O Impacto da Inadimplência no Setor de TimeShare e Multipropriedade em 2025

* Artigo de Fernando Pysklyvicz, Diretor de Relacionamento Proxy Gestão

Compartilhe esta matéria!

WhatsApp
Telegram
Facebook
Twitter
LinkedIn
Email
Fernando Pysklyvicz, Diretor de Relacionamento Proxy Gestão

O cenário econômico brasileiro em 2025 apresenta desafios significativos relacionados à inadimplência e ao endividamento das famílias. De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), em janeiro de 2025, 76,1% das famílias brasileiras estavam endividadas, uma redução de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro de 2024. No entanto, 29,1% dessas famílias possuíam dívidas em atraso, e 12,7% enfrentavam dificuldades para quitar seus compromissos financeiros.

A taxa de inadimplência também preocupa. Projeções do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR) indicam que, em janeiro de 2025, a inadimplência no crédito com recursos livres atingiu 5,37%. Além disso, dados do Serasa apontam que, em novembro de 2024, 73,7 milhões de brasileiros estavam inadimplentes, acumulando um total de R$ 274 bilhões em dívidas.

Esses números refletem um cenário de endividamento elevado, exacerbado por fatores como desemprego, atrasos no pagamento de salários e altas taxas de juros. A falta de planejamento financeiro adequado e a ausência de uma reserva de emergência contribuem para a dificuldade de muitas famílias em gerenciar suas finanças. O impacto se estende para diversos setores da economia, incluindo o segmento de turismo compartilhado, especialmente os modelos de timeshare e multipropriedade.

O Reflexo da Inadimplência no Setor de Time Share e Multipropriedade

Esse cenário impacta diretamente as operações que comercializam ou fazem a gestão de carteira de empreendimentos de timeshare ou multipropriedade. O aumento da inadimplência compromete a previsibilidade das receitas, afetando diretamente os fluxos de caixa das empresas do setor. Além disso, a dificuldade dos consumidores em manter seus pagamentos em dia gera desafios na retenção e fidelização desses clientes, impactando negativamente o crescimento e a sustentabilidade do segmento.

Para mitigar esses problemas, é essencial que as empresas adotem estratégias proativas e personalizadas, incluindo:

  • Implementação de planos de pagamento flexíveis: oferecer opções de renegociação e parcelamento mais acessíveis para clientes com dificuldades financeiras.
  • Uso de ferramentas de análise preditiva: identificar padrões de inadimplência e agir preventivamente para minimizar riscos.
  • Fortalecimento dos canais de comunicação: manter um contato próximo com os clientes, utilizando múltiplos canais como e-mail, SMS, WhatsApp e ligações.
  • Criação de réguas de cobrança preventiva e reativa: implementar estratégias que alertem o cliente antes do vencimento e, caso haja inadimplência, atuem de forma eficiente para recuperar os valores.
  • Incentivos para o pagamento em dia: oferecer descontos ou benefícios adicionais para clientes que mantêm suas contas em dia, promovendo maior engajamento.

Com abordagens fundamentadas em análise de dados, campanhas de comunicação personalizadas e suporte especializado, é possível reduzir os índices de inadimplência, fortalecer o relacionamento entre a empresa e seus clientes e garantir um ambiente financeiro mais estável e sustentável para ambas as partes. A combinação entre tecnologia e expertise na gestão de carteira torna-se um diferencial estratégico na construção de relações mais sólidas e duradouras no mercado de turismo compartilhado.

A inadimplência é um desafio crescente, mas com estratégias adequadas e o suporte de empresas especializadas, é possível manter a sustentabilidade financeira do setor e garantir a satisfação dos clientes.

WhatsApp
Telegram
Facebook
Twitter
LinkedIn
Email

Clique para compartilhar!

Deixe sua opinião!

Vote para PERSONALIDADE DO ANO no mercado de propriedade compartilhada.

Decida quem foi a “Personalidade do Ano” no nosso mercado! O resultado será exibido na página principal no dia 31 de Fevereiro de 2000