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ADIT Invest 2018: O que incorporadores precisam para negociar com mercado financeiro é debatido em painel

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Os primeiros passos, o que empreendedores precisam saber antes de procurar o mercado financeiro foi o tema do painel ‘’Como levantar recursos para empreendimentos imobiliários?’’, durante o ADIT Invest 2018, evento organizado pela ADIT Brasil, que ocorre nos dias 23 e 24 de agosto, em São Paulo, com participação de Jair Lemes, da Brava Capital; Eduardo Malheiros, da Habitat Capital; Renato Renart, da BBRK Capital; Guilherme Antunes, da RBR Asset; e moderação de Carlos Ferrari, da N,F&A Advogados.
De acordo com Jair Lemes, da Brava Capital, os incorporadores se confundem sobre o que faz o mercado de capitais e bancos. Ele recomendou que para empreendedores procurarem o mercado financeiro, antes devem ter um bom advogado assessorando-os.
O diretor da Brava Capital listou alguns veículos usados para atração de investimentos, para emprestar ou ter um sócio. ‘’O primeiro é usar o seu capital’’, brincou Jair Lemes. ‘’Com um sócio, se divide o risco e também o resultado. O empreendedor deve avaliar as modalidades’’.
De acordo com executivo da Brava Capital, há a participação acionária – o condomínio; a SPE (Sociedade de Propósito Específico); Sociedade de Capital Fechado; Sociedade de Capital Aberto; Fundo de Investimento Imobiliário; Fundo de Investimento em Participações; Securitização de Recebíveis.
Jair Lemes também sugeriu maneiras de facilitar para que o projeto seja aprovado pelo mercado financeiro. ‘’Foco no investidor, respeitar as normas legais e reguladores (ter todas licenças já aprovadas), apresentação para investidor clara e transparente, avaliação por empresas e bom estudo de viabilidade, diligência, transparência nos problemas, quem são os sócios do empreendimento, estágios das vendas.
Guilherme Antunes explicou que, normalmente, quando o incorporador procura o mercado financeiro o projeto está ainda no início, quando há mais riscos. ‘’A percepção de riscos do empreendedor e investidor é diferente, mas há maneiras de reduzir riscos de performance’’.
De acordo com Renato Renart, a empresa BBRK Capital, trabalha de maneira diferente, não como investidor, mas como uma assessoria, para que o incorporador encontre o parceiro correto para seu projeto no mercado financeiro. ‘Nosso trabalho é buscar qual a demanda de capital dos incorporadores’’.
Multipropriedade
Eduardo Malheiros, da Habitat Capital, explicou como funciona o financiamento para o projetos de multipropriedade. Segundo ele, a Habitat trabalha com esse setor com a modalidade de securitização.
De acordo com o executivo da Habitat, por conta de o mercado financeiro não ter muita confiança em projetos de multipropriedade, as taxas para o setor são mais altas do que para projetos de incorporação padrão. ‘’Seria em torno de 1% mais a inflação ao mês. Está casada com a carteira e parcela que o incorporador cobra dos clientes’’.
Eduardo Malheiros explicou como a empresa resolveu investir no mercado de multipropriedade. ‘’A gente identificou o setor como uma coisa nova e muito promissora, era uma novidade no brasil e crescendo bastante, mas com poucas oportunidades de crédito, pois o mercado não entendia’’.
Segundo o executivo, a Habitat começou a identificar alguns bons incorporadores do setor, enxergando garantias. ‘’Gastamos muito tempo para realizar o primeiro, e agora a gente se sente pronto para outros bons projetos’’.
 
 

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