Com 20 anos de fundação, o Grupo Lagoa Quente se destaca no mercado de turismo e hotelaria de Caldas Novas (GO) e Brasil, com hotéis, parque aquático e multipropriedade. Nos últimos anos, o Grupo passou por mudanças na gestão, com novo rebranding, planejamento e chegada de novos diretores, como Thiago Hernane, como COO.
Nesta entrevista, Thiago Hernane, que também ocupa o cargo de secretário de Turismo de Caldas Novas, conta os desafios à frente do Grupo Lagoa, com a recuperação dos impactos da pandemia a novos planos, as expectativas para a Secretaria de Turismo, e um pouco de sua trajetória profissional.
Qual a sua trajetória profissional?
Falo sempre com orgulho do caminho percorrido e jamais pelo fato de considerar uma carreira de sucesso, ou que seja referência, mas considerando minha origem, família simples, oriunda da zona rural, para mim, é extremamente gratificante estar no momento de vida atual. Tendo vendido picolé nas ruas, realizado limpeza de salão de jogos, trabalhos não remunerados apenas pela oportunidade de aprender, mas também passado por instituições relevantes, multinacionais.
Mesmo com toda dificuldade devido a origem, outro grande sonho realizado foi ter tido a oportunidade de realizar imersão no Vale do Silício, nos EUA, e especialização em Liderança na Universidade de OHIO, também nos EUA, estudar fora do país sempre foi um objetivo e para mim, sem dúvidas, são motivos de orgulho pessoal.
Você assumiu a diretoria da Lagoa em um momento difícil do Turismo, no pós-pandemia. Quais foram os desafios e como que o Grupo Lagoa se recuperou deste período?
A pandemia sem dúvidas foi um dos momentos mais conturbados no último século, principalmente se tratando do setor turístico, a maioria das empresas do segmento chegou a faturar R$0,00 ou próximo disso. O impacto é incalculável, foi necessário muito mais que habilidade de ser resiliente. Em especial no Grupo Lagoa, foi um momento de reestruturação organizacional, onde podemos afirmar que dentro das possibilidades possíveis, tivemos êxito, estamos em uma retomada econômica forte e com anseio de novos voos.
Estamos nos reinventando dia após dia, superando expectativas acima da média do mercado, em constante aprimoramento com foco em oferecer momentos memoráveis a aqueles que nos confiam seus dias em família.
Antes do Grupo Lagoa, você passou pelo segmento bancário e depois construção civil. O que muda na gestão por estar agora à frente de um grupo de hotelaria, lazer e entretenimento?
Sempre menciono que Gestão se assemelha na maioria dos negócios, o fator de mudança é o produto final. Cito sempre, como exemplo, Sergio Rial, que teve carreira em instituições financeiras, passou por empresas do segmento agro, alimentos, varejo, entre outras.
Com base nisso, busquei me especializar em áreas distintas como, finanças corporativas, gestão comercial, liderança organizacional, marketing estratégico, inovação, etc. Enxerguei que pudesse ser uma forma de me preparar para uma melhor Governança Corporativa.
Esse ano o Grupo Lagoa completa 20 anos, quais os planos da empresa com novos lançamentos e inaugurações?
Os últimos dois anos têm sido momentos de boas mudanças no Grupo, passamos pela criação do conceitão, estruturação de rebranding e masterplan.
Ações que visam nos preparar para projetos de expansão nos próximos anos. A intenção é o crescimento sólido e cauteloso diante de tantos desafios enfrentados no setor e na economia global.
O Grupo Lagoa possui dois empreendimentos hoteleiros no modelo de multipropriedade, qual a importância deste modelo para o crescimento da empresa?
Sem dúvidas, a multipropriedade é o carro-chefe quando se fala em faturamento no Grupo, acredito que multipropriedade e/ou timeshare se tornaram a nova estrela, assim como na maioria das empresas do ramo. A estratégia é oferecermos boas experiências aos nossos usuários de modo que percebam valor, confiança e queiram se tornar investidores dos nossos equipamentos imobiliários, que, por sinal, têm uma das melhores avaliações possíveis quando comparado a outros do segmento.
Recentemente, você assumiu recentemente a Secretaria de Turismo de Caldas Novas, quais os desafios desta pasta no município? Quais os planos para crescer o número de visitantes na cidade?
Primeiro um privilégio, além de ser um grande desafio estar à frente da pasta que representa a principal atividade econômica da cidade, cidade essa que é uma das mais importantes do Brasil no setor turístico. Caldas Novas é conhecida pelas águas termais, mas o desafio hoje é disseminar em todo território nacional que a cidade oferece muito mais do que água quente. Com isso, criamos uma campanha na secretaria que é “Caldas Novas além das águas quentes”, em que onde estivermos como município, falaremos de todo o complexo turístico local. Entendemos que piscina tem se tornado “commodities”, é preciso oferecer muito mais para fidelizar e buscar recomendações.
Além disso, Caldas Novas vive esse ano um marco em sua história, comemora-se os 300 anos das descobertas das águas quentes, fato que teve início justamente no Grupo Lagoa.
Um dos pilares da gestão junto à pasta será buscar tecnologia que sejam percebidas pelos usuários, sabe-se que gestão pública diverge muito do privado, no entanto, dentro das condições possíveis, buscaremos com empenho recursos que contribuam com uma melhor experiência com os atrativos turísticos locais. Assim como tecnologia, outro pilar é segurança pública, Caldas Novas já é uma cidade segura, mas queremos torná-la conhecida como a cidade turística mais segura do país, de forma que haja monitoramento nas principais ruas e avenidas, integrado com forças policiais, Detran e judiciário, através de recursos existentes, identificando veículos roubados e foragidos da justiça. Essas são uma das nossas principais ações, buscaremos ainda relacionamento com classe política de modo que identifiquem a importância do setor turístico e de Caldas Novas para o cenário regional e nacional. Há muito a ser feito, o objetivo é deixar um legado.
Complexo Lagoa Quente