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Empresário fala sobre estratégias e oportunidades no segmento de entretenimento

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Palestra de Jim Pattison, CEO da Ripley Entertainment, no Sindepat Summit aborda o crescimento da empresa e como empresários brasileiros podem aumentar o números de turistas estrangeiros no país

A marca Ripley’s Believe It or Not! é uma das mais conhecidas dentro do segmento de entretenimento. Fundada em 1918 por Robert Ripley, um empresário e explorador que buscava pessoas com talentos ‘’bizarros’’ para seus espetáculos. Em 1985 foi adquirida pelo empresário canadense Jim Pattison, que expandiu a marca a níveis mundiais, fundando a holding Ripley Entertainment e lançando outras marcas de sucesso.

Para falar um pouco sobre a história desta empresa, o CEO da Ripley Entertainment, Jim Pattison, o filho do fundador da empresa, falou durante o Sindepat Summit, evento organizado pelo Sindepat (Sindicato Integrado de Parques e Atrações Turísticas), que acontece nos dias 21 e 22 de agosto, em Brasília/DF.

A Ripley Entertainment pertence ao Jim Pattison Group, que é a segunda maior empresa do Canadá, atuando em vários segmentos e não apenas entretenimento: meios de comunicação, sinalização, supermercados, pesca, silvicultura, agricultura, equipamentos, manufatura, recreação, marketing e entretenimento.

Atualmente, a parte de entretenimento da empresa, além da franquia do parque temático Ripley’s Believe It or Not!, conta com trabalhos com publicações, aquários, hotéis e eventos. A empresa atua em 10 países, contando com mais de 30 parques temáticos e recebendo 14 milhões de visitantes por ano. Outras marcas de destaques da Ripley Entertainment: a publicação do Guinness World Records, com mais de 132 milhões de cópias vendidas e o hotel Great Wolf Lodge, no Canadá.

Estratégia da Ripley Entertainment

Jim Pattison salientou que, por atuar com muitas atrações em mais de 10 países, devem entender o público, o governo, as leis e impostos locais. ‘’ ‘’Somos conhecidos pela arquitetura. Nós não somos um destino. Colocamos nossos parques em bons destinos e em boas localizações, em que as pessoas passam na porta e se sentam atraídas’’.

O CEO da Ripley Entertainment explicou que a empresa atua para que seus clientes fiquem de 1 a 3 horas dentro dos parques. ‘’Nós vendemos blocos de tempo para as famílias se divertirem’’, disse. ‘’ Se uma família se diverte por uma hora no parque, depois eles querem comer, querem fazer compras. Nossa meta é que os comerciantes locais também se beneficiem com nossa presença’’.

Aliás, o empresário ressaltou que existem vários tipos empresas concorrentes para a Ripley Entertainment, mas a competição é pelo tempo dos consumidores. Entre os principais concorrentes das atrações da Ripley Entertainment, ele listou: a internet, com redes sociais, Youtube, Netflix, etc; esporte; televisão; jogos on-line; e outros parques temáticos. ‘’Precisa estar na ponta da lança e ser competitivo para ganhar o tempo das pessoas’’, ressaltou.

Oportunidades para o Brasil

O empresário mostrou gráficos em que comparava a economia brasileira a outros países. O Brasil é a oitava economia do mundo, tem uma população grande, a moeda está estável, a inflação não muito alta.

Em relação as atrações, Jim Pattison listou as atrações naturais, como praias, rios, cachoeiras, florestas, etc; os parques de diversão e aquáticos, que para ele estão no nível de outros no mundo; e monumentos, atrações históricas e culturais.

Outro destaque do CEO da Ripley Entertainment foi em relação ao ranking do turismo internacional do Brasil. O país está na 49º, recebendo cerca de 6 milhões de visitantes ao ano. Porém, quando se fala de gastos dos turistas no país. O Brasil está na 16º, com U$ 19 bilhões. ‘’O que as todos querem é que as pessoas venham para o país e gastem dinheiro’’.

Segundo Jim Pattison, um dos motivos para que o turismo internacional não cresce mais no Brasil é por conta da percepção da falta de segurança. ‘’Ninguém quer levar sua família para onde eles não se sintam seguros’’.

Ele exemplificou que quando viajou no Rio de Janeiro a percepção antes era de uma cidade violenta, mas depois que visitou as atrações, mudou essa visão, dizendo que se sentiu muito seguro na cidade. ‘’O que vi foram boas gestões nas atrações turísticas’’.

Para o empresário, essa visão pessimista não é real e os empresários brasileiros devem mudar essa percepção de insegurança investindo em boas notícias e postagens em redes sociais. ‘’O turista precisa entender que aqui têm segurança e infraestrutura’’.

Em relação a corrupção, Jim Pattison falou que nenhum empresário estrangeiro quer fazer negócios onde há muita corrupção. ‘’Em todos os países em que temos negócios têm corrupção, mas encontramos bons parceiros”.

Outro ponto abordado é legislação tributária do Brasil, que pode travar certas negociações. ‘’Não entendo nada de impostos no Brasil, mas posso afirmar que é um local complicado de fazer negócios’’, brincou o empresário olhando para um mapa apontando os impostos brasileiros.

Porém, apesar desses pontos negativos, Jim Pattison enfatizou que as oportunidades para novos negócios são enormes no Brasil, pois há atrações naturais, bons produtos e boas gestões e o povo brasileiro é muito amigável.

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