HOTELARIA
NEGÓCIOS
ENTRETENIMENTO
MULTIPROPRIEDADE
EXPERIÊNCIAS
MERCADO
PARQUES

Lars Grael emociona público no VOX

Compartilhe esta matéria!

WhatsApp
Telegram
Facebook
Twitter
LinkedIn
Email

O medalhista olímpico na vela Lars Grael contou sua trajetória profissional e pessoal no encerramento das palestras do VOX. Com uma rica história de superação, por já ter conquistado duas vezes medalhas olímpicas (bronze em Seul 1988 e bronze em Atlanta 1996), além de emocionar o público, Lars mostrou que sua vida serve de inspiração, como modelo de superação, persistência, ter sonhos, adaptar a novos desafios, desafiar limites e aproveitar oportunidades.
 
Organizado pelo Grupo Rio Quente, para os associados de sua unidade de negócio de Vacation Ownership, para capacitar os profissionais e celebrar os resultados de 2016, o Vacation Ownership Experience (VOX), aconteceu nos dias 13 e 14 de março, no Rio Quente Resorts/GO.
 

Paixão pela Vela

‘’A vela sempre foi considerada um esporte de elite e isso nunca nos ajudou’’, disse Lars, para contar como conheceu o esporte e as dificuldades enfrentadas no começo.
 
A paixão pela vela veio de seu avô materno, que veio da Dinamarca. ‘’Mas o meu pai não tinha nada a ver com vela’’, lembrou. E então o pai persuadiu Lars tentar outros esportes. ‘’No futebol nunca dei certo, era muito ruim. Mesmo jogando no gol era muito fangueiro’’, brincou Lars.
 
‘’Depois tentei o handebol, mas também era muito ruim. Depois o atletismo e quebrei o pé. Tentei o boxe, mas minha mãe não deixou. No tênis era melhor, mas não tinha futuro’’, recordou Lars.
 
Na década de 1970, morando em Brasília, Lars foi tentar a vela, no Lago Paranoá. Na primeira competição terminou em último
 
Após muita persistência, tanto em treinamentos e busca por recursos para praticar um esporte que não era popular no país, ao lado de seu irmão Torben Grael venceu o título mundial em 1983 e os dois conseguiram se classificar para as Olímpiadas de 1984, em Los Angeles.
 
Nas duas vezes em que foi medalhista olímpico, em 1988 e 1996, Lars quase não disputou as Olímpiadas por falta de recursos, mas soube conseguir patrocínios que o levaram a conquistar as medalhas de bronze.
 

O acidente


Em 1998, Lars Grael estava em seu auge. Duas vezes medalhista olímpico, treinando para buscar o ouro olímpico em Sidney, em 2000, e pela primeira vez, com patrocínios.
 
Em um treinamento em Vitória/ES, um rapaz alcoolizado pilotando uma lancha invadiu o local da regata e bateu na vela de Lars. ‘’Só lembro do impacto , ficar tudo escuro e depois os salva vidas me resgataram’’, recordou.
 
Lars tentou nadar de volta para o seu barco e sentiu uma dormência na perna.  Quando passou a mão no local, percebeu que não havia mais perna e estava perdendo muito sangue. ‘’Eu estava morrendo’’, contou. ‘’Era uma incerteza se sairia vivo naquele momento’’.
 

Rejeição e mudança de atitude

Após ser levado para o hospital e ter sua vida salva, Lars se deparou com outro problema. ‘’Aceitar aos 34 anos e medalhista olímpico que seria um aleijado não era fácil’’.
 
Lars começou a aceitar sua condição ao conhecer uma enfermeira no hospital, que disse para ele: ‘’Estou gostando de ver, está lutando pela vida, vai sair andando e até pode velejar’’.
 
‘’É fácil falar. Não é com você’’, respondeu Lars para a enfermeira.
 
E ela mostrou a perna para Lars. Uma perna mecânica. A enfermeira havia tido câncer e teve que amputar a perna. Mas trabalhava e praticava esportes.
 
A partir daquela dia, várias pessoas com deficiências, que já haviam passado por situações semelhantes a Lars, foram ao hospital para mostrar que a vida continua. ‘’Brasileiros são heróis anônimos’’, disse Lars.
 
‘’Eu tinha que aceitar. Há uma realidade e não se pode mudar ela’’, falou Lars.
 
Lars fundou um projeto social em Niterói/RJ, para que crianças aprendam a velejar e passou a militar na área de gestão esportiva, até sendo convidado para ocupar o cargo de Secretário de Esporte de São Paulo.
 

Volta às competições

Após seis meses do acidente, Lars voltou a competir pela vela, mas não foi fácil. Ele desenvolveu uma prótese que resistia a vela. ‘’Eu percebi que a perna era muito boa, mas não para velejar’’, contou.
 
Seu irmão, Torben, convenceu Lars de velejar em outro tipo de barco, na classe Star, pois era mais fácil pela sua situação, com apenas uma perna.
 
Após a adaptação, Lars voltou a competir em alto nível, conquistando vários campeonatos brasileiros e sul-americanos, até conquistar um título mundial em 2015, ao lado de Samuel Gonçalves, que foi umas das crianças de seu projeto social.
 
‘’Os resultados recentes são mais importantes que os olímpicos’’, afirmou Lars. ‘’Foram fundamentais para gerar referência para outras pessoas e manter minha chama olímpica acessa’’.
 
Lars enfatizou a importância de persistir nos sonhos e desafiar os limites. ‘’Se atravessarem a minha trajetória, não fui um grande campeão’’, afirmou humildemente Lars.

WhatsApp
Telegram
Facebook
Twitter
LinkedIn
Email

Clique para compartilhar!

Deixe sua opinião!

Vote para PERSONALIDADE DO ANO no mercado de propriedade compartilhada.

Decida quem foi a “Personalidade do Ano” no nosso mercado! O resultado será exibido na página principal no dia 31 de Fevereiro de 2000