O presidente da ADIT Brasil (Associação para Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil) e sócio da Caio Calfat Real Estate Consulting, Caio Calfat, apresentou os números, projeções e tendências para o mercado de multipropriedade, na palestra “Cenário da Multipropriedade no Brasil”, durante o seminário de propriedade compartilhado realizado pela Interval International no dia 27/10, no Hotel Pullman Vila Olímpia, em São Paulo (SP).
Os números apresentados por Caio Calfat são do estudo “Cenário de Desenvolvimento de Multipropriedades 2022”, realizado pela sua empresa. De acordo com a pesquisa, entre 2021 e 2022, o segmento teve uma taxa de crescimento de 45,5% no VGV Projetado (Valor Geral de Vendas) e 21,8% em novos empreendimentos, atingindo um total de R$ 41,2 bilhões em VGV e 156 multipropriedades.
Um dos motivos apresentados pelo estudo para o impulsionamento de novos projetos no período, 28 novos empreendimentos lançados, contabilizando cerca de R$ 12,9 bilhões em VGV, foi o controle da pandemia, já que muitos projetos tiveram seus lançamentos adiados em 2020 e 2021.
“O estudo foi fechado em abril de 2022. Mal tínhamos saído da pandemia. Esses 156 empreendimentos são considerados apenas os que estão ou já estiveram à venda, aqueles que estão em planeamento não estão nesta conta”, explicou Caio Calfat. O próximo relatório irá fechar em março de 2023, para ser apresentado no ADIT Share 2023, que deverá acontecer em maio, na Costa do Sauípe, na Bahia.
“No próximo relatório teremos uma novidade, iremos retirar do estudo aqueles empreendimentos que já estão prontos faz tempo, pois podem induzir a uma curva de crescimento”, contou o presidente da ADIT Brasil.
Estoque de frações
Outro ponto do estudo apontado Caio Calfat foi o estoque das frações. “No ano passado era uma preocupação, estava em 49%. Até 30% é saudável, mais que 35% passa a ser encalhe. O estoque caiu de 49% para 42%, Esse é um indicativo, vamos ver no ano que vem como irá se comportar”
O presidente da ADIT Brasil destacou a variedade de cidades em que há empreendimentos de multipropriedade, 77 no total, nas cinco regiões do Brasil. Muitas destas não são destinos conhecidos. “A multipropriedade tem a capacidade de criar um destino, coisa que um hotel sofre muito para fazer. Quem compra multipropriedade nestas cidades é quem mora perto. Qual a próxima região a crescer? Vão surgir novos destinos que ainda não conhecemos”, conclui.
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