Arquitetos apontam tendências na arquitetura para hotéis

Kardec Borges da UNYT Arquitetura de Resultados; Lara Teixeira, da Wyndham Hotels & Resorts; e Milene Abla, da AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) participaram de painel do Imobtur 22

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Kardec Borges, Milene Abla e Lara Teixeira

Um dos principais players para desenvolvimento de empreendimentos imobiliários e turísticos, a arquitetura, teve o seu painel no Imobtur, “Tendências na arquitetura da hospitalidade”, com participação de Kardec Borges, diretor executivo da UNYT Arquitetura de Resultados; Lara Teixeira, diretora de Design e Construção para América Latina e Caribe da Wyndham Hotels & Resorts; e Milene Abla, presidente da AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura)

Organizado pela ADIT Brasil (Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil), o Imobtur 22 aconteceu no dia 29/11, na Amcham Business Center, em São Paulo (SP).

Milena Abla adiantou que os temas do painel seriam as tendências do pós-pandemia, sustentabilidade e tecnologia.

Para Lara Teixeira, muitas tendências atuais já estavam acontecendo antes da Covid-19 e a pandemia apenas acelerou as mudanças. De acordo com ela, uma das maiores preocupações dos hóspedes é a segurança sanitária e limpeza. “Um ponto que iniciou na pandemia, procuramos desde o primeiro momento que o hóspede se sinta o mais seguro possível. Desde que começamos a trabalhar na definição do projeto e produtos, já formatamos como ele vai se sentir seguro, a partir daí, trazemos soluções”.

Outra mudança verificada pela diretora da Wyndham são os projetos dos ambientes dos hotéis. “Estamos vendo hóspedes com necessidades diferentes, como trazemos soluções para cada cliente?”, questionou. “Por exemplo, integração de espaços. Não procuramos lobbies separados, pensamos como os hóspedes vão utilizar nossas áreas. Hoje, o cliente entra no hotel a lazer ou trabalho”.

Segundo Lara, hoje, não se pode pensar em um hotel que se adeque a apenas um tipo de público. “Nós procuramos mostrar que os espaços devem ser flexíveis. Não preciso construir vários espaços que vão estar desabitados durante a maior parte do dia”.

A experiência do hóspede, segundo a diretora da Wyndham, também deve ser pensado pela arquitetura. “Começa no momento que tenho o master plan para analisar. Vamos começar a trabalhar na experiência desde o planejamento”, falou ela.

Para os apartamentos, Lara apontou a iluminação e ambientação como tendências. “Os arquitetos da Wyndham são recomendados a trabalhar com equipamentos locais. A gente procura que os hotéis contem uma história da cidade”.

De acordo com ela, “a sustentabilidade precisa ser pensada no master plan, pois fica mais simples de implantar a reutilização de água e utilização energia solar”.

Propósito na arquitetura

Segundo Kardec Borges, a grande tendência da arquitetura do pós-pandemia veio da redescoberta do Brasil pelo brasileiro. “A gente entendeu que esses projetos precisavam de propósito. A gente aprendeu o roteiro, o processo de planejamento através de um roteiro. Como o meu hóspede chega, como vai se relacionar com os espaços da área comum. É um processo que criamos: desenvolvemos com a equipe e levamos para o projeto”.

O sócio da Unyt apontou que deve-se dar uma nova utilização para os espaços do hotel que são pouco utilizados, como bares e lobbys. “O que antes nós tínhamos um espaço que ninguém usava e cheia de moveis. Um hotel fechado para a cidade. Um bar que ninguém ia. O grande ganho que começamos dessa mudança de comportamento. Começamos a falar exatamente com o lugar, o hotel que não tem um propósito não consegue proporcionar uma experiência e valor ao cliente”.

Adaptação e mudanças nos projetos

Para Kardec, um hotel que conte uma história e tenha um propósito mantem a arquitetura sempre atual. “A boa arquitetura não vence. Sabemos que arquitetura reflete a época, mas a boa arquitetura está sempre atualizada”, afirmou. “Fico feliz que a arquitetura brasileira começa a mudar, sair da massificação. A gente repetia fórmulas e padronizava serviços. Quem manda no projeto é o terreno e depois a história”.

Lara apontou que uma arquitetura bem-feita tem impacto na operação do hotel e no ciclo de vida do hotel. “Para garantir uma experiência positiva do hotel na parte do front, precisa-se de uma parte do back bem dimensionada, para termos fluxo de entrada de colaboradores e mercadorias, a saída de lixo”.

No fim, Lara salientou que a arquitetura ajuda na longevidade do hotel, com a definição de matérias, produtos adequados, tecnologias. “Precisamos mais tempo em projetos para tomarmos menos tempo em obras”, concluiu.

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