Principal seminário de multipropriedade e timeshare, o ADIT Share 2024, organizado pela ADIT Brasil (Associação para Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil), teve início de sua programação de palestras e painéis na manhã de hoje, 22/05, mostrando o potencial do mercado de multipropriedade, através da pesquisa Cenário de Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil 2024.
De acordo com a pesquisa, elaborado pela Caio Calfat Real Estate Consulting, o mercado atingiu um total de R$ 79,5 bilhões em VGV (Valor Geral de Vendas), um crescimento de 33% em relação a 2023, com 200 empreendimentos lançados.
Com mais de 500 participantes, o ADIT Share acontece no Tauá Resort Atibaia, em Atibaia (SP), nos dias 21, 22, 23 e 24 de maio, com o primeiro dia dedicado a um curso sobre multipropriedade e timeshare, dois dias de palestras e painéis e finalizando com visita técnica no último dia.
Para Fabiana Leite, Diretora de Desenvolvimento de Negócios para América do Sul da RCI e coordenadora da Comissão de Propriedade Compartilhada da ADIT, o seminário é o melhor local para realizar networking. “Temos os principais players do mercado, seja desenvolvedor, hoteleiro, investidor, etc”, afirmou ela. “A indústria de propriedade compartilhada no país, seja no modelo de multipropriedade ou timeshare, continua crescendo, cerca de 15% ao ano. Diferentemente de outros mercados no mundo, como México e Caribe, onde a maioria dos clientes dos produtos são estrangeiros, no Brasil, quem compra são os brasileiros. “98% dos clientes de propriedade compartilhada no Brasil são brasileiros”.
Estudo do mercado de multipropriedade
“Quando falamos em 200 empreendimentos, devem estar no mínimo com salas de vendas abertas, pois há muitos projetos que estão em processo de aprovação. Fizemos um conta aproximada que esse número total de 200 seria 3 vezes maior, se contássemos os projetos que estão no pipeline de desenvolvimento de produtos”, salientou Caio Calfat.
Além dos dados de crescimento do mercado, , observou-se também que o modelo de negócio de multipropriedade chegou a oito novas cidades: Atibaia (SP), Barra de São Miguel e Maragogi (AL), Conde (PB), Itá (SC), Porto Belo (SC), São Francisco de Paula (RS) e Tijucas (SC).
“Hoje o mercado está em uma fase refinamento de produtos, com os projetos mais bem pensados e planejados Os empresários sabem o que dá certo e errado”, analisou Fernanda Nogueira, Diretora de Projetos da Caio Calfat Real Estate Consulting.
Já o crescimento apurado no número de empreendimentos aumentou pouco mais que 11%, passando de 180 empreendimento em 2023 para 200 empreendimentos em 2024. Já o mercado corrente, que corresponde a empreendimentos que estão à venda, em obra ou lançamento, registrou 116 projetos.
“Em relação ao amadurecimento do setor, pode-se perceber o crescimento da qualidade dos empreendimentos, daqui pra frente teremos estoques menores, com projetos com menores eficiências de vendas, isso mostra que o mercado começa a entrar em uma fase madura”, previu Caio Calfat.
Atualmente, a região Sul lidera com mais projetos, 63, seguido pelo Nordeste com 60, o Sudeste conta com 45, o Centro-Oeste com 26, e a região Norte com 6 empreendimentos de multipropriedade.
O valor médio da semana aponta um crescimento geral de 14,4% para a edição 2024, índice este que está diretamente ligado ao aumento do VGV. Observa-se que o mercado tem buscado novos nichos de clientes, do que era observado até então. Embora a maioria dos projetos ainda esteja no segmento de valor médio da semana até R$45.000 (média 2024 – R$39.006), nota-se o aumento do número de empreendimentos que trabalham com uma faixa de renda maior, como por exemplo, os que trabalham com semanas vendidas com valores superiores a R$80.000.
Da mesma forma, o número total de frações apresentou crescimento de aproximadamente 19%, atingindo um volume de mais de 1 milhão de frações disponíveis ao mercado, dado que impacta diretamente no volume de frações em estoque. Dessa forma, a atual edição aponta um pequeno aumento das frações em estoque, representando um total de 44%, o que era esperado perante o crescimento do número de frações.
Em relação à comercialização, a curvatura de vendas está em um patamar equilibrada de próxima dos patamares observados nos anos anteriores, indicando que o modelo de captação e vendas também tem se profissionalizado e qualificado.
O relatório completo pode ser conferido no site www.caiocalfat.com/cdmb
