- Hiago Miguel e Fábio Mendonça
Quais inovações as comercializadoras propõem para os produtos de multipropriedade e timeshare? Para responder essa questão, o ADIT Share organizou o painel “O novo papel das comercializadoras frente aos novos modelos de produtos e consumidores”, na quinta, 23/09, com participação da sócia da TUDO Consultoria, Adriana Chaud; o sócio da TC Brasil, Antônio Carlos Gomes, o sócio da Verta, Fernando Salomão; e como moderador, o sócio da Maceió Mar Empreendimentos, Milton Vasconcelos.
Organizado pela ADIT Brasil (Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico), o ADIT Share é o principal seminário do mercado de multipropriedade e timeshare da América do Sul, que acontece nos dias 23, 24 e 25 de setembro em formato híbrido, online e presencial.
Antônio Gomes apontou como uma inovação necessária uma maior flexibilização para produtos de timeshare e mesmo de multipropriedade. Ele conta que a TC Brasil estuda com seus parceiros essa possibilidade de fracionar as semanas da multipropriedade. “O que nós estamos enxergando é que cada vez mais esta surgindo a necessidade do cliente fragmentar a utilização, nós sabemos que são produtos de semanas completa. Estamos pensando em modelos para que os clientes não fiquem presos para utilizar a semana, onde conseguem colocar a semana no pool e recebem pontos para que possam gastar em diárias Tem a parte jurídica também, para que possa ser possível e segura para o empreendedor”.
Já Adriana Chaud concorda com o fracionamento de semanas para a multipropriedade, pois o consumidor procura flexibilidade, mas ela também apontou em criar produtos de upgrades para a multipropriedade, além de desenhar produtos com singularidades especifica para o destino.
Para Fernando Salomão, uma inovação dos produtos, seguindo as tendências dos consumidores, seria desenvolver empreendimentos que contemplem o trabalho e lazer ao mesmo tempo. “Hoje não se usa mais “horário de lazer” e “horário de trabalho”, a maioria está cada dia mais envolvida com o trabalho e lazer, não tendo mais uma divisão precisa”, afirmou.
Vendas on-line
O moderador do painel, Milton Vasconcelos, questionou os executivos sobre a inovação das vendas online, muito implementada nas operações durante a pandemia.
“Acredito muito no online, virou um departamento dentro da TUDO. Mas não acredito na substituição da sala de vendas, posso mudar de opinião daqui alguns anos, mas hoje não acredito”, afirmou Adriana Chaud, que explicou que a venda é mais racional e alguns dos motivos para o fechamento no online são: valor da parcela e estágio da obra, além do índice de cancelamento ser perto do zero. “O cliente antes de falar com o consultor já pesquisou sobre a empresa”.
Para Fernando Salomão, a venda online é 100% aparada em conteúdo. “O conteúdo tem muito mais relevância do que a abordagem emocional da sala de vendas. É necessário criatividade e geração de valor para que o cliente entenda o que está comprando”.
O sócio da TC Brasil apontou utilizar a estratégia online para apresentar o produto e tentar vender novamente para as famílias que assistiram a apresentação na sala de vendas e não compraram. “Hoje, em um projeto, em média, a cada 100 famílias que colocamos na sala, 20 conseguimos converter e 80 vão embora. Estamos utilizando o online para retrabalhar esses 80% que já foram para a sala de vendas. É muito investimento para gerar esses leads da sala de vendas para perdê-los O online tem muitas vertentes e é muito mais abrangente, podendo gerar muitas oportunidades”, concluiu Antônio Carlos.
- A Turismo Compartilhado cobre o ADIT Share 2021 a convite da ADIT Brasil.