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“ESG não é uma oportunidade de negócio, mas uma forma de gerir o negócio”

Entrevista com João Paulo Pacífico, fundador do Grupo Gaia

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  • Fábio Mendonça

A agenda ESG, sigla em inglês, para Meio Ambiente, Social e Governança, no meio empresarial cada dia ganha mais relevância. Cada vez mais os empresários compreendem que não há como realizar negócios sem pensar nos impactos ambientais, sociais e na governança corporativa.

O Grupo Gaia foi um dos pioneiros no Brasil nos mercados financeiro e imobiliário em evoluir seus negócios de acordo com as métricas ESG. O sócio fundador da empresa, João Paulo Pacífico, fala mais sobre este importante momento de mudanças no mundo dos negócios e qual o estágio que os mercados financeiro e imobiliário se encontram.

Os players dos mercados financeiro e imobiliário já entendem o que é ESG e a sua importância? Acredita que os empresários irão aderir a agenda ESG por propósito e acreditarem em suas responsabilidades de gerarem impactos positivos ou mais por questões mercadológicas, para não perderem clientes e investidores?

Hoje, a maior parte das empresas e executivos falam de ESG porque entenderam que é um assunto relevante. Mas os que realmente fazem por propósito porque entenderam, com uma intencionalidade verdadeira, são minoria. Tem muita gente hoje que faz o ESG washing, que é o novo greenwhashing, algo que não é real e que não está causando o impacto verdadeiro.

Então, foi dado o primeiro passo, que é colocar essa pauta no mainstream, todo mundo começou a falar disso. O que vai acontecer cada vez mais é entender o que é washing e o que não é, e assim, começar a diferenciar o joio do trigo. Mas eu espero que no futuro todos tenham essa agenda de forma genuína, com aumento de consciência, que consigamos superar esses desafios climáticos e sociais e que a governança venha para pautar tudo isso e trazer a transparência e ética necessárias.

Como se consegue avaliar se uma empresa segue os princípios do ESG?

Há dois lados: as práticas internas, como tratam as questões de gênero e racial, governança, transparência com os números dentro de casa. E da porta para fora, que são os produtos, quão ambientalmente são adequados, a ética nas vendas dos produtos, etc. Não adianta ter um produto que é muito bacana, em conformidade com práticas ESG, e dentro de casa não tem isso.

O que uma empresa pode ganhar em termos de oportunidades de negócios em seguir uma agenda ESG?

Se a empresa está fazendo o ESG para olhar oportunidades de negócios já está errada, pois o ESG é uma necessidade, uma urgência para qualquer organização, pois deve-se olhar os aspectos ambientais, sociais e governança.

Estamos falando de humanidade, meio ambiente. Ou faz porque entendeu e se conscientizou da importância da questão climática, se está fazendo por uma oportunidade de mercado, não faça, pois todos vão perceber isso. A questão social é da mesma forma, há uma desigualdade no Brasil, se as pessoas não se tocarem com isso vão ficar sem clientes. E a governança corporativa é para gerir bem, trazer a transparência e ética. ESG não é uma oportunidade de negócio, mas uma forma de gerir o negócio.

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