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Complan debate modelos de complexos turísticos e seus impactos para o desenvolvimento urbano

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Painelistas falaram sobre criação de destinos, comunidades planejadas, residência de segunda moradia, hotelaria, sistema de turismo compartilhado, all inclusive e Airbnb

Seguindo as tendência urbanísticas e imobiliárias, o Complan 2019 reservou um espaço na sua programação para debater ‘’Comunidades Planejadas Turísticas’’, com participação do CEO do ILOA Resort e fundador da Matx Academy, Felipe Cavalcante; o CEO da Habitasul, Sérgio Ribas; e o gerente de novos negócios da Aviva, Guilherme Sousa Coelho; e o o presidente da ADIT Brasil, Caio Calfat, como moderador.

Organizado pela ADIT Brasil, o Complan é um seminário para debater e gerar negócios em segmentos de loteamentos, comunidades planejadas e desenvolvimento urbano, e acontece este ano nos dias 17 até 19, em Goiânia/GO.

O presidente da ADIT iniciou o painel perguntado para Felipe Cavalcante o impacto da multipropriedade, timeshare e resorts all inclusive para o público consumidor e comunidade.

Para Felipe Cavalcante, atualmente, complexos hoteleiros de lazer devem desenvolver um sistema de pensão all inclusive, principalmente no Nordeste, pois esse modelo é muito aceito pelas famílias.  ‘’A taxa de ocupação e as tarifas hoteleiras são maiores’’.

Ele explicou que o ILOA Resort, localizado em Barra de São Miguel/AL, e que implantou o sistema all inclusive há pouco tempo, realizou uma pesquisa com clientes e agências para se chegar ao modelo ideal.

Em relação ao modelo de turismo compartilhado (multipropriedade e timeshare), Felipe Cavalcante definiu como ‘’uma revolução’’. De acordo com ele, algumas empresas estão transformando esse negócio no Brasil. ‘’Ainda mais considerando que não temos EUA e Canada ao nosso lado, o negócio é realizado para o público nacional. Mesmo sem legislação, as empresas conseguiram realizarem e desenvolveram suas próprias redes hoteleiras. E esses pioneiros estão expandindo para o Brasil’’.

Jurerê Internacional

Sérgio Ribas

O CEO da Habitasul, empresa gestora de Jurerê Internacional, em Florianópolis/SC, Sérgio Ribas, comentou sobre os desafios de gerir esse modelo de negócio. Jurerê Internacional é um complexo que une comunidade planejada, bairro, hotelaria e destino.

Jurerê Internacional foi fundada há mais de 40 anos e se transformou em um destino e atração em Florianópolis, com residências de primeira e segunda moradia, além de redes hoteleiras, que têm a importância de serem âncoras para atraírem visitantes. ‘’Os empreendedores que iniciaram o Jurerê Internacional eram desbravadores, com um espirito para aquilo acontecer,   e criaram cases que são sucesso no Brasil’’, afirma Sérgio Ribas.

Para o CEO da Habitasul, o grande desafio da gestão de Jurerê Internacional é o papel que o master development terá com o tempo. ‘’Pois um empreendimento vai empoderando outros atores –  Ministério Público, moradores, cidade. As demandas ficam muito mais plurais – o master development deve entender o seu papel. Um complexo como Jurerê, com 40 anos, tem mais 40 anos de desenvolvimento. Tem que comtemplar outras visões’’.

‘’Estamos em um momento muito rico, pois é o planejamento estratégico para os próximos dez anos. Até onde vamos, como o poder público deve atuar, qual a relação com os moradores?’’, explicou Sérgio Ribas.

Costa do Sauípe

Guilherme Coelho

O gerente de novos canais da Aviva, Guilherme Coelho, falou sobre as transformações que a Aviva vem realizando na Costa do Sauípe, no litoral da Bahia. A Aviva, detentora das marcas Rio Quente e do parque Hot Park, ambos em Goiás, adquiriu o complexo baiano há quase dois anos e, além de revitalizar todos os resorts de Sauípe, obteve lucro para o complexo pela primeira vez em sua história.

‘’A negociação para a aquisição da Costa do Sauípe durou três anos, um complexo que tinha uma má reputação e contava com uma má gestão, fomos crescendo,  viemos com outro conceito para a Costa do Sauípe. O gigante de mais de 1500 aptos deixou de vender diárias para vender experiências’’, disse o gerente da Aviva.

De acordo com Guilherme Coelho, através desses novos conceitos e retrofits, Sauipe renasceu. ‘’Construímos três novos restaurantes, recentemente fizemos o lançamento do Sauipe Premium, o Brisas, o primeiro hotel do complexo 100% revitalizado, a experiência em entretenimento do destino Rio Quente nós replicamos para Sauipe, triplicamos nossa equipe de entretenimento. Para o próximo ano iremos iniciar a revitalização de outro hotel do complexo, a Ala Sol’’.

Em seus 17 anos de história, a Costa do Sauípe nunca havia fechado um ano com lucro. Assim, a meta da Aviva para 2018 em Sauípe era não ter lucro nem prejuízo ‘’Tivemos quase R$ 9 milhões de lucro’’, disse Guilherme Coelho.

Aviva Vacation Club

O gerente da Aviva explicou que o timeshare da empresa, a Aviva Vacation Club, teve uma importância muito grande para esse renascimento da Costa do Sauípe. Segundo ele, as vendas do clube de férias proporcionam investimentos em melhorias e ampliações para complexos hoteleiros. O recorde de vendas do vacation club de Sauípe era R$ 27 milhões em um ano. ‘’Mudamos o produto e a forma de comercialização e alcançamos R$ 58 milhões de vendas no ano’’.

Empreendedorismo e risco

Felipe Cavalcante

Caio Calfat lembrou o desenvolvimento do projeto ILOA Resort, no qual ele participou do desenvolvimento, que pelas características havia um risco muito grande do negócio não ter sucesso. Ele contou que foi desenvolvido a 1 km da praia de Barra de São Miguel, na beira da estrada e ao lado de um terreno baldio. ‘’Como diminuir esse risco?’’, questionou o presidente da ADIT Brasil para Felipe Cavalcante, CEO do ILOA Resort.

‘’Uma comunidade planejada turística não vende o apartamento, mas o destino’’, afirmou Felipe Cavalcante, para explicar porque o ILOA Resort teve sucesso com o público. Segundo ele, na época em que foi lançado, os empreendimentos imobiliários turísticos no Nordeste tinham como público alvo o mercado do exterior, e o ILOA veio com outra proposta. ‘’O ILOA veio para solucionar problemas, então foi vendido para a classe média nacional. Por não estar na beira da praia, o preço era mais baixo. Nós fizemos uma formatação econômica para que o comprador não pague condomínio’’.

O CEO do ILOA ressaltou que apenas criar uma comunidade ou complexo turístico para ser um destino tem um alto risco.  ‘’Um destino tem que ter área de expansão, seguido da não dependência de mercados nacionais e internacionais. Não deve depender de câmbio e voos, principalmente para segunda residência e hotelaria.  O ILOA Resort foi desenvolvido para atingir o público regional, que não depende de voos e câmbios para visitar o complexo’’.

Airbnb

O CEO da Habitasul disse plataformas de compartilhamento de hospedagens, como o Airbnb, atrapalham a hotelaria, devem ser regulamentados, mas também trazem benefícios para o destino, pois mais pessoas irão visitá-lo, além de ser uma tendência das gerações atuais e futuras, que não adianta criar mecanismos para barrar, pois irá acontecer e crescer.

Felipe Cavalcante contou que no caso do ILOA Resort foi realizado uma formatação jurídica para que os proprietários não possam alugar seus apartamentos nessas plataformas ou qualquer site de aluguéis, se fizerem devem pagar uma taxa para o resort.

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