Empresas criaram equipes estratégicas para gerir a crise e planejar a retomada
- Fábio Mendonça
A covid-19 trouxe uma crise sem precedentes na história e as empresas do mercado do mercado de turismo compartilhado lidaram bem com esse desafio. Para apresentar as experiências de algumas empresas do segmento, o ADIT Share, no primeiro dia, trouxe o painel ‘’ Como construir um comitê de crise eficaz? Lições da pandemia para a indústria do Turismo Compartilhado’’, com participação do CEO da Planalto Invest, José Roberto Nunes, como moderador; o diretor de estratégia e desenvolvimento de negócios da Aviva, Alessandro Cunha; e o gerente geral de relacionamento ao cliente da Gramado Parks, Fernando Pysklyvicz.
Organizado pela ADIT Brasil, o ADIT Share 2020, é o principal seminário para negócio em multipropriedade e timeshare, e que acontece de forma híbrida (presencial e on-line), nos dias nos dias 26, 27, e 28 de novembro no Wish Serrano, em Gramado/RS.
José Roberto Nunes iniciou o painel questionando aos panelistas como as empresas estruturam os comitês de crises. ‘’Como que foi esse começo do comitê? Jjá havia um comitê de crise antes? Como foi estruturado? E quais os principais desafios deste comitê?
Com mais de 50 anos de história, a Aviva há passou por várias crises, como lembrou Alessandro Cunha. ‘’Nós já tínhamos um comitê estabelecido’’. Segundo ele, o time, formado por membros do comitê estratégico e colaboradores de outras áreas da Aviva, já estava monitorando desde janeiro a covid-19 e criaram três cenários: ‘’1 – o vírus ficaria na Ásia; 2 – o vírus iria chegar, mas não haveria lockdown; 3 – haveria lockdown’’.
Em fevereiro o primeiro caso de covid-19 foi confirmado no Brasil. ‘’Em uma semana saímos do cenário 2 para o cenário 3’’, disse Alessandro Cunha. ‘’Foi difícil, mas já estávamos com esse plano desenhado. De acordo com ele, a Aviva seguiu alguns pilares: ‘’cuidar de nossos funcionários e clientes; redução de custo de despesa e investimentos; proteção de receita’’.
‘’No primeiro dia em que fechamos o complexo já tínhamos um time responsável em formatar essa reabertura. Nós desligamos mais de 2,000 funcionários, mas fomos transparentes com eles. Na retomada vermos a alegra das pessoas’’.
Fernando Pysklyvicz contou que antes da pandemia a Gramado Parks já estava com um movimento de ter mais reuniões estratégicas e não apenas comerciais. ‘’Então, já tínhamos uma equipe formada, apesar de não ter um rótulo de ser um comitê de crise’’,
De acordo com o gerente da Gramado Parks, quando começou a acontecer o lockdown, o time começou a desenhar vários cenários, positivos e negativos.’’E fomos para um cenário positivo, pois o mercado projetava que a retomada do turismo seria para setembro do próximo ano. Mas já tínhamos bem planejados, como iriamos trabalhar’’, falou ele, que ressaltou que a Gramado Parks desligou poucos colaboradores no período, ‘’ pois acreditávamos que a retomada aconteceria em julho’’.
Fernando Pysklyvicz, contou que a Gramado Parks renegociou os contratos com os fornecedores. ‘’O pós-vendas foi fundamental, tivemos uma surpresa muito grata, o cliente se mostrou muito acessível, tiveram uma empatia muito forte’’.
José Roberto Nunes explicou que a Planalto Invest criou dois times, um focado nos projetos e cenários futuros, o que deveria mudar nos negócios; e outro na parte da crise, nas renegociações de contratos, manter o mínimo de receita e cortar custos.
‘’Tomamos uma decisão muito assertiva, de liberar as compras e contratações de tudo que precisava, pois acreditávamos que os preços iriam subir e que poderia faltar produtos no mercado’’.
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