Executivos defendem uma maior troca de conhecimentos e experiências entre empresas e entidades dos países
- Fábio Mendonça
Para falar como que a pandemia impactou os mercados de propriedades de férias na América Latina e como está a recuperação, o ADIT Share 2020 trouxe para abrir o segundo dia de evento alguns dos principias líderes e presidentes de entidades latino-americanas de turismo compartilhado para falarem no painel ‘’Painel América Latina – Desafios e lições aprendidas na região’’, com participação de Juan Ignácio Rodrigues, presidente da AMDTUR do México e CEO para a América Latina da RCI; Ramiro Alem, CEO da inveTUR, da Argentina; Andrés Rey, gerente comercial do Grupo Solanas, do Uruguai; Juan Luiz Londono Osório, presidente da Associón Colombiana de Tiempo Compartido (ASTIEMPO); Caio Calfat, presidente da ADIT Brasil, como moderador.
Organizado pela ADIT Brasil, o ADIT Share 2020, é o principal seminário para negócio em multipropriedade e timeshare, e que acontece de forma híbrida (presencial e on-line), nos dias nos dias 26, 27, e 28 de novembro no Wish Serrano, em Gramado/RS.
Caio Calfat abriu o painel explicando o atual momento da pandemia, em que todos países da América Latina sentiram a crise, e a importância de compartilhar experiências para contribuir com a recuperação e crescimento de todos países.
Andrés Rey, do Grupo Solanas, explicou que a rede hoteleira, que trabalha com tempo compartilhado, sempre trabalhou com salas de vendas, mas com a pandemia os empreendimentos hoteleiros e salas tiveram que ter suas atividades suspensas. ‘’Estávamos em um momento bom de vendas, mas já estávamos percebendo algumas dificuldades nas salsa de vendas, já estamos desenvolvendo plataformas on-line’’.
‘’A nossa adaptação foi rápida, fizemos tudo em 15 dias e voltamos a vender a partir de abril. Vemos que é uma excelente ferramenta de vendas, chegamos em pessoas e cidades que não chegávamos’’, contou Andrés Rey. ‘’Então, a gente conseguiu ter uma boa contenção da pandemia, em julho abrimos os empreendimentos do Grupo Solanos e voltamos a trabalhar normalmente’’.
Juan Osório, da ASTIEMPO, da Colômbia, explicou que a entidade trabalha há mais de 20 anos para desenvolver o tempo compartilhado no país. ‘’Foi difícil e todos aprendemos muitos, tivemos uma quarentena longa, de março até setembro, tivemos que fechar os resorts. De outro ponto de vista, todos aprendemos a trabalhar de forma virtual, desenvolver processos e participar de eventos. O digital vai permanecer como um canal adicional’’.
Já Ramiro Alem, da InveTUR, ressaltou a oportunidade entre os empresários dos países da América Latina de aprenderem e replicarem os conhecimentos e experiências uns dos outros. ‘’O Turismo tem um papel importante na economia dos países, se nos integrarmos podemos crescer esses números. E aí é a relevância do tempo compartilhado, mas temos que trabalhar para replicar o sucesso daqueles que têm sucesso na América Latina’’.
Ramiro explicou que a InveTUR conecta empresários e investidores. ‘’Perguntamos aos investidores: qual eram suas expectativas para investir em turismo nos próximos anos? 8 de 10 responderam bom e ótimo’’.
De acordo com Juan Ignácio, da AMDTUR e RCI América Latina, no México os empreendimentos com tempo compartilhado foram os primeiros a voltarem a ter boas ocupações com as reaberturas, ‘’pois já tinham clientes que gostavam dos hotéis’’.
Em relação ao modelo de comercialização e utilização do tempo compartilhado, Juan Ignácio ressaltou a necessidade de investimento em novas plataformas tecnológicas. ‘’Temos uma tecnologia antiga e há compradores novos. Nossos produtos no futuro terão que ter um componente flexível. Apesar de todos problemas, o gráfico do turismo é crescente. A tendência é que continue crescendo’’, concluiu.
Acompanhe a cobertura fotográfica do ADIT Share em nosso Instagram.