Expectativa de mercado para este tipo de operação é positiva, segundo palestrantes
- Francyelle Nunes
Na manhã desta quinta-feira (26), no primeiro dia do evento ADIT Share 2020, executivos do ramo de timeshare e multipropriedade se juntaram no painel “Brownfield: insights sobre conversão de projetos ao modelo fracionado” para abordarem riscos e possibilidades para empreendedores que buscam sucesso nesta operação.
Organizado pela ADIT Brasil, o ADIT Share 2020, é o principal seminário para negócio em multipropriedade e timeshare, e que acontece de forma híbrida (presencial e on-line), nos dias nos dias 26, 27, e 28 de novembro no Wish Serrano, em Gramado/RS.
Com mediação do gerente de novos negócios da Interval International, George Daou, que também contribuiu com o debate trazendo uma visão otimista sobre o futuro destes negócios no Brasil, o bate-papo foi esclarecedor e direto.
Segundo o sócio da TC Brasil, Antônio Carlos Gomes, antes de buscar a conversão para o modelo fracionado é preciso fazer uma avaliação criteriosa. “Se o passivo for muito relevante, irá impactar negativamente o negócio. O cuidado deve vir na estruturação para que você não carregue esse passivo aos futuros proprietários destas cotas”, afirmou ele, salientando ainda a importância de alinhar a estruturação jurídica para maior respaldo.
Perguntado sobre os riscos do Brownfield, o diretor executivo da MVC Férias, Luiz Fernando Mathia, apontou que este tipo de empreendimento oferece mais agilidade se comparado ao modelo Greenfield. Mas elencou que essas comparações, de risco e benefícios, vão depender da estratégia pensada para o empreendimento e nas características do meio em que será inserido. Para ele, o melhor é ter no Brownfield uma área de expansão para trabalhar também com Greenfield. “É um investimento de médio e longo prazo”, afirmou, compartilhando a atual estratégia da MVC no mercado.
Para o diretor de Estratégias e Novos Negócios da WAM Group, Danilo Samezima, o modelo Brownfield irá se consolidar com força nos próximos anos. “As administradoras hoteleiras estão entendendo a multipropriedade e também vão se adequar a este modelo de negócio. Eu não tenho dúvida! Com esse modelo de negócio consolidado, depois da aprovação da lei e com o mercado de capital entendendo mais esse modelo de negócio, eu não tenho dúvida que vá haver um boom em conversão de multipropriedade no Brasil”, concluiu.
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