Pesquisa da Caio Calfat divulgada durante seminário também mostra que há 92 empreendimentos neste modelo de negócio, em operação, comercialização ou em lançamento no país
Desde o início dessa década, o mercado de multipropriedade está aquecido e o futuro prometo muito mais com a entrada em vigor da Lei de Multipropriedade, Lei 13.777/18, desde o final do ano passado. Para mostrar esse crescimento do mercado, a Caio Calfat Real Estate Consulting divulgou o estudo ‘’ Cenário do Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil’’ durante o ADIT Share 2019, seminário para o mercado de timeshare e multipropriedade organizado pela ADIT Brasil, que acontece nos dias 06, 07 e 08 de junho, em Foz do Iguaçu/PR.
O estudo revelou que o VGV (Valor Geral de Vendas) projetado para 2019 é de R$ 22,3 bilhões, em 2018 foi de R$ 16,3 bilhões. O número de empreendimentos de multipropriedade em operação, comercialização ou desenvolvimento está em 92, enquanto no ano passado era 80. São 46 empreendimentos prontos, 34 em construção e 12 em fase de lançamento.
Outro dado interessante da pesquisa foi o total de frações – com 432 mil cotas imobiliárias para serem comercializadas, em 2018 tínhamos 336 mil produtos de multipropriedade. ‘’O importante ver que algo que temos algo em torno de R$ 11,5 bilhões em estoque. O que é um valor considerável’’, disse o diretor da Caio Calfat, Alexandre Mota. ‘’De 2018 para 2019 tivemos produtos de alto padrão entrando no mercado de multipropriedade, o que aumenta o valor do ticket médio’’.
A Região Nordeste foi a que teve um maior crescimento, assumindo a liderança nacional em projetos de multipropriedade, com oito lançamentos entre 2018 e 2019, com um total de 25 empreendimentos de multipropriedade. O Sudeste também apresentou um aumento, atualmente com 21 projetos nesse modelo de negócios. O Centro-Oeste conta com 23, o Sul com 18 e a Região Norte com 5 empreendimentos.
‘’O mercado busca novos destinos. Nasceu com Caldas Novas e Olímpia, mas expandiu. A conversa entre mercado turístico e mercado imobiliário tem que ser séria, para que possamos colocar produtos responsáveis, que contribuam para o destino’’, salientou Alexandre Mota.
O consultor de negócios também explicou que as curvas de vendas estão mais lentas, até mesmo por conta dos destinos regionais. ‘’O tipo de venda da multipropriedade precisa de um fluxo grande de visitantes e esses destinos possuem menos. Porém, os gastos com marketing e vendas estão mais baixos, além do pouco uso de internet e aplicativos pelas empresas para informar seus clientes’’
Manual de Boas Práticas
O sócio-diretor da Caio Calfat fez um alerta para empresário. ‘’É um mercado muito atraente, mas o investimento inicial é muito grande. Com a aprovação da Lei de Multipropriedade no ano passado, o mercado se tornou mais sólido, com uma segurança jurídica maior, apesar dos vetos do presidente Michel Temer’’.
Caio Calfat enfatizou o lançamento do Manual de Boas Práticas para este segmento, no dia 27/08, durante a Convenção do Secovi/SP. ‘’Nós como consultores, temos realizado muitos estudos em diversos locais distantes no Brasil. Temos que saber se o destino comporta esse empreendimento e o número de visitantes, por isso o manual é importante, mas não para regular’’.
Veja a pesquisa da Caio Calfat:
- A Revista Turismo Compartilhado cobre o ADIT Share a convite da ADIT Brasil