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A inclusão agrega valor ao negócio, afirmam especialistas

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Palestra aborda oportunidades para setor de parques e entretenimento com a inclusão de pessoas autistas

Atualmente, a inclusão social de pessoas com necessidades especiais não é apenas uma questão de lei, mas também de oportunidade de negócios para vários segmentos, inclusive hotelaria, parques e entretenimentos. Para explicar esse assunto, exemplificando com a questão de Pessoas com Transtorno do Espectro Autista, a diretora da Incluir Treinamentos, Amanda Ribeiro, e a neuropediatra, Deborah Kerches, palestraram durante o Sindepat Summit, evento organizado pelo Sindepat (Sindicato Integrado de Parques e Atrações Turísticas), que aconteceu nos dias 21 e 22 de agosto, em Brasília/DF.

A empresária Amanda Ribeiro salientou sobre a importância de hotéis e parques terem programas e treinamentos para inclusão de crianças autistas. O trabalho dela veio da própria experiência, pois tem um filho autista.

‘’Para o mercado de turismo, são mais de 2 milhões de famílias com casos de membros com autismo no Brasil que não possuem programas específicos para que possam se hospedar. É uma oportunidade de negócio. Há muitas famílias com autistas que querem viajar’’, disse a empresária.

Apesar de existirem leis que protegem as pessoas com necessidades especiais, Amanda apontou que as empresas podem oferecer mais para acolher essas famílias, não apenas com adaptações na infraestrutura, nas com treinamentos, para que os colaboradores saibam como se comunicar com a pessoa autista. ‘’É uma forma de agregar valor ao seu negócio através da empatia’’.

Em relação as adaptações na infraestrutura para os autistas, ela exemplificou o case do parque Sea World, em Orlando, que conta com um Centro de Autismo, que conta com filas preferenciais e uma sala para o autista se acalmar.

Ela explicou que alguns autistas podem ter medo de cores escuras, assim, eles não descem em toboáguas azul escuro ou verde escuro, mas nos que possuem cores claras. ‘’São coisas muito simples, que não iriam gerar mais custos, mas iriam fazer uma criança feliz’’.

Entenda o Autista

A médica Deborah Kerches disse que o TEA (Transtorno do Especto Autista), é uma condição do neurodesenvolvimento de início precoce, caracterizado por prejuízo na comunicação e interação social. ‘’A pessoa autista tem dificuldade em entender expressões faciais, linguagem verbal, receptivo. Essa a é dificuldade que eles têm em entender regras sociais’’.

Em relação ao comportamento dos autistas, a médica explicou que há vários quadros de autismos – mais amenos até mais sérios. Ela contou que a prevalência do Autismo tem aumento exponencialmente. ‘’Não sabemos o motivo. No Brasil, acredita-se que há mais de 2 milhões de pessoas com autismo’’.

‘’É muito importante que o setor de parques e entretenimento entenda isso para oferecer um ambiente mais acolhedor e seguro para os autistas, podemos pensar em estratégias que os autistas possam desfrutar bons momentos com suas famílias. Nos conscientizar sobre os autistas significa oferecer qualidade de vida para eles’’, finalizou a médica.

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