Crescimento, oportunidades, evoluções tecnológicas, inovações e segurança foram temas de palestras do Industry Showcase & Tabletop Networking
Parques temáticos adquiriram uma importância sem precedentes para o segmento do turismo e, consequentemente, para a economia nacional. Na realidade, em comparação a outros países, o setor de parques do Brasil ainda é muito tímido, mas há infinitas possibilidades. E quais seriam os benefícios para a economia e população de investimentos em parques temáticos?
De acordo com o vice-presidente da IAAPA, maior entidade global de parques temáticos, Dennis Speigel, parques desenvolvem o turismo das regiões e geram emprego em um curto período; melhoram as ocupações dos hotéis; ajudam a desenvolver o comércio local; ajudam a desenvolver a infraestrutura da comunidade; e há um crescimento em impostos.
Para fortalecer esse segmento e criar novas oportunidades de negócios, o SINDEPAT (Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas) realizou o evento Industry Showcase & Tabletop Networking, nos dias 06 e 07 de agosto, no parque Wet ‘n Wild, em São Paulo.
Com a participação de algumas das principais empresas e players do segmento do Brasil e exterior para mostrar quais inovações vêm fazendo, em palestras e também nos estandes, em que as empresas mostram seus produtos. Os assuntos debatidos foram a Indústria Global de Parques Temáticos, Questões de Segurança para Parques, Evolução e Inovação de Equipamentos para Parques e Atrações.
Industria Global de Parques
O vice-presidente da IAAPA, Dennis Speigel, palestrou sobre a Indústria Global de Parques Temáticos no primeiro dia do evento. Ele mostrou como o mercado sul-americano de parques ainda há muito o que crescer. De acordo com ele, há 550 parques em funcionamento em 11 países, 85 milhões de visitantes em 2017, 100 mil empregos gerados.
Em comparação aos outros mercados de parques, a América do Sul e, particularmente, o Brasil, ainda está engatinhando. Speigel mostrou alguns dados do mercado asiático. De acordo com ele, a Ásia é o mercado mais quente atualmente, principalmente o chinês, que está em franca ascensão, com vários gigantescos grupos operando atualmente e muitos lançamentos de parques para os próximos anos.
O mercado americano continua crescendo com novos investimentos em atrações nos atuais parques. Já o segmento de parques na Europa, apesar de menos investimentos e menos lançamentos futuros, conta com ótimos números de visitantes e receitas.
Segurança em parques temáticos
Ainda no primeiro dia, para falar sobre mecanismos, métodos e equipamentos de segurança, o SINDEPAT convidou Juan Richards, da empresa americana Jeff Ellis & Associates, e o presidente da Adibra (Associação de Parques de Diversões do Brasil), Francisco Donatiello.
Juan Richards explicou com sobre estratégias para gerenciamento de risco, gestão de segurança e treinamento das equipes, que serão responsáveis pela segurança nos parques.
O outro convidado, Francisco Donatello, contou com foi criado a coletânea Normas Técnicas para Parques de Diversão, que são os processos de normatização para equipamentos e funcionamento de parques temáticos no Brasil.
Atualmente, a Adibra desenvolve uma revisão dessas normas e luta para que todos os parques, estados e municípios adotem essas normas, além da batalha para que haja uma unificação das legislações estaduais e municipais sobre funcionamento de parques temáticos.
Inovação e evolução de equipamentos para parques e atrações
O segundo dia começou com o gerente de vendas da Intamin, Franz Zurcher, mostrou os investimentos que a empresa suíça teve em tecnologia para ter atrações mais rápidas, mais seguras e com menos impactos quando param. Ele explicou que a empresa utiliza materiais mais leves, como o alumínio, para aumentar a velocidade, e desenvolve freios magnéticos, que são os ideais para atrações de alta velocidade e quedas livres.
Entre os vários exemplos que Zucher falou, o que mais emocionou os participantes do evento foi a montanha russa mais rápida do mundo – Formula Rossa, no parque Ferrari World, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, que imita um carro de corrida, podendo chegar até a velocidade de 240 km/h.
Atrações cada vez mais rápidas
A vice-presidente de negócios da White Water West, Franceen Gonzales, contou sobre as evoluções, principalmente tecnológicas, em parques aquáticos. De acordo com ela, as primeiras atrações infantis foram toboáguas de animais, como baleia ou sapo. Hoje, os parques já desenvolvem atrações infantis com vários toboáguas juntos, alguns grandes e pequenos, baldes gigantes que derramam água e outras atrações anexas, formando um complexo de toboáguas.
Segundo Franceen, cada vez mais as atrações ficam mais altas, velozes e radicais, como simulador de surf, Side Wind (que imita as pistas de skates), Tornados.
A executiva trouxe algumas novidades da empresa, como o Slide Boarding Video Game, em a pessoa ao descer no toboágua deve apertar os botões para as luzes internas ascenderem; a tecnologia Silktek, em que deixam os toboáguas transparentes, por dentro e fora, e as pessoas podem ver a trajetória de quem está descendo no toboágua; outro equipamento foi o Smart Start, em que não precisa de alguém para empurrar as boias para começar a aventura no toboágua, o equipamento possui um mecanismo que aciona automaticamente quando o cliente estiver na posição correta.
Outro ponto que a vice presidente da White Water trouxe foi a necessidade dos empreendedores levarem em conta a segurança ao desenvolverem atrações. Ela disse que empresa conta com um time de engenheiros para desenvolver e testar as atrações. Segundo ela, muitas empresas desenvolvem suas próprias atrações, apenas copiando de outros parques, sem ter os devidos cuidados de engenharia, técnicos e de segurança, levando os clientes a correrem riscos.