Tradicional parque temático do estado de São Paulo, localizado em Vinhedo, o Hopi Hari se vê em meio a muitas especulações sobre o seu futuro. Há muitos anos enfrentando uma crise financeira e com dívidas acumuladas de mais de R$ 250 milhões, a assembleia de credores do Hopi Hapi, que iria ser realizada no dia 03/11, decidiria se o complexo continuará nas mãos do atual grupo gestor, o Grupo Hopi Hari, ou irá para a união de seis empresas interessadas em adquirir o parque de diversões.
Porém, a assembleia foi cancelada pelo juiz Fábio Marcelo Holanda, da 1º Vara do Foro de Vinhedo. De acordo com o portal O Tempo, o presidente do Hopi Hari, Alexandre Rodrigues, informou que devido ao fato de a cogestora Manchester Consultoria, que auxilia o juiz no processo, ter exigido documentos contábeis da antiga administração do parque. Já o Valor Econômico informa que o pedido procurou atender um dos credores, o Prevhab, que contestaria o anúncio do acordo feito com o Whitehall, uma vez que ele não estava incluído no plano de recuperação judicial. O juiz deu um novo prazo de 30 dias para que os dados sejam apresentados.
Na semana passada um grupo de seis empresas: os parques de entretenimento Beto Carrero, Wet n’ Wild e Playcenter, e as empresas do mercado financeiro, com vários investimentos em complexos turísticos imobiliários, Senpar, RTSC e KR Capital, apresentaram uma proposta de compra do Hopi Hari.
Além da quitação da dívida do complexo, com pagamento integral do passivo fiscal multimilionário acumulado nos últimos anos, a proposta prevê investimentos para a recuperação do parque com valor superior a R$ 150 milhões. Segundo as empresas, a proposta tem o apoio dos maiores credores, entre eles PrevHab e BNDES.
“A compra do Hopi Hari será apenas o início de um grande investimento financeiro, que beneficiará toda a região do Distrito Turístico Serra Azul”, informa o grupo em comunicado.
Grupo Hopi Hari contra-ataca
Atual gestor do parque, o Grupo Hopi Hari também apresentou uma proposta de recuperação. De acordo com anúncio à imprensa, o grupo fechou um acordo para reestruturação, expansão e desenvolvimento do parque de diversões Hopi Hari com a Whitehall & Company LLC alcançando investimentos de até 500 milhões de dólares, o que equivale a aproximadamente 2,8 bilhões de reais.
O acordo com o Whitehall, segundo o Grupo Hopi Hari, trará maior tranquilidade financeira no cumprimento de seu plano de recuperação judicial e contemplará, ainda, o planejamento de novas atrações, ou seja, esse projeto não irá somente reestruturar as obrigações passadas com os credores, como também compreenderá a expansão das suas atrações, o desenvolvimento imobiliário dos seus terrenos, com novos lançamentos, e também o desenvolvimento de eventuais lançamento do Parque em outras regiões do Brasil ou, ainda, a aquisição de outras empresas do segmento.
O Whitehall, parceiro do Hopi Hari neste projeto, é um banco de investimento em ativos reais e que oferece investimentos diretos e administrados por investidores na América do Norte, América Latina e Caribe, cujos ativos combinados estão na casa dos trilhões de dólares e que possui experiência neste segmento, através do fundo Apollo Global Management´s, responsável pela administração e expansão do portfólio de hotéis e parques aquáticos Great Wolf Lodge.
“Destacando novamente seu compromisso de agir com transparência e responsabilidade e reafirmando que o objetivo que guia suas ações é a proteção de seus credores, através da continuidade de suas atividades – graças a união e força de sua equipe, geração de riquezas para pagamento de suas obrigações e a manutenção dos empregos ligados, direta e indiretamente, às suas atividades – o Parque Temático Hopi Hari aguarda apenas a formalização da aprovação da assembleia de credores, a ser realizada nesta quarta-feira, 3 de novembro, para concretização de tal acordo”, finaliza o Grupo Hopi Hari.