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Setor de parques turísticos conta com investimentos superiores a R$ 13 bilhões

Primeiro estudo sobre setor de parques e atrações turísticas é apresentado no Sindepat Summit

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Pedro Cypriano apresentou o estudo no SINDEPAT Summit 2023

O potencial de desenvolvimento do setor de parques, atrações turísticas e entretenimento no Brasil, mercado com 89 milhões de visitantes anuais, é comprovado pelo estudo “Parques, atrações turísticas e entretenimento no Brasil – Panorama Setorial e novos investimentos”, apresentado durante o SINDEPAT Summit 2023, que acontece em Brasília, nos dias 22 e 23 de março.

Idealizado pelo Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat) e pela Associação Brasileira de Parques e Atrações (Adibra), o estudo foi produzido pela empresa Noctua, especializada em inteligência de mercado em hospitalidade e entretenimento.

O estudo completo poderá ser visualizado a partir de amanhã nos sites do Sindepat e Adibra.

O sócio da Noctua, Pedro Cypriano, começou a apresentação mostrando os números globais de parques e atrações: U$S 107 bilhões de valor de mercado e cerca de 521 milhões de visitantes por ano apenas nas 10 maiores empresas do mundo. No Brasil, foram identificados cerca de 500 empreendimentos de parques e entretenimento, e participaram da pesquisa 281 complexos.

Entres os dados levantados pelo estudo, há pelo menos 63 novos projetos de parques e atrações em estruturação, somando investimentos de R$ 9,6 bilhões. Entre os 63 projetos, ao menos 31 têm abertura programada para este ano. Além desse montante, os parques e atrações já instalados têm reinvestimentos da ordem de R$ 3,7 bilhões para os próximos anos.

“Esses números comprovam a percepção que tínhamos da forte expansão do nosso setor. Ao longo do ano passado, como mostra o estudo, parques e atrações recuperaram o número de visitantes, com muitos superando os índices pré-pandemia”, avaliou o presidente do Conselho do Sindepat, Murilo Pascoal. “A recuperação da visitação é fundamental para a retomada dos investimentos, assim como os incentivos governamentais que ajudaram o setor a sobreviver e manter empregos no período mais duro da pandemia. O estudo nos mostra que estamos falando de um mercado anual de 89 milhões de visitantes no Brasil, com expectativa de crescimento de 18% ainda neste ano”, completou.

Com faturamento de R$ 7,1 bilhões no ano passado, as empresas do setor foram divididas em seis grupos para criação do primeiro Panorama Setorial: parques temáticos; parques aquáticos; parques naturais; parques itinerantes; atrações turísticas; e FECs (centros de entretenimento familiar). “Não se trata de um censo da oferta. Mais do que dizer, neste primeiro estudo, qual é a totalidade de empreendimentos no Brasil, identificamos os 500 principais e os grandes números a eles relacionados. Nosso estudo considerou essas seis categorias, com grande diversidade entre si”, contou o fundador e managing partner da Noctua, Pedro Cypriano.

Geograficamente, as mais de 500 empresas identificadas no estudo espalham-se por 24 Estados, com predominância na região Sudeste (44%); Nordeste (23%) e Sul (17%), mostrando concentração nos principais eixos urbanos e turísticos. Com faturamento de R$ 7,1 bilhões no ano passado, as empresas do setor atuam em um mercado de 89 milhões de visitantes anuais, demonstrando claro potencial de crescimento, considerando o boom vivido pelo turismo no mundo, e de modo bem relevante no Brasil.

Empregos

Responsável por 35 mil empregos diretos, o setor é fortemente impactado pela sazonalidade, chegando a contratar outros 13 mil funcionários temporários nas altas estações. “Os parques e atrações são âncoras do desenvolvimento turístico, impactando fortemente na economia em que estão inseridos e com grande geração de empregos indiretos”, ressaltou o presidente do Sindepat, Murilo Pascoal. Segundo estimativas do Sindepat e da Adibra, o setor responde por mais de 130 mil empregos indiretos. “Também temos uma importância significativa na entrada de jovens no mercado de trabalho, o que nos traz a responsabilidade da capacitação de mão-de-obra”, acrescentou a presidente da Adibra, Vanessa Costa.

Um dos dados apontados pelo estudo é a confluência de entretenimento com outros negócios, uma vez que 25% da oferta analisada (com exceção das FECs e dos parques itinerantes) está atrelada a algum negócio complementar, como hotelaria, timeshare ou multipropriedade. “A sinergia entre os diferentes modelos de negócio é notória e tem propulsado inúmeros investimentos no Brasil, como mostra o perfil dos futuros investimentos”, analisou Cypriano.

Em relação ao perfil da demanda, as famílias com crianças ou jovens de até 17 anos representam 41% das respostas dos parques fixos e atrações turísticas e 52% das FECs e dos parques itinerantes. Nesses, até 58% têm renda familiar de até R$ 7 mil, enquanto nos parques fixos e atrações esse índice é de 51%. Enquanto os parques fixos têm 58% das respostas de visitantes regionais e nacionais (distância superior a 100 km do projeto), 58% das respostas das FECs e parques itinerantes é local.

Os investimentos

Entre novos projetos e novas atrações nos empreendimentos já instalados, o montante de investimentos apontado pelo estudo ultrapassa os R$ 13 bilhões. “Nossa indústria vive de inovação. São as novidades que garantem o retorno dos visitantes, por isso muitos dos parques e atrações já têm investimentos programados no médio e longo prazo”, explicou Murilo Pascoal. Segundo o estudo, a média de reinvestimento nos parques e atrações instalados corresponde a aproximadamente 7% do faturamento anual das empresas para os próximos três anos.

A pesquisa aponta ainda que a confiança no setor é alta, mas o cenário macroeconômico pode ser um risco. “É alta a crença no potencial do setor de parques, atrações turísticas e entretenimento no Brasil. No entanto, alguns fatores também preocupam os empresários, com destaque à disponibilidade de mão de obra qualificada e às incertezas macroeconômicas”, avaliou o managing partner da Noctua. “Volume de visitantes, poder de consumo e infraestrutura do país tiveram notas moderadas, com potencial de melhoria”, completou.

Medidas governamentais

A presidente da Adibra, Vanessa Costa, destaca também as medidas governamentais que beneficiaram o setor, em decorrência da pandemia, como fundamentais para o alto volume de investimentos. “Os incentivos fiscais concedidos possibilitam a manutenção das operações das empresas do setor, a realização de investimentos e motivam, inclusive, o aumento dos volumes investidos”, afirmou ela. Os investimentos previstos acontecem em ao menos 16 Estados e devem criar 11 mil empregos diretos.

Murilo Pascoal e Vanessa Costa

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