Caio Calfat, especialista no setor, aponta que muitas cidades ainda irão se beneficiar com a venda de frações imobiliárias para férias em família
Um setor imobiliário que praticamente não existia no Brasil há menos de 10 anos, cresceu 18% no ano passado em relação a 2019 e já conta com mais de 120 empreendimentos no território nacional. Estamos falando da multipropriedade, segmento do setor hoteleiro de turismo presente em mais de 65 cidades do país.
“Metade destes destinos é composta por cidades que não eram consagradas ou que ainda apresentam muito potencial para o turismo”, conta Caio Calfat, engenheiro civil referência no ramo de multipropriedade no Brasil, proprietário da Caio Calfat Real Estate Consulting, fundador e presidente da ADIT Brasil (Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil) e vice-presidente de Assuntos Turístico-Imobiliários do SECOVI-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo).
Responsável por um dos poucos estudos disponíveis no país sobre o setor, Calfat investiga que o sucesso da multipropriedade está no desejo das famílias melhorarem seu padrão de vida. “O principal motivo de compra é aspiracional. Uma família da classe C não pode ter um imóvel da classe B, mas pode adquirir uma fração desse patrimônio”, explica.
Esse modelo de comercialização torna a aquisição do imóvel muito mais acessível. Além do valor do patrimônio, os custos com a manutenção também são divididos entre os proprietários. Este é outro motivo de sucesso destacado pelo presidente da ADIT: “a prestação cabe no bolso do brasileiro. Além disso, ele vê na multipropriedade a possibilidade de realizar o intercâmbio com outros empreendimentos. O proprietário oferece uma semana de seu imóvel e ganha uma semana em um resort em Orlando ou nos Alpes Suíços, por exemplo. É a realização de um sonho”, completa.
A consolidação desse mercado está também baseada na segurança jurídica que a Lei de Multipropriedades Imobiliárias (13.777/2018) trouxe em 2018, garantindo que toda a comercialização fosse registrada em cartório, com escritura definitiva. Além da regulamentação, há um manual de melhores práticas desenvolvido pelo SECOVI para orientar os interessados em adquirir uma fração nesses empreendimentos.
A variedade de modelos e padrões para empreendimentos multipropriedades é imensa e depende muito da localização e perfil do público-alvo. O mais usual é o formato de 26 frações por unidade, ou seja, cada imóvel é propriedade de 26 pessoas e cada comprador adquire o direito de utilizar o imóvel por duas semanas ao ano. “No Brasil, quem compra multiproriedade normalmente é família composta por casal jovem e filhos pequenos. Está começando um interesse também por casais idosos, principalmente em destinos tradicionais para esse perfil, como Gramado e Campos do Jordão”, destaca Calfat sobre as tendências.
Novos destinos para multipropriedade
Por falar em destinos, uma rota que ganha força com a multipropriedade é Foz do Iguaçu, no Paraná. Os números de visitantes nacionais e estrangeiros nas quatro principais atrações da cidade (Parque Nacional do Iguaçu, Marco das Três Fronteiras, Usina de Itaipu Binacional e Parque das Aves) nos primeiros meses de 2021 apontam para uma retomada do turismo e do setor de serviços em Foz do Iguaçu.
Com um patrimônio natural da humanidade, o conjunto das Cataratas do Iguaçu, a cidade, localizada na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, oferece opções de lazer ecológico para todas as idades, além de ser destino certo para turismo de negócios e eventos – algo que tende também a se recuperar neste ano.
É nisso que aposta a Ivira Incorporação e Desenvolvimento Imobiliário, responsável pelo lançamento do empreendimento de multipropriedade Leaves Premium Suítes. Com entrega prevista para 2025, o empreendimento é um sucesso com 10% de suas cotas vendidas em pouco mais de três meses de comercialização, projetando 33% nos primeiros 12 meses e a conclusão das vendas em 36 meses, conforme previsto no plano de negócios. “Esse resultado superou as expectativas, mesmo diante do cenário de pandemia que atravessamos”, conta Clóvis Meloque, diretor comercial da Ivira Incorporações.
“Reconhecemos o potencial turístico ainda pouco explorado em Foz do Iguaçu e por isso desenvolvemos na cidade uma nova opção de empreendimento que irá mudar as referências de lazer e férias para toda a região”, aposta Bruno Vallini, sócio da Ivira e também da ABL Incorporadora.
Fonte: Saife Comunicação