Com 5 unidades em três estados do Brasil, o Grupo Tauá de Resorts e Hotéis, que já era referência em hospedagem para a família no país, agora assume esse lugar também em ESG. Participando voluntariamente do Pacto Global da ONU, desde janeiro de 2022, a rede investiu em projetos socioambientais e acaba de tornar-se a primeira rede de hospitalidade com todos os seus empreendimentos sendo carbono neutro no país. A partir deste ano, as unidades da rede irão compensar todas as emissões de carbono geradas em suas unidades e pela sede administrativa.
Em janeiro de 2023, 100% das suas emissões foram compensadas, o equivalente à 630 toneladas de CO2. A neutralização foi dada por meio da aquisição de créditos de carbono gerados por um sistema de ciclo combinado, que produz energia através do gás natural e substitui o uso de combustíveis fósseis mais intensivos em carbono. O projeto investido é registrado na ONU e o certificado confeccionado seguiu as normas e orientações do programa “GHG Protocol Corporate Accounting and Reporting Standard”.
Após integrar o Pacto Global da ONU, em 2022, o Grupo assumiu o compromisso de ser carbono zero até 2030 e atuar fortemente no combate às mudanças climáticas. Desde então, a rede começou a implementar medidas, dentre elas a criação de um departamento próprio para cuidar das ações socioambientais e de governança corporativa em suas cinco unidades. Isis Batista, Gerente de ESG e SSO do Tauá, afirma que a meta foi batida antes do esperado.
“O Tauá está comprometido com a redução das emissões de poluentes responsáveis pelo aquecimento global conforme a materialidade do nosso negócio. Tínhamos o compromisso de atingir esse patamar em 2030, mas conseguimos neutralizar a emissão de carbono antes, através da aquisição de créditos”, afirmou a executiva.
A rede implementou uma calculadora para que os hóspedes conheçam sua pegada quanto ao poluente e ajudem a atuar no combate às mudanças climáticas. O cálculo estima as emissões de carbono por pessoa, considerando o número de diárias, e observando que todas as áreas e utilidades do hotel estão disponíveis para todos os hóspedes, independente da utilização.
Como funciona o Programa de Descarbonização
Tauá Resort Alexânia
O projeto nasceu em parceria com o Grupo Econom / Programa O’Green, a primeira e única consultoria ambiental brasileira reconhecida como um dos recursos da ONU para gerenciar programas de gestão de Gases de Efeito Estufa (GEEs). Após a consultoria, o Tauá traçou seu programa de descarbonização, que calculou a emissão de gases de efeito estufa emitidos por suas operações.
O trabalho iniciou com a contabilização das emissões de 2021, por meio do inventário de emissões de CO2 elaborado de acordo com a metodologia GHG Protocol, que, na sequência foram compensados 10% das emissões daquele ano. O mesmo foi feito para 2022, só que com a compensação de 15% das emissões do ano.
Agora em 2023 o Tauá vai identificar e compensar suas emissões mensalmente, junto aos seus hospedes. O próximo passo da rede é convidar e sensibilizar seus clientes para que cada um possa fazer a sua compensação após o término da hospedagem. Depois do check-out, os clientes receberão, por e-mail, suas pegadas de carbono e se quiserem, poderão compensar a emissão de CO2 que foi gerado durante a estadia. Assim, a estadia é ainda mais sustentável e a sociedade tem a possibilidade de atuar em conjunto a companhia pelo combate às mudanças climáticas e a preservação do meio ambiente. Onde toda emissão que não for neutralizada pelos hóspedes será compensada pela rede hoteleira. Mas o grupo acredita que a adesão deverá ser grande pois, geralmente, os valores em média para compensação de cada hospedagem de 2 a 3 dias com média de 3 hóspedes devem ficar abaixo de R$ 20,00, e mesmo assim, ele pode apoiar o projeto com qualquer valor.
Ainda haverá a criação do Plano de Mitigação, que é um estudo detalhado que apresenta as possibilidades de redução/mitigação das emissões de gases do efeito estufa. A sua implantação será baseada nas orientações propostas pela ABNT e pelo Programa GHG Protocol, para desenvolvimento de tecnologias e processos menos poluentes em suas operações.
Sustentável para além da compensação de carbono
Isis Batista, Gerente de ESG e SSO do Tauá
Nos últimos anos, os projetos ESG cresceram exponencialmente em diversas áreas da rede, rumo a uma jornada completa, bem estruturada, fundamentada e certificada. Já foram adotadas uma série de ações que ajudam a minimizar os gastos, recursos e resíduos. Para aumentar a ecoeficiência dos hotéis, a energia, por exemplo, vem de fontes limpas e renováveis, como a solar. Sensores de iluminação e lâmpadas de LED foram instalados, e a gordura carbonizada passou a ser tratada, salvando recursos, mão de obra, tempo e água, e aumentando a vida útil dos equipamentos e utensílios. A gestão de resíduos passa por coleta, armazenamento, transporte, tratamento, destinação e disposição final ambientalmente adequada.
Além disso, os hotéis contam com estações de tratamento de água. Peças instaladas nos chuveiros, torneiras e vasos sanitários ainda têm a função de controlar a vazão de saída de água. Já o rejeito do ar condicionado, que fornece água quente, economiza energia e minimiza emissões de CO2.
Impactar positivamente no lado social também é uma frente forte do Grupo Tauá. Entre os mais de 1800 emocionadores, como os colaboradores são chamados, 53% são mulheres, 60% são pardos ou pretos e 12% LGBTQIA+. Dos cargos executivos, 47% são ocupados por mulheres, que lideram áreas como a Diretoria de Talento, Cultura & Felicidade; Diretoria de Marketing, Reservas, Relações Institucionais e entre outras.
De acordo com Daniel Ribeiro, presidente da rede, o Tauá também tem o propósito de fortalecer as comunidades do entorno dos hotéis e resorts do grupo. “Damos preferência para trabalhar com fornecedores locais, das regiões onde estamos”. Ele acrescenta que desenvolver uma jornada limpa e social é muito importante para o equilíbrio com a natureza e bem-estar. “Queremos trabalhar cada vez mais de forma sustentável, para impactar individualmente cada hóspede, positivamente as comunidades locais e, consequentemente, o planeta”.