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Educação Executiva – A única questão capaz de ultrapassar o interesse capital

Artigo de Pedro Monfort, professor e sócio-diretor WAM Ensino

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Pedro Monfort

O que gera satisfação absoluta é o reconhecimento do ser. O fazer gera um contentamento – e não mais que isso, pois não está ligado ao “a quem”, mas ao “o que” e isso não é para menos. É muito diferente observarmos a reação pessoal nos termos “palmas a quem fez” e “palmas ao que foi feito”. Podemos, então, chamar o contentamento de “reconhecimento superficial” e isso é tanto histórico quanto cultural.

Nos séculos passados, apenas os filhos dos mais abastados iam se formar. Iriam “ser” alguém de importância social e profissional. Iriam ser médicos, advogados, engenheiros e até políticos. Seriam, com grande notoriedade, reconhecidos pelo que eram e não apenas pelo que faziam. O nome e a pessoa vinham primeiro, as tarefas, descobertas e ações depois.

Não por acaso, conhecemos Freud, o pai da psicologia. Sir Isaac Newton e Albert Einstein, pais da ciência e da física. Winston Churchill, político e ministro britânico à frente das campanhas na segunda guerra e entre muitos outros. Todos fizeram coisas magníficas, mas tiveram todo reconhecimento voltados aos seus nomes e, até hoje, nomeiam avenidas, escolas, hospitais etc. Foram reconhecidos pelo que foram e não apenas pelo que fizeram e isso gera o que nós chamamos de legado.

Já a maior parte das pessoas, aquelas mais simples e seus filhos, experimentados nesse tempo nos campos e lavouras não tiveram as mesmas oportunidades. Podem ter sido pessoas fantásticas, porém, não conhecemos o nome da maioria delas. Das pessoas que fabricavam os instrumentos de pesquisa usados por Einstein e Newton, embora tenham sido extremamente necessários para o que fizeram. Não conhecemos também o fabricante dos mapas incessantemente vistos e revistos por Churchill, embora essa pessoa tenha sido imprescindível para a vitória dos aliados. Nós apenas sabemos o que fizeram, mas não sabemos quem eram.

No Brasil, a história e a cultura criada e arraigada socialmente em nada é diferente. Oportunidade a poucos e trabalho duro a muitos. Não, eu não estou falando sobre meritocracia antes que isso pinte a sua cabeça, estou falando sobre a valorização do ser acima da valorização do fazer. Estou falando sobre o valor da figura humana acima do valor de seu serviço.

Para essas pessoas, com o passar do tempo, restou o contentamento por aquilo que faziam, não importando seu nome e sua história. Eu pelo menos nunca vi uma avenida ou rua com o nome do maior colhedor de café brasileiro da história e nem uma escola com o nome das famílias que se dizimaram na busca do ouro pelo Brasil (muitas delas escravas, inclusive), apenas o serviço prestado em compensação a seus salários, muitas vezes injustos ou insatisfatórios.

Sem muitas oportunidades e chances, a maioria das pessoas aceitam prestar seus serviços em troca de salários, isso cumpre com suas necessidades básicas de sobrevivência. Não seriam grandes nomes, não fariam grandes coisas, mas teriam o mínimo de dignidade para si e suas famílias. O maior sonho desses pais sempre foi a formação educacional dos filhos, daí o ditado conhecido há tempos “Estuda para virar alguém na vida”. Já apontando o estudo como base de “alguém” e não “o que”. Infelizmente, por maior necessidade, muitos desses filhos tiveram que se afastar dos possíveis estudos ou os terminaram em condições precárias a fim de também trabalharem e ajudarem suas famílias em seus orçamentos. O tempo passou e a cultura do “contentamento” se instalou. Poucos são os nomes e muitas são as obras. Grandes brasileiros que fizeram grandes coisas, infelizmente, nunca saberemos seus nomes. Tiveram que se contentar com o que fizeram mesmo não podendo assinar pelas suas obras.

A questão é, que com o passar do tempo, muitas eram as pessoas para trabalhar, então o trabalho passou a ser uma coisa seletiva. O ser humano poderia agora ser substituído por outro ser humano, pois mais importante que esse era o que estava sendo feito. Um começava um trabalho e trabalhava naquilo por bom tempo, quando já não produzia como antes, ou quando requisitava maior pagamento pelo tempo de trabalho, facilmente era substituído por outro que ingressava nessa mesma monótona jornada. A coisa tem nome, a obra tem nome, a coisa acontece independente de quantas pessoas e seus respectivos nomes passaram por ela. Serão, mais cedo ou mais tarde esquecidas. Refere-se a isso aquela história cantada de homens que construíram enormes edifícios, mas neles nunca moraram ou, se quer, entraram. Contentados com o trabalho que executaram, mesmo sem assinatura, mesmo sem pleno reconhecimento.

Então, na década passada, um mercado se apresenta. Tímido, complexo e difícil de entender, ganha determinado espaço no turismo. Se chama tempo-compartilhado, mas era inútil tentar explicar a um parente ou a um amigo o que era, porque nunca entendiam. Começou a parecer uma nova mina de ouro, o sonho americano. Trabalho interessante, pessoas interessantes, não requeria muita experiência, graduação ou formação específica, apenas muita vontade e entrega. Ah! Isso o brasileiro tem de sobra. Então, surge a oportunidade, o capital chega e aos montes. Casa boa, carro bom e comida boa. Os primos advogados nunca ganharam tanto, os parentes médicos teriam de se esforçar muito para ganhar igual. A chance de sair do “fazer” para o “ser”, de colocar o nome da família em notoriedade social e ser, de forma absoluta, reconhecido.

As pessoas descobriram o negócio. E, como no passado, muitas eram as pessoas para trabalhar. Logo, acabaríamos caindo no mesmo ciclo. Pessoas viriam, entregariam e, quando não mais o fizessem seriam substituídas por outras.

Porém algo de diferente e que interrompe esse curso avassalador surge. Nesse negócio se apresentaram pessoas que cuidam de pessoas. Cada um ao seu modo, cada empresa a seu jeito, a valorização do humano acontece através da capacitação. Não há melhor promessa a alguém que crescimento pessoal e profissional, que carreira estabelecida e entrega de conhecimento, o bem mais valioso da humanidade.

Portanto, a educação executiva e corporativa tem o compromisso de formar o ser. Não o reconhecer apenas pelo que ele faz, mas pelo que ele é e por aquilo que irá se tornar. A principal premissa da WAM Ensino é levar a capacitação técnica e aprendizagem como cuidado humano e valorização pessoal além do profissional. Por isso hoje utilizamos da tecnologia EAD e uma pedagogia executiva técnica centrada no formar melhores seres humanos que desenvolverão excelentes hábitos e, em consequência, uma carreira profissional brilhante.

Um dos sonhos do ser humano é ser próspero, ser rico, mas, esse sonho não é maior que ser alguém, que causar orgulho em sua família e deixar seu nome registrado de alguma forma e solidificar seu legado. Sim, esse negócio, o tal do mercado compartilhado, é um negócio de legado. E sim, você pode se capacitar nele e realizar grandes coisas.

A conclusão é que essa satisfação absoluta não virá apenas pelo capital ganho, ela virá através da capacitação, da valorização da aprendizagem e do compartilhamento do conhecimento. Tolo é quem oferta coisa diferente disso a aqueles que chegam. Sem capacitação o emprego anunciado se torna provisório, se torna o famoso “bico”, gera aquela fala comum: “Permaneço nisso até arrumar coisa melhor”, praticamente um “cabide de emprego”. Ao ofertar um trabalho, a empresa está sim oferecendo um propósito de vida. Diferente disso, e sem a oferta e a entrega real de capacitação, muito do valor da oportunidade está perdida. Sem a valorização do humano que adentra e deve ser cuidado e valorizado a apostila é só papel, o speech é só exigência e o trabalho é apenas uma questão de necessidade momentaneamente suprida.

Devemos, cada vez mais, incentivar a capacitação e a aprendizagem, motivar as pessoas a terem identidade profissional e formularem seus legados.

Toda bela história inicia-se com alguém aprendendo algo e ensinando a outro.

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