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Qual será o futuro da multipropriedade?

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Será que as empresas do segmento estão preparadas para suportarem a crise da Covid-19?

  • Fábio Mendonça

A multipropriedade é um negócio muito complexo, com um longo ciclo, desde o estudo de viabilidade até a entrega do empreendimento são muitos anos. Neste período é normal o fluxo de caixa negativo, apesar das vendas serem volumosas. E agora, a realidade da crise da Covid-19 colocou os players do mercado em um desafio muito maior, que ninguém consegue projetar quanto tempo irá durar.

Já foi muito comentado que o segmento de tempo compartilhado foi forjado na crise, sempre crescendo em períodos de crises econômicas. O que é uma verdade, mas esta crise da Covid-19 é maior que todas as outras! Mas ainda é possível performar bem. Não se pode afirmar que o segmento continuará com a curva de crescimento dos anos anteriores, mas com ajustes nos custos, receitas esperadas e orçamentos, as empresas devem passar pela pandemia esse ano, para retomar o crescimento, ainda lento, em 2021.

O cenário da crise é o pior possível, as salas de vendas ficaram fechadas por meses e os pedidos de distratos aumentaram. Além destas reduções drásticas de entradas de receitas, as empresas devem retornar as operações em um novo normal, com investimentos para adaptarem as salas de vendas aos protocolos de saúde e segurança. Claro que o corte de custo também foi drástico. Desde de reduzir salários, demitir funcionários e, em alguns casos, até a paralisação das obras temporariamente.

Estes protocolos impõem que as operações sejam menores. Dependendo das medidas de saúde e segurança de cada destino, as salas de vendas deverão reduzir suas capacidades de atendimentos em 60%, 50% ou 40%. Redução das equipes e atendimentos significam menos vendas, carteira de recebíveis menores e mais dificuldades de tocar o dia a dia da operação e construção do empreendimento.

Cabem às operações procurarem maneiras de equilibrar essa balança entre orçamentos e protocolos. Pode-se tentar aumentar a conversão em vendas ou investir em vendas online, que apesar de ter uma eficiência menor que sala de vendas, pode ajudar a aumentar os resultados do projeto. O aumento da conversão em vendas deve ser mais estudado como será realizado, para não apenas vender de qualquer maneira e depois os clientes pedirem distratos.

Falando em distratos, o pós-vendas se tornou a estrela maior do tempo compartilhado durante a pandemia e deverá a manter esse posto nos próximos anos, já que a crise econômica e incertezas deverão durar por um bom tempo ainda. Esse relacionamento com o cliente deverá ser cada vez mais ‘’íntimo’’, tanto para os antigos proprietários como os novos, flexibilizando as condições e reforçando a necessidade de ter férias em família.

Como foi debatido pela Turismo Compartilhado, O desafio do funding para multipropriedade no pós-covid-19, há investidores interessados na multipropriedade mesmo durante esta crise. Assim, a busca por funding no mercado de capitais ainda deverá estar aquecido, mas as garantias e exigências nas estruturações das empresas deverão ser maiores.

Em relação às obras dos empreendimentos, dependerá da capacidade de cada empresa buscar fundings. Os primeiros players que empreenderam em negócios de multipropriedade mostraram ser praticamente impossível finalizar a obra de um empreendimento no prazo correto apenas com a carteira de recebíveis.

Esses desafios são enormes, mas superáveis. Há o risco de alguns players não suportarem esta crise, porém essas empresas já estavam mal das pernas antes. A Covid-19 apenas terminou de empurrá-las para o abismo. A grande maioria dos players estão bem estruturados. Sem realizarem grandes investimentos, conscientes que as vendas serão menores neste momento, com alguns ajustes nos custos e na operação, vão passar por esse momento e sair fortalecidos.

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