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O idealizador da Surfland Brasil

Entrevista com André Giesta, sócio da Surfland Brasil

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André Giesta

A Surfland Brasil está pronta para entregar o empreendimento em Garopaba (SC) e expandir a marca para outros destinos do país. É o que garante o sócio e idealizador da Surfland Brasil, André Giesta. Incorporador e surfista, Giesta desenvolveu o projeto do empreendimento de multipropriedade com piscina de ondas para surfe em 2016, e hoje, conta os sócios Jeferson Gralha, Cristiano Santiago Vieira, Mário Flores e Douglas Beltrão para estabelecer novas parcerias e lançar novas Surflands

Nesta entrevista à Turismo Compartilhado, além de falar dos planos de expansão da marca, Giesta conta como foi idealizada a Surfland e as dificuldades encontradas no início da caminhada.
Com investimento de R$ 320 milhões, a Surfland Brasil é o primeiro clube resort no formato de multipropriedade com piscina de ondas para surf no mundo, com tecnologia internacional Wavegarden Cove 2.0.

Antes da Surfland Brasil, já havia lançado empreendimentos turísticos imobiliários?

Não, eu era incorporador imobiliário de condomínios horizontais de alto padrão em Garopaba e alguns flats de incorporação vertical. A Surfland foi um sonho de 2016, quando pensei em construir uma piscina de ondas em um condomínio horizontal. Depois tive o meu primeiro contato com o Kelly Slater e a sua piscina (maior surfista profissional da história e que desenvolveu uma piscina de ondas nos Estados Unidos), mas não era a piscina ideal para fazer no empreendimento. Depois fui conhecer uma piscina de San Sebastián, na Espanha.

Quando comprei uma fração de multipropriedade em Gramado, percebi que seria muito mais inteligente fazer esse projeto da piscina de ondas neste modelo. Depois saiu a Lei da Multipropriedade e encaixou totalmente o projeto.

Então, conheceu o segmento de multipropriedade ao adquirir uma unidade em Gramado?

Eu comprei uma fração da Gramado Parks e dali surgiu uma boa ideia, que poderia ser bem viável para o nosso empreendimento. Já tinha algum conhecimento de multipropriedade, pois já havia alguns empreendimentos no mercado. Percebi que valia a pena empreender utilizando a multipropriedade. Eu pensei o seguinte: hoje, as pessoas preferem muito mais um tempo bem gasto em um determinando destino que escolheram, do que ser obrigado a estar em um determinado local porque tem uma casa de praia, o que ainda gera um grande custo de manutenção, de taxas e a utilização ainda é muito pequena.

Como surgiu a ideia e projeto da Surfland Brasil?

Como surfista a vida inteira, juntei o sonho de ter uma piscina de ondas dentro de um condomínio. Sou apaixonado por surfe e ainda surfo grande parte dos meus dias em Garopaba. A construção e incorporação não me assustavam, pois já fazia há bastante tempo, nos 14 anos da Giesta Incorporadora, mas eu realmente tinha que entender como seria a construção de uma piscina de ondas, a tecnologia, importar os equipamentos, para ter a melhor estrutura para gerar a melhor experiência.

Foi um projeto feito com a experiência de um incorporador e seguindo o seu feeling, porque, na verdade, todos as pessoas do mercado imobiliário que eu batia um papo não acreditavam no meu projeto. Achavam um projeto caro, com um público pequeno, que Garopaba era uma cidade pequena para receber um empreendimento desse porte. Uma piscina de ondas para surfe custa mais de R$ 150 milhões. O investimento no complexo é de mais de R$ 300 milhões, somando tudo, terreno, construção, impostos. Realmente todos estavam certos, mas eu acreditava no projeto, na marca e no que idealizava, algo totalmente diferente do que havia na multipropriedade em termos de entrega.

Somos o primeiro resort no mundo, em um padrão upper scale, com a maior piscina de ondas para surfe do mundo, em uma grande obra de quase 50 mil metros quadrados construídos, fora a piscina de ondas, com várias experiências de outros esportes, a maior pista de skate indoor em um parque, com os embaixadores, que são meus amigos pessoais, e se entregássemos muito mais para os clientes, tinha certeza que venderíamos muito.

Com todas essas dificuldades, como foi buscar sócios investidores no início? Qual foi a receptividade dos investidores com a Surfland Brasil?

A história da Surfland é engraçada. O terreno já era meu. Apresentei o projeto para muitas pessoas do mercado, talvez para muitos dos empresários mais ricos do Brasil. Muitos acharam o projeto legal, mas na hora de colocar o dinheiro tinham dúvidas. Se custaria aquilo mesmo a obra, se venderia aquilo que eu havia projetado, como seria a construção. A Surfland é feita de vendas, um pouco de aporte da minha empresa e de capital do banco. Eu não fiz CRI. Acabei não tendo nenhum investidor de grande porte externo. Tive que ir ao mercado sozinho.

O projeto era tão diferente, tão disruptivo, que somente eu e alguns sócios, que tenho aqui hoje comigo e são meus amigos, acreditávamos. Eu segui meu instinto e com muito trabalho, fé e dedicação, criamos uma comercializadora própria, com os melhores especialistas de vendas, e a melhor empresa de comunicação, o Grupo Sal.

Qual dica daria para empreendedores que buscam investidores antes do lançamento do projeto?

Para novos empreendedores, com ideias disruptivas de projetos inusitados, provavelmente, investidores tradicionais não vão acreditar. Eles vão ter que ter coragem de seguirem sozinhos, buscando funding em bancos, alienando os próprios terrenos, vão ter que encontrar um meio de fazer esse capital inicial que a multipropriedade precisa. Eu fui buscar recursos em bancos, ainda bem que tenho lastro e crédito. Então, consegui levantar mais de R$ 100 milhões em meu nome, lastreados pelos meus imóveis e recebíveis. Não fiz nenhuma operação de CRI por estar querendo gerir o projeto dentro da minha filosofia: a melhor entrega ao consumidor, a melhor experiência, os melhores apartamentos com os maiores tamanhos, uma gestão impecável e uma obra muito grandiosa, com 14 mil metros quadrados de apartamentos e mais de 30 mil m² de construção de lazer.

Como a entrada da comercializadora Smartshare no negócio, como sócia da Surfland Brasil, impulsiona o projeto?

O mais importante é o seguinte, nós desenvolvemos, com o Jeferson Gralha, o Cristiano Santiago Vieira, o Mário Flores e o Douglas Beltrão, os sócios da SmartShare, uma nova filosofia de vendas. Como nós tínhamos um produto disruptivo, a abordagem teria que ser diferente. Uma das premissas era que ninguém tinha que comprar se não estivesse realmente apaixonado pelo produto e se não tivesse capacidade financeira para absorver esse produto, pois é um investimento alto. Não queria ninguém sendo pressionado para comprar. Nós queremos o cliente muito satisfeito.

Formamos um time especial com esses quatro amigos e sócios, isso é bacana, pois todo mundo aqui respira e vive Surfland, sabendo que é um projeto muito grande. Esse grupo é exclusivo da Surfland.

Criamos um produto único, um grande clube em que os proprietários poderão utilizá-lo o ano inteiro. Tanto que grande parte dos compradores são de Garopaba. Tudo isso realmente convenceu e encantou o nosso cliente, que fala: “eu tenho uma piscina de ondas”. Por isso, há muitos incorporadores e investidores nos procurando para desenvolver novos projetos pelo país

Eles (sócios da SmartShare) têm a minha confiança de 500%. Eles quem controlam as vendas. São exímios vendedores, corretos, sérios e cuidam do patrimônio. Em cada empreendimento que nós multiplicarmos eles serão sócios. É um orgulho tê-los juntos nos negócios.

E nós temos um pós-vendas da multipropriedade, mas também teremos um pós-vendas de parque, para cada cliente que entrar no parque iremos identificar como foi a experiência do day use. Esse cuidado com o cliente é importante. Aqui é assim, se o cliente quer o distrato, nós distratamos. Não ficamos tentando segurá-lo se não quer o produto. Queremos clientes satisfeitos com o produto, e temos uma das menores taxas de inadimplência e cancelamento do mercado.

Como será o projeto de expansão da marca Surfland Brasil?

A expansão terá um foco, como se fosse uma franquia, onde hoje há o nosso modelo. Vamos identificar terrenos, e fazer parcerias com incorporadores / construtores / investidores. E vamos levar a marca Surfland Brasil, todo o nosso know-how, a comercializadora, toda a equipe, nossos embaixadores, montaremos a loja naquele local e usaremos a nossa plataforma digital em Florianópolis, um escritório de cerca de 500 metros quadrados, com mais de 100 pessoas trabalhando, com capacidade para cuidar de vários empreendimentos pelo país. Tudo que temos como ativo será utilizado nos outros projetos, para criarmos uma marca e mantermos a nossa filosofia. A Surfland será um lugar mágico. Compartilhar alto astral é nossa filosofia real.

Sócios da SmartShare e Surfland Brasil: Mário Flores, Douglas Beltrão, Jeferson Gralha e Cristiano Santiago Vieira
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