Com o objetivo de mensurar o grau de maturidade em práticas ambientais, sociais, culturais e de governança (ESG) dos parques e atrações turísticas do Brasil, o SINDEPAT (Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas) e o Itaipu Parquetec realizaram o estudo “Turismo Sustentável – Como os parques e atrações estão incorporando a sustentabilidade”.
“Os pilares ESG são mandatórios hoje. Não se pode pensar em desenvolvimento de qualquer setor sem olhar para questões ambientais, sociais e de governança”, diz o presidente do Conselho de Administração do SINDEPAT, Pablo Morbis. “Como associação, precisamos conhecer a maturidade dos parques e atrações para adequarmos nossas ações em ESG às reais necessidades. Conseguimos isso com este primeiro estudo”, explica.
Para o diretor de Turismo do Itaipu Parquetec, Yuri Benites, o estudo é parte do esforço do Itaipu Parquetec em fomentar projetos que contribuem para o desenvolvimento sustentável, apoiando decisões de longo prazo. “O relatório mensura a maturidade em sustentabilidade dos parques e atrações turísticas do Brasil para orientar gestores, empreendedores e formuladores de políticas públicas rumo a um turismo mais responsável”, analisa. “Os resultados aqui apresentados são mais que um diagnóstico: eles nos permitem enxergar onde estamos e, principalmente, para onde queremos ir.”
Com um grau de sustentabilidade avaliado como moderado no diagnóstico, o setor de parques e atrações pode comemorar conquistas, mas tem muitas oportunidades de avanços. “Com alegria vemos que mais de 77% dos empreendimentos afirmam assumir responsabilidade por impactos ambientais que suas operações causam de forma prioritária”, exemplifica Pablo Morbis. “Ao mesmo tempo, o diagnóstico aponta uma diretriz relevante, a importância do letramento e aprofundamento sobre pautas, como mudanças climáticas, matriz energética e patrimônio cultural. A capacitação do setor se faz fundamental nas várias vertentes da jornada ESG para assegurarmos que seja bem-sucedida.”
Diagnóstico

Em relação à dimensão ambiental, os parques e atrações demonstram nível moderado de maturidade. A maioria reconhece e assume seus impactos ambientais e já adota práticas importantes e consolidadas, como o uso de lâmpadas LED e a instalação de torneiras com temporizador. No entanto, ainda é limitada a diversificação das ações sustentáveis, especialmente no que diz respeito ao uso de fontes alternativas de energia, captação de águas pluviais, gestão de frota e priorização de produtos ecológicos.
Na dimensão social, há avanços importantes, com destaque para a contratação de pessoas da comunidade local, mas também lacunas significativas nas áreas de capacitação contínua, acessibilidade, ações estruturadas para a comunidade e valorização da diversidade, sendo o nível de maturidade considerado intermediário, pois requer avanços na estruturação de práticas mais amplas. O estudo considerou moderada a maturidade na dimensão cultural. Os dados apontam avanços importantes, como o apoio declarado à conservação cultural por 64% dos empreendimentos e a priorização de artistas locais em eventos por 72% dos respondentes.
A dimensão governança revelou maturidade moderada em sustentabilidade, com práticas positivas em ética, cooperação e participação local. No entanto, a baixa integração territorial e a limitada transparência indicam necessidade de consolidar uma governança mais estratégica e colaborativa. “Os dados do diagnóstico nos permitirão nortear as próximas ações do SINDEPAT. Hoje, comemoramos o grande número de respondentes e acreditamos que nas futuras edições do diagnóstico teremos mais parques e atrações participando”, completa o presidente do Conselho do SINDEPAT.
Perfil dos empreendimentos
Realizado por meio de questionários, o estudo alcançou 93 respostas de parques e atrações turísticas. Entre os respondentes, 47% são da região Sudeste, com forte relevância do estado de São Paulo, com 31,6% do total de participantes. Em segundo lugar, o Rio Grande do Sul foi quem enviou mais respostas, com 15,8% do total. Entre os respondentes, os parques aquáticos representaram 27,6%, seguidos pelos parques naturais e urbanos, com 23,7%. Parques temáticos contaram com 21% de participação e as atrações turísticas, com 12%. Os demais respondentes incluem zoológicos, aquários e centros de entretenimento familiar (FECs). Os dados foram compilados em junho deste ano.
Para ter acesso ao estudo, clique aqui: https://heyzine.com/flip-book/1b49c30a3f.html





