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Parques e tempo compartilhado: uma fórmula para impulsionar as receitas

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Tempo compartilhado e parques temáticos. Dois produtos diferentes, mas quando trabalhados em parceria podem potencializar os resultados para ambos.


 
 
 
A relação entre hotéis e parques temáticos já é bem difundida. Os parques ajudam os hotéis na ocupação e os hotéis ajudam os parques com mais visitantes. E a relação entre hotéis e tempo compartilhado também. O timeshare tem um importante papel na ocupação dos hotéis na baixa temporada, além de ser uma venda de diárias antecipadas. Já tempo compartilhado e parques têm uma parceira diferente.
 
 
Muitos grupos utilizam bem a parceria entre esses dois produtos (parques e tempo compartilhado). Aproveitam o parque para potencializar o tempo compartilhado, com captação de clientes, vendas e credibilidade. E utilizam técnicas de tempo compartilhado para ter uma antecipação de receita para o parque e aumentar o número de visitantes.
 
 
O diretor de novos negócios da JAM Lazer e Turismo, Juliano Macedo, afirma que para um fracionado ter sucesso é necessário um atrativo na cidade ou um parque temático. A JAM é um empresa de consultoria especializada no desenvolvimento de empreendimentos hoteleiros, fracionados e parques temáticos.
 
 
Segundo Juliano Macedo, quando não há esse atrativo na cidade, ”é necessário criar uma atração para que as pessoas queiram visitar e ficar mais tempo no destino”.
 
 
O consultor de negócios no ramo de parques temáticos, propriedade fracionada e venda imobiliária, Alex Cavaleiro, também é da opinião que ter atrativos no destino é fundamental para o sucesso do tempo compartilhado. ”A propriedade fracionada precisa de mais atrativos, neste caso os parques de entretenimento, fazem com que o interesse pela compra seja ainda maior”.
 
 
”Existe uma possibilidade maior de venda quando este estiver ligado a parques temáticos devidamente planejados”, afirma Cavaleiro, que é ex-sócio investidor do Parque Snowland, em Gramado/RS, e ex-sócio do Grupo Gramado Parks.
 
 
Segundo os consultores, a captação de potenciais clientes qualificados para assistir as apresentações e adquirirem os produtos, que são um dos maiores desafios para quem quer ingressar nesse negócio, é um dos principais pontos da vantajosa relação entre tempo compartilhado e parques de entretenimento.
 
 
”Os parques detêm o público qualificado que pode vir a ter interesse na propriedade fracionada”, diz Cavaleiro.
 
 
Credibilidade

Alex Cavaleiro e Juliano Macedo
Alex Cavaleiro e Juliano Macedo

Os parques temáticos também são apontados pelos consultores de negócios como uma forma de credibilidade para os potenciais clientes, pois as famílias que visitam o parque e assistem a apresentação estarão utilizando e aproveitando um produto do grupo.
 
 
O consultor Juliano Macedo conta que uma estratégia para empreendedores que queiram lançar produtos fracionados é criar um parque temático primeiro, como forma de criar atratividade e credibilidade, e depois usá-lo para captação de clientes.
 
 
A JAM trabalha no lançamento do parque aquático Hot Planet Araçatuba/SP, com previsão de inauguração esse ano. Nesse projeto, Juliano Macedo conta que o grupo lançara o parque e o hotel, assim criando um atrativo para que as pessoas permaneçam mais tempo no destino, e no próximo ano será lançado um empreendimento de fração imobiliária.
 
 
Passaport club: uma forma de gerar receitas antecipadas
Outra forma de relação entre parques e tempo compartilhado são os Passaport Clubs, já mencionados em reportagem da Revista Turismo Compartilhado de março 2016, que se utilizam de técnicas de vendas de tempo compartilhado para comercializar um programa em que o cliente adquire o direito de frequentar o parque por um tempo estipulado em contrato.
 
 
”O passaport club gera receita antecipada para o parque”, aponta o diretor da Tríade Soluções Inteligentes, Rodrigo Macedo. O passaport club já é bem utilizado por vários parques temáticos do Brasil.
O diretor da Tríade Soluções, que é uma empresa de tecnologia e sistema para parques, explica ser possível gerar informações para facilitar a captação de clientes através da tecnologia. Segundo ele, toda pessoa que frequenta o parque é um potencial cliente, mas pode-se estabelecer o perfil das famílias, como qualificadas ou não, através de seu consumo.
 
 
”Os tickets de consumo podem gerar informações para a captação”, diz Rodrigo Macedo.
 
 
Brindes para deixar clientes felizes
O consultor Alex Cavaleiro afirma que fracionados também ajudam no produto parques com a elevação de visitantes. ”Eles ajudam muito, pois trazem aos parques a elevação do número de visitantes no ano, pois o proprietário da fração imobiliária vem nas suas semanas de utilização, ou então troca o uso destas semanas com outras famílias, via empresas como a RCI”.
 
 
Outro benefício apontado por Juliano Macedo são as vendas marginais (gastos dos proprietários com A&B, roupas, lembranças). ”As pessoas visitam e geram receitas”.
 
 
O diretor da JAM também esclarece como deixar o público day use dos parques satisfeitos, apesar de terem sido abordados pela captação e perdido parte da sua visita ao parque por ter assistido a apresentação do produto fracionado.
 
 
”Tem que ter transparência, levando o cliente a comprar e ficar feliz”, afirma Juliano Macedo. Além disso, ele indica o uso de brindes como benefícios aos clientes que assistem a apresentação. ” Pode ter mais um dia no parque, ou dar desconto no segundo ingresso, tarifas menores”.
 

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