Um dos mais importantes lançamentos de 2023 no mercado de multipropriedade, turismo e hotelaria, o projeto de resorts temáticos de clubes de futebol, uma iniciativa da Laghetto Sports Resort, uma união da BR Resorts e Laghetto Hotéis, traz um novo modelo de tematização e licenciamento de marcas para hotelaria e multipropriedade.
Seguindo uma estratégia de lançar sempre dois resorts simultaneamente, de clubes rivais da mesma cidade, os primeiros empreendimentos serão em São Francisco de Paula, na Serra Gaúcha, com temática do Grêmio e Internacional, que assinaram contratos de licenciamentos das marcas de 33 anos com a Laghetto Sports, podendo ser renovados.
Além dos dois clubes de Porto Alegre, a Laghetto Sports já conta com mais cinco contratos assinados com times de outras regiões, do Sudeste e Nordeste, com projetos em aprovações nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, totalizando um investimento de R$ 3,3 bilhões.
O projeto dos resorts no Rio Grande do Sul prevê salas de vendas em Porto Alegre, no Estádio Beira-Rio e Arena do Grêmio, em Gramado, além de salas itinerantes e vendas online.
Conversamos com os sócios da BR Resorts, Gustavo Kinzel e Gilberto Ritzel Stobaus, para entender mais sobre o projeto e planos da Laghetto Sports. Confira a entrevista:
Como surgiu a ideia do projeto de resorts temáticos de clubes de futebol?
Gilberto – A ideia é unir coisas que o brasileiro adora, o futebol com férias, viagens e família. A gente entende que está juntando tudo em uma experiencia inédita no Brasil e mundo.
Por que optar para o modelo de multipropriedades?
Gustavo – A multipropriedade tem aquela venda da emoção. O que mais envolve amor e emoção, por vezes até inexplicável, para os brasileiros é o futebol. Estamos unindo o modelo da multipropriedade, que o cliente paga pelo que utiliza e aproveita, com o seu clube de coração. Tudo isso envolve e remete a uma coisa só, que são os propósitos da BR Resorts e da Laghetto. O lema da BR Resorts é “Viva a sua Paixão”. O lema da Laghetto é “Paixão em Servir”. E criamos este modelo com paixão, clube de futebol, multiprorpiedade e hotelaria.
Gilberto – O modelo de multipropriedade também é melhor para poder remunerar os clubes. Na hotelaria tradicional teríamos que fazer permutas com diárias para concentração. O modelo de multipropriedade se enquadra mais, já que os clubes terão uma participação relevante.
Em relação a comercialização, podemos fugir da venda tradicional da multipropriedade atualmente, que normalmente é no destino, no local do projeto. Há torcedores em todas as cidades, alguns clubes têm torcedores no Brasil inteiro. Isso vai nos blindar, podemos ter um projeto aqui na Serra e vender em Porto Alegre e outras cidades do Rio Grande do Sul. Acreditamos que impulsionará a velocidade de vendas.
Inclusive, vamos ter vendas itinerantes em outros estados, em Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, onde tiver consulados do Grêmio e Internacional.
Como surgiu a parceria com a Laghetto?
Gustavo – A Laghetto já tinha um histórico de patrocínio com a dupla Grenal. Criamos esse modelo, assinamos os contratos com os clubes e no momento que começamos a trabalhar os projetos no Sul pensamos na Laghetto, pois precisávamos de um operador de altíssimo nível.
Como será a participação dos clubes?
Gustavo – Os clubes receberão um percentual a título de royalties, terão uma participação no VGV e também na operação do resort, continuando a receber um valor. Em contrapartida, temos a utilização das marcas e também várias ações de marketing para divulgar os empreendimentos, inclusive, depois que estiverem em operação.
São os maiores contratos de licenciamento da história dos dois clubes. Na realidade, os maiores contratos de licenciamentos de marcas do futebol brasileiros, assim, como será dos outros clubes já com contratos conosco. Todos os sete clubes participaram da construção desse modelo, para que tenhamos formatos de contrapartida, de remuneração, tudo isso atrelados para que tenham uma equidade.
Por que começar com a dupla Grenal para começar o projeto?
Gustavo – Nós somos do Sul e a Laghetto também. Aqui no Sul estamos com maior velocidade de aprovação, temos uma celeridade muito boa de São Francisco de Paula, e isso acabou que voltássemos nossa atenção para os dois primeiros. Mas temos projetos no Nordeste e Sudeste em andamentos, em fases de aprovações.
Pela questão da rivalidade do Grenal, em momento algum daremos prioridade para algum clube. Vamos trabalhar sempre de igual forma, tratando a obra, o projeto, tudo de forma que os dois clubes sejam atendidos de forma igual.
Gilberto – Os projetos são praticamente iguais, por questão das áreas e topografia dos terrenos, uma ou outra coisa devemos mudar, como onde ficará uma quadra ou piscinas, a implantação da área de lazer, mas tudo que tiver em um terá no outro.
A mesma estratégia será utilizada para outros destinos, lançando resorts temático de clubes com torcidas rivais?
Gustavo- Exatamente, a gente não pode nunca priorizar uma torcida. Nós somos torcedores e nos colocamos no lugar do torcedor, cuidamos muito dessa parte.
Por que definiram lançar os dois resorts em São Francisco de Paula?
Gilberto – Para que desenvolvêssemos um empreendimento dessa magnitude, precisávamos entregar ao torcedor um projeto diferente. Em São Francisco de Paulo conseguimos uma área de 15 hectares para cada clube, onde vamos poder trabalhar áreas de lazer absurdamente amplas, um campo de futebol oficial para cada clube. O bloco principal de cada resort terá aproximadamente 95 metros de fachada, com um centro de eventos para atender até 600 pessoas em formato de auditório.
Também entra um pouco de restrição e plano diretor, temos em Gramado e Canela uma dificuldade de aprovações, em São Francisco de Paula tivemos mais facilidades nesse sentido.
E ainda está bem localizado, na estrada que liga a Gramado, junto ao Matria Parque, a 1h dos cânions, uma hora e meio de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, e 30min de Gramado e Canela.
