ADIT Invest 2020 destaca exigências para multipropriedade buscar financiamentos no mercado de capitais

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Maria Carolina Pinheiro, Camila Almeida e Lucas Elmor

Para fundos de investimentos, é muito importante que o empreendimento já tenha carteira de recebíveis

  • Fábio Mendonça

As exigências dos fundos de investimentos para aportarem capitais em empreendimentos de multipropriedades foram debatidos no painel ‘’New kid on the block – A multipropriedade mostra a que veio’’, com participação da VP para desenvolvimento de negócios da América Latina da Wyndham Hotels & Resorts, Maria Carolina Pinheiro, como moderadora; o sócio da Hectare Capital, Lucar Elmor; e a sócia da Habitat Capital, Camila Almeida; durante o ADIT Invest 2020, realizado hoje de forma híbrida, presencial em São Paulo e também com transmissão on-line.

Realizado pela Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil, ADIT Brasil, o ADIT Invest reúne os principais players dos segmentos imobiliários, turísticos e financeiros do país, oferecendo conteúdo rico e reflexões sobre o cenário econômico brasileiro: oportunidades de investimentos, fontes de financiamento, novas tecnologias, governança, fundos imobiliários e muito mais. Tal pluralidade proporciona aos participantes um ambiente propício para encontrar a melhor estratégia de funding para o seu negócio.

O sócio da Hectare Capital, Lucas Elmor, comentou um lado positivo da pandemia para a relação da multipropriedade com o mercado financeiro. ‘’Foi um cartão de visitas interessante e saudável’’, disse ele, que explicou que a multipropriedade mostrou que tem carteiras de recebíveis saudáveis, pois os distratos foram pequenos e ainda teve vendas on-line, enquanto outros investimentos pararam completamente, como shopping centers e hotéis.

A sócia da Habitat Capital, Camila Almeida, destacou que o setor de multipropriedade teve que se reinventar durante a pandemia, pois a inadimplência aumentou e as vendas caíram. ‘’Mas teve um controle muito forte nos distratos’’, disse ela, que comentou que as vendas on-line ajudaram para manter a carteira saudável. A Habitat Capital atua em 12 projetos de multipropriedades em sete destinos diferentes.

De acordo com o sócio da Hectare, houve um aumento da inadimplência e distratos no geral, mas nenhum empreendimento do fundo de investimento teve um aumento significativo a ponto de cair o recebimento dos investidores.

Segundo Camila, o segmento já recuperou praticamente todos os recebimentos da carteira para os investidores do período pré-pandemia, mas as vendas das frações ainda estão baixas. ‘’E agora com a temporada de verão esperamos que tenhamos uma retomada ainda maior para fazer esse giro da carteira’’.

Passo a passo para o empreendedor da multipropriedade

Camila Almeida

A sócia da Habitat falou que o fundo de investimento costuma aportar capital em projetos de multipropriedades quando estes já possuem uma carteira de recebíveis, normalmente com aproximadamente 50% das frações vendidas. ‘’ Para nós, o projeto já deve estar aprovado, lançado e com alguma carteira. Não entramos no desenvolvimento do projeto. O financiamento é depois da comercialização iniciada’’.

A Hectare também prefere entrar em projetos que já possuem uma carteira. ‘’Hoje em torno de 40% a 60% das frações vendidas, mas a gente tem outros produtos e formas de atuação, entrando nas fases iniciais do projeto’’, disse Lucas Elmor, que destacou que é muito importante que todas as licenças já estejam aprovadas.

Além da carteira de recebíveis, os dois painelistas destacaram que o estágio da obra do empreendimento não é algo impeditivo para conseguir financiamento para a multipropriedade. Mas há outros pontos importantes, como: o projeto ser comercialmente viável, ter uma comercializadora especializada, ter uma gestora hoteleira para quando for entregue, a experiência do incorporador, a estrutura de pós-vendas, localização em destinos turísticos.

Futuro dos financiamentos para multipropriedades

Lucas Elmor

‘’O apetite do mercado continua, estamos buscando outras oportunidades. O setor cresceu muito, e vai continuar crescendo. De nosso lado o interesse permanece. O que aconteceu é que terá outros players que não olhavam (para a multipropriedade) antes’’, afirmou Camila Almeida.

‘’Para quem já decifrou a multipropriedade lá atrás, os primeiros fundos, o apetite continua. Quando olhamos para fora, para os players que não investiam antes, a multipropriedade está ganhando força. A Lei da Multipropriedade ajudou a dar segurança jurídica, os empreendimentos começaram a ser entregues, e atrair outros investidores. Mas a estrada ainda é longa’’, disse Lucas Elmor.

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