Em seu episódio de estreia, o mais novo web podcast do setor de parques e entretenimento, o Papo de Parqueiros, recebeu Elvio Andrade, diretor-geral do Blue Park, em Foz do Iguaçu (PR), para debater “Os desafios de uma Implementação de um Parque Aquático e Complexo de Entretenimento”.
Com apresentação de Fábio Mendonça, do Turismo Compartilhado, e Suerlan Santos, especialista em vendas, operações, projetos e inovação, além de empresário do setor de parques, o web podcast iniciou a conversa se aprofundando nas etapas iniciais e cruciais para transformar o sonho de um parque em realidade.
Elvio e Suerlan destacaram que o caminho pode começar de diversas formas – desde um pequeno pesqueiro familiar que cresce organicamente até grandes projetos idealizados por investidores robustos. A chave, porém, reside na definição clara do público-alvo e na elaboração de um Masterplan detalhado. De acordo com Elvio, o Masterplan transcende um simples desenho; é um guia estratégico que garante que a visão criativa se traduza em um empreendimento funcional, seguro, financeiro e, acima de tudo, sustentável a longo prazo.
Os especialistas também apontaram a formação de uma equipe multidisciplinar, envolvendo engenheiros, arquitetos e gestores de operações, desde o início como fundamental para mitigar gargalos e equilibrar a criatividade com a viabilidade do projeto.
Atrações e Faseamento

Em relação à escolha e implementação das atrações, os especialistas enfatizaram que, antes de selecionar os brinquedos, é preciso definir o tema e o storytelling do parque. Para eles, as primeiras atrações inauguradas do parque devem priorizar alta capacidade de vazão – como piscinas de ondas e rios lentos – para atender um grande volume de visitantes, sem negligenciar opções para todas as idades, do bebê ao adulto.
O projeto Aquai Park, em João Pessoa (PB), em que Suerlan faz parte, foi citado como exemplo, com seu storytelling focado na cultura nordestina, áreas como a “Ilha de Cordel” e “Sertão Arretado”, e a cuidadosa consideração de um Masterplan com projeção de 20 a 30 anos, prevendo expansões e a introdução contínua de novas atrações, evitando assim os dispendiosos “puxadinhos”.
Fornecedores
A aquisição de equipamentos, muitas vezes importados, trouxe à tona a importância de uma análise criteriosa dos fornecedores. Histórico, certificações, suporte local e um planejamento logístico minucioso (considerando até 12 meses para importações) são indispensáveis.
A segurança das atrações, pilar inegociável, também foi abordada. Elvio e Suerlan contaram casos de atrações que precisaram ser ajustadas ou até mesmo substituídas durante a fase de testes. Eles reforçaram que os rigorosos testes de estresse com técnicos, cargas elevadas e condições simuladas, aliados à conscientização dos visitantes sobre regras de uso (como a posição correta do corpo), são a garantia de uma experiência segura e prazerosa.
Abertura do parque
O soft opening de um parque é um período vital para ajustes. Começando com o próprio pessoal, expandindo para grupos internos e, finalmente, para o público em capacidade gradativa (20%, 30%, etc.), permite coletar feedbacks valiosos sobre filas, atendimento, consumo e incidentes, garantindo que a equipe esteja preparada e os processos azeitados para a operação plena.
O primeiro episódio do “Papo de Parqueiros” se configurou como um verdadeira consultoria para quem pensa em empreender no setor de parques e atrações.
O Papo de Parqueiros é uma co-criação do Turismo Compartilhado e Suerlan Santos, especialista em vendas, operações, projetos e inovação, e empresário do setor de parques.
Assista o episódio completo:





