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ADIT Share 2020 aponta tendências para o Turismo Compartilhado

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Felipe Cavalcante, Francisco Neto e Carolina Haro

Para painelistas, o sucesso do atual modelo de vendas impede que empresas desenvolvam novos produtos e inovações

Qual o impacto deste momento de covid-19 para a multipropriedade e timeshare, para o futuro e nos dias atuais? O que os novos hábitos de consumo e protocolos de segurança trarão para o mercado? O painel ‘’O Turismo Compartilhado do futuro. Quais insights o big data e as novas gerações podem oferecer à indústria hoje?’’ debateu essas e outras questões, com participação do fundador da Matx Academy e presidente de honra da ADIT Brasil, Felipe Cavalcante, como moderador; o CEO da Aviva, Francisco Costa Neto; e a sócia da Mapie, Carolina Haro.

Organizado pela ADIT Brasil, o ADIT Share 2020, é o principal seminário para negócio em multipropriedade e timeshare, e que acontece de forma híbrida (presencial e on-line), nos dias nos dias 26, 27, e 28 de novembro no Wish Serrano, em Gramado/RS.

De acordo com Carolina Haro, quase nenhuma tendência foi criada agora, apenas os protocolos de segurança e saúde. ‘’Essa é a única mudança de comportamento diferente. Todos os restos eram coisas que já estavam acontecendo, mas foram aceleradas’’, ressalta. ‘’Principalmente a parte do trabalho, percebemos que tem um ser humano nas empresas. Hoje se fala de saúde mental e medo no trabalho, a busca pelo bem estar’’.

A sócia da Mapie explicou que esse tendência impacta no turismo e no desenho dos  negócios. ‘’Vamos diminuir os números de viagens corporativas. Temos viagens multipropósitos,: para visitar clientes, fazer negócios e lazer também. Nós passamos a ter um nosso mix de férias que não podemos definir o perfil dos clientes – tem a mãe de férias, o filho em aula virtual, e o pai trabalhando, tudo isso em um resort’’.

Francisco Neto revelou que a Aviva já estava desenhando um novo produto de timeshare antes da covid-19. ‘’Acreditamos que essa indústria iria morrer. Então criamos um grupo de trabalho para desenhar um novo produto. Mas veio a covid-19 e não lançamos’’.

O CEO da Aviva explicou que é difícil inovar, pois há o produto atual, que é um sucesso, mas as empresas devem pensar que este mesmo produto irá ficar velho no futuro. ‘’É difícil destruir o seu próprio produto, mas é necessário”.

Para ele, em um primeiro momento parecia que a covid-19 ira acelerar as inovações no segmento.  ‘’O que sinto que as salas de vendas estão vendendo, até mais que antes, então nada irá mudar, o que é ruim, pois iremos ficar na zona de conforto por mais tempo’’.

De acordo com Carol Haro, nas pesquisas em que ela realiza com clientes da multipropriedade e timeshare, observa-se que o comprador busca segurança para a família. ’’Então é natural, adaptando os argumentos de venda, que nesta época se venda mais’’.

Porém, ela ressaltou que deve buscar novos produtos e inovar, pois, o perfil dos viajantes em geral e dos clientes que passaram pela sala de vendas e não compram é que não querem ficar amarrados a um programa de pontos ou semanas. ‘’Há o reconhecimento das empresas na necessidade de ter mudanças e inovação, mas colocar em pratica é difícil’’.

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