Buscando modelos alternativos de fundings, além do CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários), o Marinas Ocean Resort, empreendimento no modelo de multipropriedade turística e imobiliária em construção em João Pessoa (PB), acaba de finalizar a captação de mais de R$ 3,5 milhões via equity crowdfunding. Realizada em um período de seis meses, a oferta pública foi viabilizada por meio da plataforma de investimentos coletivos da fintech NanoCapital.
De acordo com o portal Paraíba Total, os recursos captados irão contribuir com a aceleração das obras e a antecipação da inauguração do empreendimento, prevista para janeiro de 2026. Além disso, 30% da captação será destinada ao impulsionamento das vendas das frações imobiliárias do resort.
A NanoCapital destaca que 69 investidores participaram da oferta pública, com uma média de aporte de R$ 51 mil, consolidando a fintech como plataforma de investimento coletivo com o ticket médio mais expressivo do mercado, que atualmente gira em torno de R$ 8,9 mil.
“A nossa missão é fazer a ponte entre oportunidades de aportes coletivos em negócios promissores e investidores de alta renda que desejam diversificar o portfólio, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas. Enxergamos o grande potencial de expansão e retorno do Marinas Ocean Resort e, por isso, decidimos viabilizar o crowdfunding para os investidores da nossa base. Estamos muito felizes com a conclusão da operação e agradecidos pela oportunidade de contribuir tanto para o sucesso de um empreendimento com impacto local quanto para a saúde financeira dos nossos parceiros”, declarou para o portal Paraíba Total a sócia-fundadora e Chief Executive Officer (CEO) da NanoCapital, Simone Carvalho.
Para a CEO do Grupo Viver Infinity, Ângela Matias, incorporadora do Marinas Ocean Resort, contar com uma estrutura capaz de fazer a gestão e o planejamento financeiro do projeto influenciou na tomada de decisão por essa modalidade.
“Nós do Marinas estamos muito felizes e empolgados com essa oferta. Para nós é uma mudança de paradigma e nos condiciona a participar de vez do mercado de capitais brasileiro. O time da NanoCapital nos orientou desde o início, da contabilidade até o formato de produto, a como ter o melhor instrumento para captação. Com esse valor captado vamos acelerar o processo de finalização da obra do Marinas Ocean Resort”, afirmou Ângela ao portal Paraíba Total.
Fundada em 2021, a NanoCapital prioriza a criação de crowdfundings para negócios dos setores de real estate, infraestrutura, cleantechs, varejo e agronegócio, e que possuam geração de caixa recorrente, bom histórico dos fundadores e garantia reais ou fidejussórias para a operação. Para selecionar os projetos, a fintech avalia cada caso e leva em conta aspectos como o capital intelectual, histórico dos sócios, capacidade de pagamento da empresa, entre outros fatores. Hoje, os principais veículos de investimento via NanoCapital são notas comerciais, CCB, debêntures, CRIs, CRAs e outros títulos de crédito privado, mas há previsão das primeiras ações de debênture e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) serem emitidos ainda em 2024.