As duas empresas firmaram uma parceria e iniciaram a comercialização de produtos de multipropriedades da IMG pela internet
- Fábio Mendonça
A Covid-19 chegou aos segmentos de multipropriedade e timeshare trazendo uma crise sem precedentes. Em poucos dias ou semanas, os players tiveram que refazer orçamentos, rever custos, estratégias e a até reinventar o modelo de negócio para sobreviverem. E essa reinvenção passa por buscar novas alianças estratégicas, juntando forças e expertises para atingir objetivos maiores. A Live Better Brasil, consultoria especializada em timeshare e multipropriedade, fez a lição de casa e fechou parceria com o grupo empresarial IMG International para comercializar os produtos de multipropriedades do grupo pela internet.
O fundador da Live Better Brasil, Renato Campos, e sua sócia, Leandra Campos, contam que em março, com a paralisação total do modelo de negócios que a consultoria atuava, com o fechamento das salas de vendas, a empresa precisou buscar novas formatos de atuação no mercado e procuraram empresas para realizar benchmarking. Primeiro falaram com a Interval International, que indicou a IMG, com o objetivo de buscar conhecimentos de comercialização de multipropriedades pela internet. ‘’Uma conversa que era para durar poucos minutos demorou horas e, no final, o Ricard Massó (fundador da IMG) me convidou para vender seus produtos com a nossa equipe. Hoje é um grande sucesso nossa operação’’, diz Renato.
Ricard Massó explica que a IMG já comercializava seus produtos pela internet desde o início de 2018 e a aliança com Live Better Brasil e outras empresas do mercado desenvolveu mais o formato da venda digital, melhorando os resultados. Ele revela que o fluxo de atendimento pela internet está com um volume maior que das salas de vendas em alta temporada e a IMG bateu o recorde histórico de faturamento em vendas do mês.
‘’Este momento nos obrigou a colocar toda nossa logística e dedicação, a diferença fundamental foi que depois de alguns anos testando funis de vendas online, encontramos um funil que é capaz de nos gerar centenas de atendimentos diários e isso inevitavelmente gera um fluxo de vendas a nível de alta temporada’’.
Diferença entre vendas presenciais e on-line
Renato Campos esclarece que a comercialização na internet praticadas pela Live Better não configuram vendas online, mas vendas não-presenciais, pois há a interação entre consultores e os clientes, além do modelo e speech serem semelhantes à venda de impacto utilizada nas salas, com meeting diário, clima de sala e os mesmos cargos: liner, closer e gerente.
No modelo utilizado pela Live Better e IMG a captação de lead é realizada por tráfego pago na internet, identificando detalhes do público-alvo, como dados demográficos, interesses, costumes, entre outros. Após a captação, há o processo de agendamento de horários de atendimentos.
Gestão de vendas
Para gerenciar as equipes de vendas não-presenciais, a Live Better contratou Camila Haido, profissional com quase 15 anos de experiência no turismo compartilhado e que atualmente, além da parceria com a Live Better, atua como gerente de vendas da Unlimited Vacation Club – com a linha de vendas Brasil, em Cancun, no México.
Camila explica que os apps, lives pela internet, a obrigatoriedade de algumas pessoas trabalharem home office, reuniões por vídeo call, entre outras tecnologias, foram altamente difundidos durante a pandemia e contribuíram para a aceitação dos convites pelos prospects.
‘’Quando entendemos que a venda não era online e sim não-presencial os resultados vieram de imediato’’, diz a gerente de vendas. ‘’Começamos com uma equipe de alto nível e em menos de um mês temos quatro equipes de vendas’’.
Futuros das vendas não-presenciais pela IMG
‘’Nesse momento estamos focados em atingir 1.000 vendedores online, com liberdade geográfica e ganhos ao nível do presencial ou mais. Estamos só pensando em crescer neste modelo, que oferece vantagens para empresa (menor custo fixo), para os colaboradores (comissionamentos mais altos e pagamentos em curto período de tempo, até 24 horas depois da venda) e para o consumidor, que assiste nossa apresentação desde o conforto e intimidade da sua residência. Tudo isso nos faz considerar se iremos querer em algum momento futuro ter salas presenciais novamente’’, finaliza Ricard Massó.