O Beach Park adotou 20 hectares da Reserva Natural Serra das Almas (RNSA) – localizada entre os municípios de Crateús/CE e Buriti dos Montes/PI (a 400 km de Fortaleza) – por meio da Associação Caatinga (AC), entidade não governamental sem fins lucrativos, que atua há mais de 25 anos na conservação das terras, florestas e águas da Caatinga.
Com os 20 hectares adquiridos, o destino turístico conseguirá compensar a emissão de 732,22 toneladas de gases carbono equivalente (tCO2e) no parque aquático, relativos ao ano de 2022 – contabilizadas em inventário realizado no decorrer de 2023 e finalizado em dezembro último. Este inventário mostra a quantidade de emissões diretas do local, como o uso de geradores, recargas de ar-condicionado e extintores, efluentes e energia elétrica.
A compensação na reserva cearense também fez o Beach Park obter o selo “Protetor Serra das Almas” – categoria Onça Parda, de validade de um ano – contribuindo para ações de proteção e conservação da biodiversidade da serra, já reconhecida pela Unesco como ‘Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Caatinga’ por abrigar uma representativa biodiversidade do bioma preservada e pela sua interação e estímulo ao desenvolvimento sustentável de comunidades rurais do seu entorno.
Dessa forma, de acordo com a gerente de Sustentabilidade Raissa Bisol, o Beach Park está apoiando por um período de um ano, entre outros benefícios ambientais, a emissão evitada de 5.320 toneladas de carbono (que são emissões que poderiam ser liberadas caso a adoção da área não ocorresse) e ajudando na manutenção de 15 milhões de litros de água nos 20 hectares da Reserva da Serra das Almas.
“Isso significa que a adoção da área promove recursos financeiros para contribuir com a proteção de nascentes de água e o resguardo de espécies ameaçadas de extinção, evitando sua degradação e reduzindo problemas ambientais graves, como os efeitos do aquecimento global e garantindo água limpa para pelo menos 40 comunidades próximas”, diz Raissa.
A adoção dos 20 hectares da Reserva também fortalece o compromisso do Beach Park, empresa participante do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a exemplo do ODS 13 – Ação contra a Mudança Global do Clima.
“A parceria do Beach Park com a Associação Caatinga fortalecerá nosso compromisso com os objetivos de desenvolvimento sustentável, além da conservação da Caatinga e incentivo aos vários programas socioambientais realizados pela AC com as comunidades locais”, avalia Raissa Bisol.
Compromisso com o Ceará
Em 2022, o Beach Park compensou, pela primeira vez, 141 toneladas de carbono equivalente emitidas pelo parque aquático no ano anterior, ao adquirir créditos de carbono (que equivalem a um certificado que garante que toneladas de carbono foram impedidas de ser lançadas na atmosfera) oriundos do Projeto Envira Amazônia – protegendo 39 mil hectares de floresta tropical, próximo à cidade de Feijó/AC.
“Na época, nós ainda não tínhamos uma parceria no Ceará com um projeto para compensação de carbono. Neste ano trabalhamos muito e tivemos a satisfação de poder compensar no nosso próprio estado, ao apoiar um projeto da Associação Caatinga, assim valorizando e contribuindo com a biodiversidade de um bioma 100% brasileiro, que é a Caatinga, e que ocupa cerca de 70% da Região Nordeste”, explica Raissa Bisol, gerente de Sustentabilidade do Beach Park.
Além de neutralizar, o Beach Park já procura deixar de emitir CO2 por meio de boas práticas, como a destinação dos resíduos sólidos: 97% todos os resíduos do complexo vão para a reciclagem ou são transformados em novos produtos, como papelão, sabão, adubo orgânico, artigos de artesanato e saco plástico. E assim, o complexo investe numa gestão focada em práticas sustentáveis, a fim de prevenir impactos adversos de suas atividades na natureza e na sociedade.
“O Beach Park possui uma trajetória de compromisso com a preservação da água e a mitigação de impactos ambientais. Há sete anos o parque aquático é certificado na Norma ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental) e desde 2022 possui a Certificação Lixo Zero – em 2023 foi recertificado com 97% de reciclabilidade de seus resíduos sólidos, pelo do Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB)”, explica Raissa Bisol, gerente de Sustentabilidade.
Quanto ao uso de água, todo o recurso utilizado em banheiros e cozinha segue para a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), que funciona 24 horas/dia, gerando cerca de 4.300m³/mês de água para irrigação das plantas do complexo.
A Caatinga e a Reserva Natural Serra das Almas (RNSA)
A Caatinga é a única floresta exclusivamente brasileira e uma das florestas semiáridas mais biodiversas do mundo, ocupando cerca de 10,1% do território nacional. Abrange os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e também a faixa norte de Minas Gerais.
Possui uma surpreendente variedade de espécies: são 3150 espécies de plantas floríferas; 276, de formigas; 386, de peixes; 98, de anfíbios; 548, de aves; 183, de mamíferos; e ao menos 196 espécies de répteis.
Já a RNSA, é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) com 6.245 hectares de área, com quatro nascentes de água e uma rica biodiversidade, tem um grande papel no escoamento evitado de água na microbacia do Rio Poti, em Crateús/CE. Um solo coberto por floresta retém mais água do que um solo descoberto e desprotegido – o que significa dizer que, pela conservação de toda extensão da Reserva Natural Serra das Almas, cerca de 4,8 bilhões de litros ficam retidos anualmente no solo, nos riachos e poços por mais tempo – em vez de escoarem, gerando processos erosivos.
Cada metro quadrado da Reserva corresponde a uma parte desse grande montante de água. Pela adoção de 20 hectares da RNSA em 2023, o Beach Park auxiliou a evitar o escoamento de 15 milhões de litros de água.
Ao redor da RNSA vivem 40 comunidades rurais que abrigam cerca de quatro mil famílias, que são beneficiadas pelas ações desenvolvidas pela Associação Caatinga.