HOTELARIA
NEGÓCIOS
ENTRETENIMENTO
MULTIPROPRIEDADE
EXPERIÊNCIAS
MERCADO
PARQUES

Extro x Intro: existe um perfil ideal para os vendedores?

Compartilhe esta matéria!

WhatsApp
Telegram
Facebook
Twitter
LinkedIn
Email
Joaquim Brandão Neto e Sidney Machado

Segundo os especialistas em vendas, é preciso deixar de lado o estereótipo de que o vendedor deve ser falante e engraçado

  • Maria Laura Saraiva

Quando se fala em vendedores, a maioria das pessoas pensa em alguém simpático, sorridente e bem-humorado, que é capaz de passar horas falando com clientes sem se cansar. O perfil costuma ser associado a aqueles que são super extrovertidos, podendo causar dúvidas e inseguranças nos mais quietos que desejam ingressar na carreira. Mas será que é regra que esse tipo de profissional seja alguém comunicativo?

“Não existe um perfil ideal, até porque você precisa ter todos eles”, afirma o diretor da MVC, Joaquim Brandão Neto. Ele explica que a variedade de personalidades é justamente uma estratégia para aumentar a afinidade entre clientes e vendedores. “Você vai atender pessoas diferentes e a forma com que elas gostam de serem abordadas pode variar: alguns podem preferir alguém que se comporte como eles, por exemplo”. O diretor da MVC também reforça que ser atencioso e responsável é mais importante do que ser propriamente “falante”.

A análise do psicólogo Sidney Machado, especialista em desenvolvimento humano e comportamento, reforça os perigos e equívocos da idealização profissional: “Esse mito do perfil ideal que orbita o discurso de alguns palestrantes e gestores tem assombrado, limitado e levado inúmeros profissionais ao suicídio da carreira. Não existe o vendedor ideal, nunca existiu e nem vai existir. Mas especialistas em vendas existem!”. Almejar algo real como se tornar um expert é muito mais saudável do que tentar se enquadrar em uma “projeção de expectativa”, explica ele.

A partir daí, o psicólogo considera que nem introvertidos e nem extrovertidos possuem um caminho mais fácil a trilhar, mas sim um terceiro grupo: os “ambiverts”. “Ele seria o que mais vende. São pessoas adaptáveis que podem navegar confortavelmente entre situações solitárias e contextos de sociabilidade. Podem ser consideradas como bilíngues na introversão e extroversão”. Essa personalidade no meio do caminho – que se aproveita das qualidades de ambos os lados – demonstra um equilíbrio muito positivo e que demonstra que todas as personalidades possuem seus prós e contras, independente da área profissional.

As mudanças no mercado também ajudaram as empresas e os profissionais a se afastarem dos estereótipos e terem outras prioridades. Joaquim Neto conta que durante uma época foi comum que o vendedor tivesse um comportamento mais agressivo – “a era do compre, compre, compre”, como diz ele – mas que hoje é preciso técnica e conteúdo para vender bem. “O vendedor precisa compreender o produto que está ali. Um introvertido com propriedade do que diz vende muito mais que um extrovertido que se perde no meio da própria fala”, diz Neto.

Às equipes e gestores, o diretor da MVC aconselha a trabalhar com a diversidade e tirar proveito disso: “Não acho que seja escolha, você precisa ter os dois perfis. Dependendo do cliente você posiciona um ou outro para desenvolver aquele trabalho. A maior vendedora que já trabalhou comigo era muito tímida, mas extremamente atenciosa e amorosa com quem atendia – o que deu resultados espetaculares”.

“Vendedor bom não é o falante sorridente, e o ruim não é o silencioso reservado. Saíamos da caixa e tenhamos pessoas habilidosas para lidar com pessoas e com elas mesmas, pois em 2020 não é qualquer um que está habilitado para continuar nesse mercado”, encerra Sidney Machado.

WhatsApp
Telegram
Facebook
Twitter
LinkedIn
Email

Clique para compartilhar!

Deixe sua opinião!

Vote para PERSONALIDADE DO ANO no mercado de propriedade compartilhada.

Decida quem foi a “Personalidade do Ano” no nosso mercado! O resultado será exibido na página principal no dia 31 de Fevereiro de 2000