Áreas temáticas Super Nintendo World e Avengers Campus, unindo tecnologia, interatividade, gamificação e entretenimento e o mundo dos videogames, mostram novas tendências para o setor de parques
O ano de 2021 não será marcado para o segmento de parques turísticos e temáticos apenas como o ano da retomada, mas também o ano em que os videogames invadiram de vez as atrações, com inaugurações indicando tendências futuras, ou já podem ser consideradas do presente, no tipo de diversão que os visitantes de parques desejam: o desenvolvimento de atrações inspiradas em games, em que há tecnologia, interação, gamificação e entretenimento.
Já faz alguns anos que os principais parques temáticos do mundo começaram a desenvolver atrações com gamificações, mas a maioria optou pelo foco em aplicativos com jogos. Dessa vez, os desenvolvedores foram mais longe no processo de gamificação e interatividade, unindo a tecnologia dos aplicativos, a realidade virtual e a criatividade habitual dos parques e dos videogames. Os visitantes, além de se divertirem na atração, agora devem marcar pontos para vencerem o jogo.
Em março deste ano, o parque Universal Studios Japan, em Osaka, inaugurou a área temática Super Nintendo World. Inspirado no famoso videogame, a área temática leva os visitantes para dentro dos jogos. Através de uma pulseira, chamada Power-Up Band, sincronizada com o smartphone, o visitante pode explorar e interagir com os cenários da atração, além de acompanhar a pontuação.
Mas o grande destaque do Super Nintendo World é o “Mario Kart: Koppa´s Chalenge”, inspirado no jogo Mario Kart. A atração tem o objetivo de oferecer a experiência mais semelhante a um videogame já criada dentro de um parque temático.
Utilizando óculos e fones de ouvidos de realidade aumentada em torno do famoso boné vermelho do Mario, que projetam conteúdo virtual do jogo para o mundo real, os visitantes atravessam uma réplica real do castelo do vilão Browser dentro de um carrinho, em uma espécie de montanha-russa.
Os jogadores do Mario Kart também contam com volantes para dirigirem durante a corrida e podem virar quando as setas esquerda e direita são mostradas. E ainda podem apertar botões de gatilho para lançarem cartuchos de Koopa em outros pilotos virtuais ou selecionar alvos dentro do mundo do jogo.
na atração temática do Homem-Aranha,
no Avengers Campus
Outra atração que também evoluiu o sentido de gamificação e interação em parques temáticos foi a “Web Slingers: A Spider-man Adventure”, no recém-inaugurado Avengers Campus, na Disney California Adventure Park, em Anaheim.
Nesta atração, os visitantes têm que ajudar o Homem-Aranha a derrotar as aranhas robôs (Spider-Bots). A atração do Spider-Man também utiliza muita tecnologia. Com óculos 3D, o passeio é dentro de um veículo (o Web Slinger), e graças a uma tecnologia que reconhece movimentos e gestos, os visitantes podem lançar teias durante todo o trajeto, como o Homem-Aranha, para derrotar as Spider-Bots. Dentro do veículo tem um quadro com a pontuação dos jogadores. No trajeto da aventura, os visitantes passam por vários cenários de filmes dos Vingadores.
Além da diversão de atirar teias e matar aranhas-robôs, o entretenimento fica maior, pois o visitante pode adquirir os “Web Tech Power Bands”, acessórios que ficam presos nos braços e imitam as armas dos heróis, em três versões diferentes: o lançador de teia do Homem-Aranha, que realmente dispara uma corda de teia e puxa novamente; e os Raios Repulsores do Homem de Ferro e da Resgate, em que se acende uma luz e emite um som, como se estivesse disparando um raio.
Esses acessórios não são obrigatórios de serem adquiridos, mas uma vez que o visitante compra algum dos Web Tech Power Bands conquista mais poderes para derrotar as Spider-Bots, além de ser um brinquedo que poderá ser levado para casa, como uma recordação para fãs da Marvel e Disney.
Há outros lançamentos de atrações temáticas utilizando tecnologia para oferecer experiências, interação e gamificação chegando. Os desenvolvedores já mostraram que é possível unir os mundos dos videogames e dos parques. O desafio agora é conseguir utilizar esse mesmo formato de desenvolvimento de atrações para parques aquáticos.
