Especialistas lembraram que empreendimentos precisam atender desejos do público e conviver com a comunidade local
- Por Marina Barbosa
Construir um empreendimento turístico pensando no que as pessoas esperam daquele lugar é um dos segredos para que a multipropriedade dê certo. Pelo menos é isso que acreditam os palestrantes Guilherme Takeda, da Takeda Design de Interiores, e Franklin Mira, Téssera Hospitality, no ADIT Share 2018, evento organizado pela ADIT Brasil, realizado entre os dias 18 e 19 de junho no Enotel Porto de Galinhas, em Pernambuco.
“Nossos empreendimentos têm que ser centrados nas pessoas. Fazer um produto para os seus consumidores é mais eficiente que ficar buscando consumidores para os seus produtos. Afinal, não adianta lançar qualquer produto, o importante é lançar o produto certo para o seu cliente”, afirmou o paisagista Guilherme Takeda, que ministrou o painel “Placemaking em complexos turísticos-imobiliários” no ADIT Share2018.
À frente da Téssera Hospitality, empresa voltada para desenvolvimento e gestão de destinos turísticos imobiliários e hotéis, Franklin Mira reforçou que, para o sucesso dos negócios, as pessoas precisam sentir que pertencem aos empreendimentos voltados à propriedade fracionada.
“Não há como desenvolver resorts sem esperar que as pessoas queiram de fato estar lá. Placemaking quer dizer isso, criar um lugar desejado, que atrai as pessoas”, disse Franklin Mira, lembrando que um resort não precisa se limitar a um público específico. “Você pode criar vários produtos e, assim, buscar a satisfação de todos os públicos”, afirmou.
No painel “Aplicando conceitos de comunidade planejadas em resorts”, Franklin Mira frisou que, além de pensar no seu cliente, é preciso levar em conta a comunidade que rodeia o seu empreendimento. Para ele, ao construir um novo negócio, é preciso considerar o aspecto hoteleiro e turístico, o imobiliário e também o pessoal da comunidade que, querendo ou não, vai conviver com aquele empreendimento.
“Nosso desafio é juntar tudo isso. A exploração hoteleira é integrada. Um hotel de qualidade consegue posicionar bem o destino, criando um atrativo para as pessoas e gerando valor para o imobiliário. Mas isso também precisa estar integrado à comunidade. O resort precisa funcionar de forma harmônica com a comunidade”, destacou.
Curso para planejamento de projetos fracionados
A fim de conjugar essas e outras visões de sucesso no planejamento das próximas propriedades fracionadas do País, Guilherme Takeda vai até promover um curso de cocriação no fim do ano. O treinamento deve acontecer em setembro em parceria com a ADIT Brasil e foi anunciado durante o ADIT Share 2018. “Vamos ver como fazer um trabalho cooperativo e colaborativo de projetos, que é a melhor forma de errar menos e ter trabalhos diferenciados”, explicou o paisagista.
- A Revista Turismo Compartilhado cobriu o ADIT Share 2018 a convite da ADIT Brasil
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