Inaugurada em novembro de 2023, a piscina de ondas da Surfland Brasil, em Garopaba (SC), contando com tecnologia espanhola da Wavegarden, vem movimentando o circuito de surfe profissional brasileiro, em que os surfistas aproveitam as “ondas perfeitas” para treinarem para as competições no Brasil e exterior.
Com etapas do WSL e outros torneios realizadas em piscina de ondas, a alternativa representa mais que o sonho de cada esportista de provar a onda impecável, e sim de aprimorar suas técnicas visando o primeiro lugar.
Diferente do oceano, a sessão de surfe na piscina traz um condicionamento físico forte, devido a quantidade de ondas produzidas em 50 minutos. A piscina da Surfland conta com sete tipos diferentes de ondas, que chegam a até 1,90 m. Na visão de Teco Padaratz, bicampeão mundial do World Men’s Qualifying Series, para aproveitar o máximo da piscina é importante focar na repetição:
“O ideal é identificar as manobras que o surfista ainda tem dificuldade de executar e repetir as tentativas de forma sistemática até aprender a biomecânica e biodinâmica do movimento. É possível fazer um raio-x em tudo que está dando errado e ajustar em pouco tempo, o que torna o surfista mais competitivo e com menor número de erros.” contextualiza Teco Padaratz.
Além de ampliar o repertório do surfista, Teco ressalta a oportunidade para testar equipamentos e pranchas para competição para definir o rendimento de cada um.
Walley Guimarães, surfista da nova geração, vem aproveitando as oportunidades na Surfland Brasil para crescer profissionalmente e se preparar para competições.
“Surfando constantemente em uma piscina de onda dá para conseguir entender melhor a leitura da onda perfeita, tendo vantagens em relação ao treino no dia a dia na praia e evoluindo seu surf mais rápido. É fundamental ter entendimento da onda na sessão que você está surfando, para manobrar forte e tirar os tubos na melhor maneira possível. O treinamento na piscina para mim é nota 10”, explica Walley.
Fábio Gouveia, primeiro brasileiro a ganhar título mundial e a vencer no Havaí, defende que se desafiar na piscina de ondas faz com que o profissional aumente seu nível e se prepare para situações que podem ocorrer em torneios.
“Acho algumas sessões da piscina mais complicadas do que oceano. O tubo é mais difícil, mas não é impossível, é só questão de prática. Treinando assim, quando uma situação parecida acontecer no oceano, fica melhor para pegar a onda”, ressalta.
Com investimento de R$ 320 milhões, a Surfland Brasil, em Garopaba (SC), é primeiro clube resort no formato de multipropriedade com piscina de ondas para surf no mundo, com tecnologia internacional Wavegarden Cove 2.0. Primeira multipropriedade no Brasil lançada com vendas 100% digitais, a Surfland teve suas obras iniciadas em abril de 2020 e está em fase final de vendas. O complexo terá 464 mil metros², sendo que 300 mil são de área preservada e 278 apartamentos.