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Mulheres no mundo dos negócios – executiva, líder, negociadora… esposa e mãe

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Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, a Revista Turismo Compartilhado traz o perfil da diretora-geral da RCI Brasil, Maria Carolina Pinheiro, um exemplo de mulher bem-sucedida na vida profissional e pessoal


A frente no Brasil da maior intercambiadora de férias do Mundo, a RCI Brasil, Maria Carolina Pinheiro é uma das principais lideranças do mercado de propriedade compartilhada e turismo, e  também é esposa e mãe, conseguindo gerir muito bem a vida profissional x vida pessoal. Ela ocupa a mais alta posição na RCI Brasil, o cargo de diretora-geral, empresa que detém mais de 90% do Market Share da indústria de timeshare e multipropriedade no país, e convive com uma rotina de pressão, reuniões, viagens, negociações – mas sem se descuidar da família.
Por sua carreira profissional de sucesso, ela é um exemplo para as profissionais que buscam oportunidades no mercado de turismo, hotelaria e tempo compartilhado. ‘’As mulheres têm que buscar seus direitos, mas não podem ter medo. Devem ter confiança para mostrarem seus conhecimentos’’.
Para a diretora da RCI Brasil, é fundamental que as mulheres atualmente tenham autoconfiança na carreira para serem encaradas com profissionais. ‘’Temos que trabalhar, assim, o reconhecimento virá naturalmente’’.
Fazendo parte de um mercado em que a maioria dos executivos são homens, Maria Carolina nunca se mostrou desconfortável em reuniões e negociações. ‘’Eu nunca tinha percebido que meu ambiente profissional era masculino’’, afirma. ‘’Só fui me dar conta disso quando comecei a conceder entrevistas’’.
Incentivo dos pais
Essa confiança em si mesmo, em se colocar sempre na mesma posição dos homens e buscar crescer profissionalmente, veio desde a infância, pelo modo que foi educada. ‘’A minha criação foi fundamental. Meus pais sempre me colocaram em situações iguais ao meu irmão’’, conta. ‘’Minha mãe, apesar de sempre ter sido dona de casa, me impulsionou a estudar’’.
Quando Maria Carolina estava com a idade de prestar vestibular e ingressar na faculdade, seu pai (José Carlos Pinheiro Neto, que foi por muitos anos vice-presidente da GM no Brasil) a incentivou estudar Engenharia Civil. ‘’Queria Arquitetura, mas meu pai disse que arquiteto não podia assinar obras’’.

Em casa, sai a executiva e entra a mãe e esposa

Maria Carolina revela seus segredos para conseguir ter uma vida pessoal, com marido e filhos, tão bem-sucedida como a profissional. ‘’Quando chego em casa tenho que virar o botãozinho e ser apenas mãe e esposa’’.
O apoio do marido para a vida profissional, com muitas reuniões e viagens, é fundamental. Ela conta que os dois filhos uma menina, com 9 anos, e um menino, com 6, já são acostumados com a rotina da mãe, apenas perguntando quanto tempo ela ficará em viagem. ‘’Sempre quis ter uma carreira profissional. Nunca tive dúvidas na maternidade e nunca pensei em parar de trabalhar’’, diz. ‘’Essa vida que tenho me realiza e me faz muito feliz’’.
Saber separar a carreira profissional e o lado pessoal é essencial para Maria Carolina, que nem coloca fotos de sua família nas redes sociais. Apesar de ser muito comunicativa e extrovertida, ela não costuma falar de sua família para clientes de início, apenas quando já criaram mais intimidade. ‘’Sou muito reservada nesse aspecto pessoal’’, diz.
Porém, apesar de ser reservada, ela revela que um de seus hobbies é fazer crochê. ‘’Sou uma crocheteira de mão cheia’’, brinca. ‘’As pessoas falam que sou dura nas negociações, mas não sou. Até crochê eu faço’’. Ela conta que certa vez presenteou um cliente com uma fralda de crochê, pois a neta do mesmo havia nascido. O cliente não acreditou quando soube que a diretora-geral da RCI Brasil possuía essa habilidade e quis publicar um agradecimento nas redes sociais, mas Maria Carolina, por não gostar de expor sua vida pessoal, pediu que ele não fizesse isso.
Carregar malas pesadas
Deixar de ser a executiva e ser a esposa também envolve situações simples, como carregar malas e pedir a conta em restaurantes. ‘’Quando viajo pela RCI tenho que carregar malas pesadas e pedir a conta em restaurante’’, diz. Quando está com o marido isso não acontece, ele deve fazer o papel de cavalheiro.
Por ser muito organizada, realizando planejamentos mesmo para ações simples, a rotina profissional não atrapalha o lado pessoal. Maria Carolina sempre deixa tudo anotado em casa. Desde os horários até datas de aniversários de familiares e amigos. ‘’Compro os presentes antecipadamente’’, afirma. ‘’Tudo que consigo fazer por antecipação eu faço’’.
Mesmo os compromissos escolares dos filhos não saem prejudicados, pois a mãe Maria Carolina participa. ‘’Eu me programo para estar presente nas datas escolares, como Festa Junina, Festa da Família’’, conta. ‘’Já sei quando serão, então bloqueio na minha agenda essas datas’’.
 

Engenheira que foi trabalhar com turismo

Apesar de já estar atuando no setor de Turismo e Hotelaria há muito tempo, Maria Carolina é formada em Engenharia Civil e a escolha por essa faculdade veio de sua aptidão por números e contas. Durante os anos na faculdade Maria Carolina pensava em ser engenheira de obras, daquele tipo que coloca a bota e o capacete e acompanha o andamento da construção. Porém, após algumas experiências nesse setor, percebeu que não queria aquilo para si. Seguindo a ‘’tradição’’ de engenheiro que não trabalha em obras vai ser bancário, tentou trabalhar em um banco. ‘’Mas não gostei, trabalhava apenas com números, sem contatos com clientes’’.
O ingresso no mercado de Turismo e Hotelaria veio com um Programa de Trainee da AccorHotels. Ela foi direcionada para trabalhar no departamento de Novos Negócios. ‘’Me especializei nessa área’’, conta.
Após um tempo foi para outra grande rede hoteleira, a Blue Tree Hotels, também em Novos Negócios. Até a RCI e o timeshare chegar a sua vida.
Maria Carolina revela que antes da RCI Brasil tinha pouco conhecimento sobre o sistema de tempo compartilhado. Seu primeiro contato com o timeshare aconteceu quando estava na Accor e alguns executivos da rede hoteleira viajaram, a convite da RCI, para Cancún. Após alguns anos, na Rede Blue Tree Hotels, se aprofundou mais sobre o assunto quando um cliente quis informações sobre timeshare e a executiva se aproximou da RCI Brasil na época.
Mas trocar uma grande rede hoteleira por uma empresa, que apesar de ser a maior no mundo e do Brasil no segmento, foi alvo de críticas de seus colegas de profissão, pois o mercado de tempo compartilhado ainda estava engatinhando no país.  ‘’Sempre fui muito autoconfiante’’, afirma a diretora da RCI Brasil, sobre como fez para encarar esse novo desafio.
E  já são 11 anos de RCI Brasil, começando com Gerente de Novos Negócios até chegar ao cargo de Diretora-Geral, em 2014.
 

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