13ª edição da publicação mostra crescimento do desempenho e ocupação dos hotéis
A HotelInvest, com o apoio institucional do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), divulgou a segunda versão de 2019 do Panorama da Hotelaria Brasileira. No estudo, apresenta-se um amplo levantamento dos hotéis urbanos em desenvolvimento no país e as perspectivas de ocupação e diária média em 11 capitais nacionais.
A ocupação dos hotéis continua crescendo rápido (+5,7% no acumulado de janeiro a julho de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018). A novidade está na evolução de diária, que após 5 anos em queda, voltou a crescer (+4% em valores reais, descontados os efeitos da inflação). Os dados representam uma média das 11 cidades analisadas no Panorama.
Entre os principais destaques em RevPAR estão Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo, todos com crescimento real de dois dígitos. Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Brasília também crescem, em média 5,4%. Somente Goiânia ficou estagnada, em razão do recente aumento de oferta, e Fortaleza caiu, devido ao incidente de segurança pública no começo do ano e, também, ao aumento de preço das passagens aéreas após o cancelamento dos voos da Avianca Brasil pelo país.
O crescimento real de RevPAR até o momento é 2,3 vezes superior ao orçado pelas redes associadas ao FOHB. No início do ano, na versão anterior do Panorama da Hotelaria Brasileira, já se afirmava que os orçamentos eram modestos, e que havia espaço para melhores resultados.
Orçamentos de 2020 devem considerar maior aumento de diária
As taxas de ocupação já voltaram a patamares próximos ao limite sazonal na maioria dos mercados. Em 9 das 11 cidades, a ocupação anual chega a ser superior a 65%. Com melhor ambiente econômico em 2020 e poucos hotéis em desenvolvimento, a pressão de demanda aumentará e, por consequência, o processo de recuperação de preços tende a se intensificar. Em 6 das 11 cidades analisadas o crescimento real de diária já começou em 2019, com destaque para Belo Horizonte (+15,2%), São Paulo (+8,4%), Salvador (+6,4%) e Vitória (+5,7%).
Apesar do aumento de diária em 2019, as tarifas continuam deprimidas, entre 20% e 50% abaixo do pico histórico, descontada a inflação. O valor atual dos hotéis em diversas cidades é abaixo do custo de reposição. As tarifas precisam subir próximo a dois dígitos para a hotelaria recompor o seu potencial de lucro.
Evolução de oferta ficará abaixo de 1% a.a. em média no país
O pipeline de 35 das principais redes hoteleiras presentes no Brasil perfaz 177 novos hotéis e 25.984 apartamentos em desenvolvimento, com abertura prevista até 2024. Um total de R$ 6,7 bilhões de investimentos, diluídos entre 116 municípios. Em comparação com a oferta existente no país, o crescimento acumulado será de apenas 5% em 6 anos.
O aumento de oferta já não representa um risco para o crescimento do desempenho hoteleiro no Brasil. Sem muitos projetos em estruturação, diária, resultado e valor dos hotéis crescerão.
Os principais resultados do levantamento dos hotéis em estruturação no Brasil são indicados abaixo, com base no total de UHs auferido:
- 75% com abertura prevista entre 2019 e 2021;
- 75% com localização na região sul ou sudeste;
- 66% está em cidades do interior ou em uma região metropolitana;
- 50% situado em municípios com até 300 mil habitantes;
- 65% tem de 100 a 199 apartamentos;
- 65% foi viabilizado como condo-hotel;
- 64% refere-se a hotéis econômicos ou supereconômicos.
Acesse a versão completa do Panorama da Hotelaria Brasileira no link a seguir: https://conteudo.hotelinvest.com.br/13edicaopanorama.
Fonte: HotelInvest