Cada dia mais o mundo virtual tem revolucionado a sociedade. Atualmente, vivemos a web 2.0, ou seja, a internet sendo mediada por redes sociais, onde a maioria das interações acontece por meio de telas planas de dispositivos como smartphones, computadores e tablets. Porém, já seguimos a passos largos rumo a uma nova revolução, a realidade virtual com o Metaverso.
O termo sintetiza a tecnologia que está no ciberespaço e se “materializa” por meio da criação de Mundos Digitais Virtuais em 3D, onde diferentes espaços para o viver e conviver são representados neste formato digital. Isso possibilitará o surgimento de mundos paralelos contemporâneos, ilustrados por filmes como Matrix. Pensando nisso, a Universidade Corporativa da WAM Group, a WAM Ensino criou uma sala de aula em ambiente virtual.
O projeto do espaço digital contou com a colaboração da gerente de extensão da WAM Ensino, Leticia Rufino, para sua execução e visa tornar as aulas mais dinâmicas e despertar a colaboração entre os alunos, além de prepará-los para a evolução das plataformas digitais. “Queremos formar profissionais completos e prontos para o futuro. Por isso, motivamos os alunos a caminhar na direção da inovação tendo uma experiência digital mais ampla que as tradicionais chamadas de vídeo”, reflete o professor e sócio-diretor WAM Ensino, Pedro Monforte.
Como Pedro explica, a WAM Ensino está à frente do treinamento de profissionais em diversas cidades no país, de Gramado (RS) à Fortaleza (CE). Com as salas de aula no Metaverso todos os profissionais poderão ter um treinamento equiparado e de mais troca de experiências, fazendo as atividades práticas de forma simultânea no mesmo ambiente. “Teremos um espaço de muita interação o que em ambiente físico real nunca seria possível devido a questões geográficas, então é um cenário onde todos ganham com uma experiência prática de um laboratório de argumentação de vendas, por exemplo”, afirma.
Na prática, os alunos entrarão em uma sala de múltiplos ambientes onde poderão ouvir músicas instrumentais, participar de sala de conversa ou assistirem juntos treinamentos exclusivos veiculados no canal do YouTube da universidade, por exemplo. O ambiente virtual em 3D conta com avatares personalizados com a imagem real de seus habitantes.
Pedro ressalta ainda que estudos já realizados com alunos que utilizaram Metaverso, como plataforma de ensino, mostram que a cooperação foi o mecanismo sócio cognitivo mais desenvolvido durante as atividades. “Nesse sentido, o resultado é o uso da tecnologia associada a metodologias fundamentadas no desenvolvimento da autonomia, autoria, colaboração, cooperação e do respeito mútuo. O que favorece a tomada de consciência e metacognição privilegiando valores humanísticos”, reforça.
Metaverso
A ideia de Metaverso foi idealizada e discutida há muitas décadas, mas o termo em si, foi criado na década de 90 pelo escritor Neal Stephenson, em um romance pós-moderno chamado Snow Crash. A utilização da Realidade Virtual possibilita que esse ambiente seja dinâmico e colaborativo, uma vez que seus usuários podem construir espaços à medida que utilizam. E os habitantes destes espaços são variados: humanos através de hologramas, e-cidadãos representados por meio de avatares e “humanos virtuais” (NPCs- personagens não manipuláveis e/ou bots e agentes comunicativos).
Os avatares podem ser criados em formatos 3D ou apenas imagens, representando assim a realidade do ser humano ou sendo fruto de sua imaginação. Os avatares têm funções motoras expandidas das ferramentas utilizadas nas plataformas comuns de comunicação como e-mail e aplicativos de mensagens. Eles correm, pulam, voam, dançam, choram, sorriem e acenam.
