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Travel Techs: servir bem para servir sempre

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Marcelo Linhares, CEO da Onfly

Artigo do CEO da Onfly, Marcelo Linhares, explicando que se as fintechs revolucionaram o mercado financeiro, as tecnologias de viagens surgem com o propósito de movimentar cerca de R$ 35 bilhões até o fim do próximo ano

Recentemente, um estudo feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontou que o setor de viagens e turismo segue como o mais impactado durante o período de pandemia de Covid-19 no Brasil. Mas uma luz no fim do túnel começa a aparecer: a vacinação. A expectativa é que haja um ambiente mais favorável para os negócios daqui para a frente, como mostra o levantamento da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa): em abril, 69% das operadoras de turismo tinham percepção de melhora frente ao mês de março. E, em maio, a taxa subiu para 97%.

Se, por um lado, o brasileiro está se sentindo mais seguro para viajar agora, a indústria de turismo hoje está totalmente fragilizada e repleta de ineficiências. Vejamos o motivo: ao passo que as pessoas estão cada vez mais digitais, o segmento tem pouca ou nenhuma maturidade eletrônica, sendo que muitas empresas ainda operam no modo analógico. Basta lembrarmos o tempo que esperamos no hotel para preencher a ficha de registro a mão, ou o reembolso das despesas da viagem a trabalho.

E a pergunta que não quer calar é: o que ou como fazer para reverter este cenário?

É justamente por trás dessas ineficiências que estão as oportunidades de negócio de centenas de empresas. Com a internet presente em todas as fases de uma viagem – da pesquisa à reserva, do check-in e do check-out, do registro de imagens e compartilhamento de informações, a verdade é que a tecnologia tem transformado todos os setores e isso não será diferente com o de viagens. Portanto, a aposta está nas travel techs.

Mas, afinal, o que são as travel techs?

Provavelmente, você já ouviu falar das “fintechs” (da união de finanças – finance – e tecnologia – technology), as empresas do segmento financeiro que revolucionaram o mercado se utilizando de inovações tecnológicas para oferecer soluções com custos bem menores do que as instituições bancárias tradicionais. Pois bem: no mercado brasileiro, travel techs (tecnologia de viagem) é o termo usado para designar empresas de tecnologia que estão buscando resolver problemas de viagens, mobilidade e turismo, com a contratação de serviços 100% on-line. E a tendência é que a economia, cada vez mais digital, influencie progressivamente os investimentos em inovação nas viagens.

A boa notícia é que o mercado e a retomada dos serviços já estão abertos ao “novo normal”, principalmente entre clientes corporativos. Prova disso são as 219 empresas de travel techs já operando no Brasil, como mostra o “1º Anuário de Travel Techs do Brasil”, realizado pela Loureiro Consultores. Inclusive, essa nova pesquisa que mapeou o ecossistema brasileiro de travel techs estima que o mercado de companhias de tecnologia da informação que prestam serviços de turismo e viagem deve movimentar R$ 35 bilhões até o fim do próximo ano.

É importante salientar que hoje os viajantes querem cada vez mais transparência e possibilidades de preços, escolha e personalização das experiências. As empresas, por sua vez, buscam o melhor custo e segurança nas viagens para manter suas operações. E uma vez que há, para ambos os lados, a necessidade de gerir os gastos realizados nessas viagens, para que o retorno sobre este tipo de investimento seja o mais expressivo possível, as travel techs surgem com o lema das padarias: “servir bem para servir sempre”. E ambos os lados da operação são favorecidos: tanto há um suporte às companhias de viagens quanto ao usuário final. Os dois lados recebem transparência, personalização e, principalmente, economia, afinal, sabemos bem que uma boa gestão de viagens corporativas é fundamental para empresas de todos os portes e segmentos.

Por fim, fechar o mês no azul e conseguir manter sempre reservas de emergência – que nada tem a ver com ser sovina ou, numa linguagem mais popular, “pão-duro” – é um desafio que requer tempo e esforço. E esse segredo, acredito, está justamente no “servir bem para servir sempre”, afinal, com a digitalização do universo de viagens é possível oferecer algo relevante que satisfaça desejos e necessidades, dimensionando a importância de todos os envolvidos no processo de viagens corporativas.

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