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LASOS 2024: economista traz perspectivas para economia da América Latina

Para Felipe Sichel, países latino-americanos devem olhar atentamente para eleição presidencial dos EUA neste ano e crescimento da economia chinesa

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Felipe Sichel

Com o objetivo de trazer mais informações e dados para auxiliar nas tomadas de decisões dos executivos, o LASOS trouxe a conferência “Perspectivas Econômicas na América Latina”, com Felipe Sichel, economista-chefe da Porto Asset.

Organizado pela RCI América Latina, o LASOS 2024 (The Latin American Shared Ownrship Summit), é o principal seminário para o mercado de propriedade compartilhada na América Latina e acontece neste ano no Hotel Nacional, no Rio de Janeiro, entre os dias 8 e 10 de outubro.

Ele explicou que falar da economia da América Latina é complicado, pois cada país te uma realidade. “Mas quando falarmos de propriedade compartilhada mostra que é uma opção viável e econômica de compartilhar despesas no turismo”.

De acordo com ele, a economia da América Latina depende muito do que está acontecendo no cenário internacional, principalmente nos EUA e China. “Estamos passando por um momento da economia global sobre a recuperação da pandemia e da guerra na Ucrânia”. Ele lembrou que atualmente a taxa de juros nos EUA está em queda, a economia da China não está crescendo como há 10 anos, atualmente cresce 4% ao ano, e ainda terá eleição presidencial nos EUA este ano.

Segundo o economista, a economia da América Latina é baseada em exportação de produtos agrícolas, animais e minerais, e importadora de produtos industrializados. “Se a China volta a crescer mais que 4% ao ano, a América Latina volta a crescer. É importante para nós essa reaceleração da economia da China”.

Ele também mencionou o impacto que o preço do petróleo no mundo tem na economia da América Latina. “Isso mostra como a economia latino-americana é muito frágil”.

Outro ponto mencionado por Sichel foi a importância da política fiscal. “Vai definir a inflação, política fiscal é um problema na América Latina, os governos sempre gastaram muito de gastar. Todos países estão projetando aumento das dívidas em relação ao PIB”, disse ele. “Isso é muito relevante, qualquer divida tem que ser paga uma hora. Como essa conta chega para os países? Vai chegar com o aumento de impostos ou aumento de inflação”;

“No curto prazo o que vai imperar é a eleição dos EUA, no longo prazo é a aplicação dos fundamentos econômicos”, conclui Felipe Sichel.

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