Com o objetivo de conectar pessoas e negócios, apresentar inovações e novas tendências voltados ao setor imobiliário de multipropriedade, o canal Turismo Compartilhado realizou na segunda-feira, 07, no HUB Cerrado, em Goiânia (GO), a primeira edição do evento Multipropriedade Summit.
A primeira palestrante do dia foi a fundadora da Abissal Capitalismo Saudável, Camila Storti, para falar sobre ESG. Fundada em 2006, a Abissal Capitalismo Saudável trabalha com o propósito de tornar o Brasil um país de negócios sustentáveis. “É uma tendência global. O capitalismo já está aderindo a questões sustentáveis e de justiça social”, afirmou
Reforçando ainda mais a importância deste tema para as empresas e negócios, Camila apontou que o Banco Central está exigindo regulamentações dos bancos para o ESG e a partir de julho de 2022, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) também irá exigir que empresas listadas na bolsa de valores divulguem suas práticas ESG (Environmental, Social e Governance), ou seja, de meio ambiente, social e governança. “Tem que estar na agenda. Não é uma possibilidade”, diz.
O que é ESG, na prática?
Quando falamos em sustentabilidade, a primeira coisa que normalmente vem à cabeça são termos relacionados a mudanças climáticas, aquecimento global, desmatamento, entre outros. Além de lidar com essas questões, o ESG é muito mais amplo e também abrange outras formas de conservação. Segundo Camila, o ESG deve estar na estratégia de negócios.
A sigla “E”, de Environmental (ambiente), é a que está mais próxima desses exemplos, mas também envolve práticas de preservação da natureza em relação a emissão de carbono, poluição do ar e da água, eficiência energética, escassez da água, biodiversidade e gestão de resíduos.
Já o “S”, de Social, está relacionado a pessoas, é sobre a diversidade das equipes no ambiente de trabalho, proteção de dados e privacidade, engajamento do quadro de funcionários, satisfação dos clientes, bom relacionamento com a comunidade, respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas.
Por último, o “G”, de Governance (governança), está associado a questões mais burocráticas das instituições, como a existência de ouvidorias e canais de denúncias, boa conduta corporativa, remuneração dos executivos, composição do Conselho, estruturação de comitês de auditorias, bem como as relações com entidades do governo e políticos.
Conforme frisou a empresária, a maior mudança do modelo de negócio do século XX para o XXI, consiste na transição de shareholder para stakeholder. Ou seja, “o capitalismo consciente da atualidade, busca por redução de riscos e custos na operação do negócio, melhor engajamento dos stakeholders, fomenta a inovação em produtos e serviços, retenção e atração de talentos, atende a novas demandas dos consumidores, aumenta o valor da marca, atrai fundos de investimento, o que traz facilidade de acessar créditos no mercado financeiro por ser ESG” concluiu Camila Storti.
Confira fotos do Multipropriedade Summit no Instagram @turismo_compartilhado.