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“A GAV foi um divisor de águas para o destino Salinópolis”

Entrevista com Manoel Vicente Pereira Neto, presidente da GAV Resorts

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Fundada em 2014, a GAV Resorts é considerada um dos maiores players do mercado de multipropriedade e turismo imobiliário, com 10 empreendimentos hoteleiros lançados e operações comerciais em todas as regiões do Brasil.

O presidente da GAV Resorts, Manoel Vicente Pereira Neto, conta como a empresa chegou no patamar de desenvolvimento atual e as mudanças que os três resorts multipropriedade em operação em Salinópolis trouxeram para o turismo de Salinópolis, no Pará.

Antes da multipropriedade e mercado imobiliário, Manoel passou pelos setores de varejo, automóveis, indústria, comércio exterior e, em 2010, fundou a loteadora Vallepar Empreendimentos. Em 2014, entrou como sócio de um projeto de multopropriedade, que se tornou, posteriormente, a GAV Resorts.

Além de Salinópolis, a GAV Resorts também conta com empreendimentos lançados (em construção) em Ipojuca, região de Porto de Galinhas (PE), Gramado (RS), Pirenópolis (GO), Cruz (CE) e Tibau do Sul (RN). Em 2022, o Grupo atingiu o marco histórico de 100 mil frações imobiliárias lançadas em oito anos de empresa e 3.000 empregos diretos.

Para 2023, a GAV Resorts planeja lançar novos empreendimentos, com projeção de disponibilizar mais 40 mil frações imobiliárias, chegando a 30 salas de vendas espalhadas pelo país.

Como a multipropriedade e GAV Resorts entraram em sua vida?

Em 2014, lançamos o primeiro empreendimento em Salinópolis. Nosso cofundador, Atila Gratão, validou o destino para o primeiro empreendimento e nos convidou para esse projeto. Nos primeiros anos era um negócio secundário, porém, desde 2019 passou a ser meu principal foco.

A GAV lançou a primeira multipropriedade em Salinópolis. Quais benefícios os empreendimentos trouxeram para o destino?

Indiscutivelmente, a GAV foi um divisor de águas para o destino, pois antes da multipropriedade, a cidade tinha apenas um turismo sazonal. Com esse novo modelo de negócio, os multiproprietários passaram a frequentar o destino em datas que antes não iriam, o que fez com que Salinópolis deixasse de ser uma região de feriados e férias, para ser um destino frequentado 365 dias por ano.
Nos primeiros anos, após o lançamento, a cidade cresceu acima de 20% ao ano em arrecadação de impostos, e, da inauguração do primeiro resort em 2018 até janeiro deste ano, recebemos mais de 1,2 milhão de turistas nos empreendimentos da GAV Resorts.

Jeriquiá Lagoa Resort, na Lagoa Santa, na região de Jericoacoara, no Ceará

A GAV lançou vários empreendimentos nos anos 2020, 21 e 22. Como a GAV analisa as oportunidades de negócios? Qual o modelo pela GAV, contando com sócios nos destinos, investidores externos, terreneiros, etc?

Diferente do nosso primeiro destino, onde fomos pioneiros no Pará, hoje sempre buscamos estar nas regiões mais desejadas do Brasil, procurando as melhores áreas para desenvolver nosso negócio. Não temos investidores externos, mas fazemos questão de ter sempre sócios terreneiros, isso traz agilidade para o negócio, pois, normalmente, são pessoas bem relacionadas no destino.

Com dez empreendimentos lançados, como a GAV está se preparando (com contratações, processos, estruturas físicas, tecnologia, etc) para fazer a gestão de uma carteira de recebíveis gigante, ter relacionamento com milhares de clientes, realizar obras de empreendimentos cidades diferentes e, posteriormente, a entrega e gestão hoteleira?

São muitos desafios, até o final deste ano chegaremos a 4.800 colaboradores diretos, tudo isso por sermos uma empresa totalmente verticalizada, o que é desafiador. Além disso, nos proporciona um controle maior na qualidade da entrega para o nosso cliente. Estamos, também, em uma transformação diária de processos e sistemas para garantir que todo esse ecossistema funcione da melhor forma.

Quais os aprendizados da GAV Resorts nestes quase dez anos de multipropriedade?

Diria que é um aprendizado contínuo. A multipropriedade é um negócio totalmente novo no Brasil, não existe nada pronto para o setor, nem muita oferta de profissionais com a experiência na gestão do negócio. Tudo isso nos obriga a estar sempre imersos na formação de profissionais e no desenho de processos para o grupo.

Quais os principais gargalos que as empresas de multipropriedade enfrentam atualmente no Brasil?

Muitos players sofrem com a falta de oferta de crédito, mas enxergamos isso como algo natural, por ser um nicho novo e sem histórico, por isso, resolvemos fazer diferente e depender o mínimo possível de dinheiro externo. Outro grande gargalo talvez seja o desconhecimento dos consumidores quanto a multipropriedade, assim como as comodidades e os benefícios que ela proporciona.

Entre as principais críticas à multipropriedade, há a captação de clientes e a venda de impacto. Na sua opinião, é possível lançar um projeto sem utilizar o formato de captação utilizado atualmente e sem utilizar o modelo de venda de alto impacto?

Hoje ainda não é possível viabilizar um empreendimento sem a abordagem da captação física, justamente por não ser um produto conhecido, tendo em vista que ninguém sai de casa para comprar uma multipropriedade. Assim, entendemos que os clientes precisam ser apresentados ao modelo de negócio. Mas, com certeza, com o passar dos anos esse será um desejo do brasileiro e essa curva começará a mudar, com clientes procurando pelo produto.

Gran Valley Resort, em Gramado (RS)

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