O Sindepat Summit chegou ao fim do primeiro dia com uma programação variada, com case sobre o turismo de Foz de Iguaçu, segurança para parques e atrações, tendências para desenvolvimento de produtos para parques, ativação de marca dentro do metaverso e inteligência artificial, além das apresentações das empresas patrocinadoras, muito networking e o lançamento de uma campanha de solidariedade para as vítimas da catástrofe climática no Rio Grande do Sul.
Organizado pelo Sindepat, o Sindepat Summit reúne empresários, investidores e profissionais dos setores de turismo, parques e atrações, e este ano acontece nos dias 08, 09 e 10 de maio, em Foz do Iguaçu.
Confira um pouco do que aconteceu no primeiro dia do evento:
Insights para parques e atrações
Os sócios da Bain & Company, André Bolonhini e Bernardo Sebastião, apresentaram a palestra “Parques temáticos e Atrações Turísticas: panorama global e tendências do setor”, em que mostraram números e visão atualizada das tendências globais do setor de parques, com insights específicos para apoiar a estratégia e tomada de decisão dos players brasileiros, visando aproveitar oportunidades emergentes.
Na apresentação, os sócios falaram sobre os seguintes insights: otimização das estratégias de precificação para maximizar as receitas; storytelling enriquecido com hiper personalização para tornar a experiência muito mais imersiva, aumentando a conexão emocional e satisfação do visitante; participação em programas de coalizão, permitindo impulsionar o número de visitas ao compartilharem vínculos criado com visitantes entre múltiplas empresas participantes; novas tecnologias para expandir os limites da eficiência operacional; e investimento em sustentabilidade para atender crescentes expectativas dos visitantes.
Experiência com games
Com a palestra “Como expandir as experiências físicas a partir de novos modelos in Gaming “, João Victor Justino Feio, CEO e co-fundador da Hero Base, apresentou como criar experiências dentro do Metaverso no jogo Fortnite ajuda com ativações com marcas e influenciadores.
Ele apresentou alguns dados do mercado global de gaming, que em 2023 movimentou 21 bilhões de dólares, para este ano, a previsão é que os valores alcancem 24 bilhões de dólares. Também contou alguns cases de sua empresa de criação de ambientes no Fortnite para o Rock´n Rio, Itaú, Havaianas, Samsung, Paco Rabanne e Red Bull.
Entrando no segmento de parques e atrações, João disse que já há experiências de parques temáticos no Fortnite. “O que é preciso construir no Fortnite? O que posso desenvolver do meu negócio dentro do jogo? Tudo! Desde uma experiência dedicada que construímos um mundo, qualquer coisa pode ser desenvolvida de forma lúdica, com alguma licença poética. Posso construir uma montanha-russa, personagens, podemos brincar com as características de qualquer marca”.
Utilizando Inteligência Artificial
“Será que a Inteligência Artificial irá acabar com nosso negócio?”, questionou Ana Maria Donato, que compartilhou sua experiência para aprender sobre IA e como aplicar no turismo, na palestra “Storytelling: como contar uma boa história em tempos de IA?”.
Jornalista especializada em promoção de destinos e parques temáticos internacionais, Ana Maria Donato resolveu entender sobre IA para não ser surpreendida, e sua resposta para a questão inicial é não!
“Vocês não têm ideia do potencial que a IA pode fazer pela gente, faz apresentação, vídeos e imagem, tem que entender o que a máquina pode fazer. Mas a IA ainda não consegue capturar as nuances das emoções humanas, a transformação das palavras em ideias, em personagens, pertence ao humano. IA é um suporte bom para o talento humano”, afirmou ela.
Segurança para parques e atrações
Finalizando o primeiro dia, Bruno Lancetti, da Intamin; Saulo Carvalho, do Beach Park; e Tomás Gridi Papp, da Tectom Soluções Verticais, participaram do painel “O fundamental para as operações: segurança acima de tudo”.
Para Bruno, apesar de toda tecnologia e normas, há certas atividades rotineiras que devem ser realizadas por operadores de atrações, como estar preparado para os mais diferentes cenários, para encontrar soluções mais rápido possível. Ele inclusive compartilhou um check- list para segurança para os operadores praticarem em seus parques.
Segundo Tomás Gridi Papp, da Tectom Soluções Verticais, que falou sobre segurança em atividades de aventura, há poucos normas para equipamentos para esportes de aventura no Brasil. “Nossa solução é trabalhar com normas internacionais”. De acordo com ele, para ter equipamentos de aventura, deve ser prevista essas atividades desde a formatação do projeto.
Já Saulo Carvalho apresentou o case de Salvamento Aquático no Beach Park. O complexo adotou a obrigatoriedade de uma certificação internacional para os guarda-vidas, treinamentos constantes e campanha de motivação através de um campeonato de salvamento de água.