storyteller – A Arte de Criar Emoções’’ teve a palestra ‘’Inovação Hoje – O Poder das Experiências’’, do especialista em criatividade e inovação Eduardo Kastika, no último dia do LASOS 2017 (Latin American Shared Ownership Summit), promovido pela RCI (Resorts Condominiums International), em Buenos Aires, Argentina, nos dias 17 a 19 de outubro.
‘’Em quais experiências as pessoas se sentem felizes?’’, com essa pergunta Eduardo Kastika iniciou sua palestra. ‘’Quais os momentos memoráveis exigentes para gerar interesse e para que não sejam rotineiros?’’, continuou.
Eduardo Kastika simplificou o que significa inovar e como fazer: ‘’cuidar de quem já conhece a sua marca e não ficar apenas com aquilo que já conhece’’.
Ele passou para o público que a inovação não precisa ser algo que ninguém nunca viu nem necessita estar ligada a tecnologia, mas deve passar emoção para as pessoas.
Ele exemplificou esse ponto de vista com o livro Jardim Secreto, de Johanna Basford, que foi o livro mais vendido na Amazon.com em 2015, e que consiste em simplesmente um livro para colorir.
‘’A autora não era uma inovadora, ela acreditava no que fazia e fez bem feito’’, afirmou Kastika. Após o sucesso de Jardim Secreto, várias obras, jogos, atividades em grupos surgiram com esse mesmo intuito, colorir para ter sensação de prazer. ‘’Ela desenvolveu através da emoção e não da tecnologia’’, disse o palestrante.
Cone da inovação: ‘’Devemos inovar no que realmente importa’’
A busca pela inovação de forma simples e bem feita e que gere emoções às pessoas fez Kastika desenvolver um gráfico de como deve ser o processo inovativo. ‘’Às vezes as empresas se propõem a inovar e complicam a vida dos clientes’’, brincou Kastika. ‘’Devemos inovar no que realmente importa’’.
O gráfico de Kastika consite em dois eixos: vertical é oportunidades; horizontal é capacidade e recursos.
No eixo de oportunidades, mais acima há as oportunidades remotas, ou seja, difíceis de acontecerem. Mais embaixo, há as oportunidades conhecidas, ou seja, aquelas que são frequentes.
No eixo de horizontal, na esquerda há as capacidades e recursos baixos; e na direita, capacidade e recursos altos.
Oportunidades remotas com Capacidade e Recursos baixos geram ansiedade para a empresa. Oportunidades conhecidas com Capacidade e Recursos altos geram rotina.
Assim, surge o cone da inovação, que deve ir crescendo de acordo com as necessidades da companhia, até chegar em Oportunidades remotas com Capacidades e Recursos altos.
Novo tipo de marketing
Kastika explicou que o marketing tradicional, que dividia os consumidores em ‘’quem tem dinheiro e quem não tem’’, não existe mais.
Para ele, o marketing deve gerar valor, experiência e emoção para ter o preço definido. ‘’Atualmente é trade up e trade down’’, definiu Kastika
Segundo Kastika, trade up acontece quando o consumidor paga uma quantia alta por um produto. ‘’Não importa o preço nem se tem dinheiro’’, disse. O que importa nesse caso é vontade da pessoa de ter aquele produto.
Já o trade down, de acordo com o palestrante, acontece quando o consumidor pede desconto ou acha algum produto caro, mesmo às vezes tendo dinheiro suficiente para adquiri-lo.
‘’A mesma pessoa que gasta dinheiro à toa, em outra situação é completamente miserável’’, brincou Kastika.
Copiar é inovar?
Para Kastika, toda inovação é uma mistura do que já existe e o novo. ‘’Não faz sentido perguntar se está inovando ou copiando’’, afirmou o palestrante. ‘’Apenas faça bem feito’’, finalizou.
- A Revista Turismo Compartilhado cobriu o LASOS 2017 a convite da RCI Brasil.
