Com grande crescimento nos últimos anos, o modelo de multipropriedade vem ganhando cada vez mais credibilidade no mercado de capitais, que investe no segmento através de operações de CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários). Recentemente, o Grupo CVPAR Business Capital anunciou o fechamento de acordo com investidores para projetos de multipropriedade no Ceará.
De acordo com o estudo da Cenário de Desenvolvimento de Multipropriedades 2021, realizado pela Caio Calfat Real Estate Consulting, o mercado fracionado atingiu 128 empreendimentos lançados e VGV projetado de R$ 28 bilhões. O crescimento médio do segmento de 2020 para 2021, mesmo durante o período pandêmico, foi de cerca de 18%.
Segundo o Portal IN, por meio da cv/real estate, braço de negócio da CVPAR que atua na área de crédito imobiliário, a perspectiva da gestora de recursos é que apenas no primeiro semestre de 2022 sejam realizados mais de R$ 500 milhões em operações de CRI para empreendimentos fracionados.
Na mesma matéria no portal, os sócios da CVPAR, Cláudio Vale e Irapuã Dantas, confirmaram que estudam o modelo de multipropriedade há vários anos e que em 2021 a empresa realizou R$ 160 milhões em operações de CRI em projetos de mutlipropriedade. “Para nós, a multipropriedade representa um trabalho complexo de venda de serviços e qualidade em cada detalhe do empreendimento. Estas são nossas grandes preocupações para a sustentabilidade dos projetos”, ressalta Irapuã Dantas.
Uma das grandes mudanças que os sócios enxergam nos novos projetos de multipropriedade é que o ticket médio deste segmento está subindo, acompanhando também o padrão de qualidade dos empreendimentos. “A multipropriedade tem deixado de ser um produto mais popular, para atingir um público cada vez mais seleto, exigente, com arquitetura e serviços diferenciados”, pontua Irapuã Dantas.
O interesse pelo segmento de multipropriedade vai além de operações de CRI. Recentemente, os sócios investiram na MyDoor, startup de multipropriedade focada em alta renda. No ano de 2021, a cv/real estate passou de R$ 1 bilhão em CRIs estruturados e liquidados, investindo em financiamento de obras e compra de carteira de recebíveis de edifícios, loteamentos e multipropriedade.